Movimento dos Focolares: diferenças entre revisões

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O '''Movimento dos Focolares''' (do [[língua italiana|italiano]]: ''focolare'': lareira, lar. casa) ou '''Obra de Maria''' é um movimento [[católico]] [[Fundamentalismo cristão|fundamentalista]]<ref name="TheBostonGlobe">{{citar web|url=https://noticias.uol.com.br/midiaglobal/boston/2005/04/19/ult583u231.jhtm|último=Heuser|primeiro=Stephen|tradutor=Danilo Fonseca|título=Movimentos católicos fundamentalistas cresceram com João Paulo 2º|obra=The Boston Globe|data=19/04/2005|acessodata=03/04/2018}}</ref><ref name="Costa">{{citar tese|tipo=Tese|grau=doutoramento|último=Costa|primeiro=António Joaquim|local=Braga|publicado=Universidade do Minho|título=Sociologia dos novos movimentos eclesiais: focolares, carismáticos e neocatecumenais em Braga|ano=2004|url=http://hdl.handle.net/1822/961|acessodata=03/04/2019}}</ref> totalitário<ref name="Benelli">{{citar periódico|último=Benelli|primeiro=Sílvio José|título=Efeitos em Termos de Produção de Subjetividade em Movimentos Religiosos Totalitários no Contexto Eclesial Católico|periódico=Revista de Psicologia da UNESP|volume=7|número=1|data=16/05/2018|publicado=Universidade Estadual Paulista|url=http://200.145.161.25/index.php/psicologia/article/view/975|acessodata=20/01/2020}}</ref> e conservador<ref name="Magalhaes_Aguiar">{{Citar conferência|título=Subcampo conservador e lucro tripartido: um estudo dos focolares e de sua economia de comunhão|url=http://www.unicap.br/coloquiodehistoria/wp-content/uploads/2013/11/3Col-p.220-232.pdf|conferencia=III Colóquio de História|último1=Magalhães|primeiro1=Renan|último2=Aguiar|primeiro2=Sylvana|formato=pdf|acessodata=03/04/2019}}</ref> fundado em [[1943]], em [[Trento]], [[Itália]], por [[Chiara Lubich]]<ref name="TheBostonGlobe" />, obtendo aprovação [[papa|papal]] apenas em [[1962]]<ref name="Magalhaes_Aguiar" />.
O '''[http://focolares.org.br/ Movimento dos Focolares]''' é uma organização internacional que promove os ideais da unidade e fraternidade universal. Fundado em [[Trento]], norte da [[Itália]], em [[1943]] por [[Chiara Lubich]]<ref>{{Citar web |url=http://focolares.org.br/quem-e-chiara-lubich/ |titulo=Quem é Chiara Lubich? |acessodata=2020-10-15 |website=Movimento dos Focolares |lingua=pt-BR}}</ref> como um [[Movimento eclesial|movimento]] [[católico]], ele hoje possui cristãos de muitas Igrejas e comunidades cristãs, fiéis de outras religiões e pessoas de convicções não religiosas<ref name=":0">{{Citar web |url=https://www.focolare.org/pt/chi-siamo/ |titulo=Quem Somos |acessodata=2020-10-15 |website=Movimento dos Focolares |lingua=pt-PT}}</ref>.

O movimento dos Focolares opera em 180 países e tem mais de 2 milhões de participantes<ref name=":0" />. A palavra "Focolare" vem do [[língua italiana|italiano]]: ''focolare'': lareira, lar, casa. Enquanto Focolare é o nome mais popular dado à organização, o seu nome oficial aprovado em 1990 como uma Associação Internacional de fiéis de direito pontifício, é "'''Obra de Maria'''".<ref>{{Citar web |url=https://pt.qaz.wiki/wiki/Directory_of_International_Associations_of_the_Faithful |titulo=Directório das Associações Internacionais de Fiéis - Directory of International Associations of the Faithful - qaz.wiki |acessodata=2020-10-15 |website=pt.qaz.wiki}}</ref>


==História==
==História==


Em [[1943]], durante a [[Segunda Guerra Mundial]], a professora [[Chiara Lubich]], então com 23 anos, criou o Movimento Focolares junto com seus amigos mais próximos<ref name="TheBostonGlobe">{{citar web |último=Heuser |primeiro=Stephen |url=https://noticias.uol.com.br/midiaglobal/boston/2005/04/19/ult583u231.jhtm |título=Movimentos católicos fundamentalistas cresceram com João Paulo 2º |data=19/04/2005 |acessodata=03/04/2018 |obra=The Boston Globe |tradutor=Danilo Fonseca}}</ref>. Ao final dessa mesma década com a guerra terminada, já contava com um número de seguidores suficiente para ocupar um acampamento de verão nas montanhas [[Dolomitas]]<ref name="TheBostonGlobe" />.
Em [[1943]], durante a [[Segunda Guerra Mundial]], a professora [[Chiara Lubich]], então com 23 anos, criou o Movimento Focolares junto com seus amigos mais próximos<ref name="TheBostonGlobe" />. Ao final dessa mesma década com a guerra terminada, já contava com um número de seguidores suficiente para ocupar um acampamento de verão nas montanhas [[Dolomitas]]<ref name="TheBostonGlobe" />.


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Revisão das 12h23min de 16 de outubro de 2020

Chiara Lubich, fundadora do Movimento dos Focolares

O Movimento dos Focolares (do italiano: focolare: lareira, lar. casa) ou Obra de Maria é um movimento católico fundamentalista[1][2] totalitário[3] e conservador[4] fundado em 1943, em Trento, Itália, por Chiara Lubich[1], obtendo aprovação papal apenas em 1962[4].

História

Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, a professora Chiara Lubich, então com 23 anos, criou o Movimento Focolares junto com seus amigos mais próximos[1]. Ao final dessa mesma década com a guerra terminada, já contava com um número de seguidores suficiente para ocupar um acampamento de verão nas montanhas Dolomitas[1].

Somente 19 anos depois, em 1962, obteve a aprovação papal de João XXIII, recebendo deste o nome de Obra de Maria, durante o Concílio Vaticano II[4].

Em mensagem dirigida aos sete cardeais e 137 bispos amigos do Movimento dos Focolares, provenientes de 50 países, reunidos em Trento por ocasião do centenário de nascimento de Chiara Lubich, o Papa Francisco afirmou que o carisma da unidade “é uma dessas graças do nosso tempo, que experimenta uma mudança histórica e pede uma reforma espiritual e pastoral simples e radical, que leve a Igreja à fonte sempre nova e atual do Evangelho de Jesus"[5].

Focolares no Brasil

Em 25 de março de 2014, Maria Voce, então presidente do Movimento dos Focolares, esteve no Brasil para a inauguração da "Cátedra Chiara Lubich de Fraternidade e Humanismo" na Universidade Católica do Recife[6].

Economia de Comunhão (EdC)

Parte empresarial do movimento dos Focolares [7], que "visa atrair a intervenção divina para o mundo dos negócios" a partir da visão de que a busca do lucro é atitude divina, apresentando o empresário como modelo de ética e principal protagonista social e na exploração dos trabalhadores através da manipulação psicológica.[8]

Ele reúne empresas que se comprometem a empregar o seu lucro em favor de três causas: o sustento daqueles que se encontram em necessidade, projetos de formação cultural e de incentivo ao empreendedorismo e o incremento da própria empresa. O projeto tem um objetivo claro: produzir riquezas em prol de quem se encontra em dificuldade e fomentar uma nova cultura em que a economia não esteja atrelada ao individualismo e ao crescimento das desigualdades[9].

No Brasil, a Economia de Comunhão está presente em 177 empresas de 12 estados. No mundo todo, são mais de 800 empresas[9].

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Movimento dos Focolares

Referências

  1. a b c d Heuser, Stephen (19 de abril de 2005). «Movimentos católicos fundamentalistas cresceram com João Paulo 2º». The Boston Globe. Traduzido por Danilo Fonseca. Consultado em 3 de abril de 2018 
  2. Costa, António Joaquim (2004). Sociologia dos novos movimentos eclesiais: focolares, carismáticos e neocatecumenais em Braga (Tese de doutoramento). Braga: Universidade do Minho. Consultado em 3 de abril de 2019 
  3. Benelli, Sílvio José (16 de maio de 2018). «Efeitos em Termos de Produção de Subjetividade em Movimentos Religiosos Totalitários no Contexto Eclesial Católico». Universidade Estadual Paulista. Revista de Psicologia da UNESP. 7 (1). Consultado em 20 de janeiro de 2020 
  4. a b c Magalhães, Renan; Aguiar, Sylvana. Subcampo conservador e lucro tripartido: um estudo dos focolares e de sua economia de comunhão (pdf). III Colóquio de História. Consultado em 3 de abril de 2019 
  5. Raviart, Michele (8 de fevereiro de 2020). «Papa: o carisma da unidade é uma graça para o nosso tempo - Vatican News». www.vaticannews.va. Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  6. «Catedra em memória de Chiara Lubich é inaugurada em Recife». Gaudium Press. 27 de março de 2014. Consultado em 16 de fevereiro de 2020 
  7. Zsolnai, László (2015). Post-Materialist Business: Spiritual Value-Orientation in Renewing Management. [S.l.]: Palgrave Macmillan. p. 52 
  8. CARVALHO, Maria Luisa; GUARESCHI, Pedrinho (março de 2009). «Economia de comunhão: responsabilidade social, ideología e representações sociais.» 29 ed. Brasília. Psicologia: ciência e profissão (1): 88-101. ISSN 1414-9893. Consultado em 4 de julho de 2019 
  9. a b Koller, Felipe (15 de abril de 2017). «O que é Economia de Comunhão e por que essa ideia tem atraído cada vez mais adeptos». Sempre Família. Consultado em 16 de fevereiro de 2020