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Revisão das 10h56min de 5 de março de 2023
Maurício Peixoto | |
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Conhecido(a) por | Teorema de Peixoto |
Nascimento | 15 de abril de 1921 Fortaleza, Ceará |
Morte | 28 de abril de 2019 (98 anos) Rio de Janeiro, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Instituições | |
Campo(s) | matemática |
[1]Maurício Matos Peixoto (Fortaleza, 15 de abril de 1921 – Rio de Janeiro, 28 de abril de 2019) foi um engenheiro e matemático brasileiro.[2] Foi presidente do CNPq, da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM). Em 1969 recebeu o Prêmio Moinho Santista em reconhecimento aos seus estímulos à produção intelectual brasileira. Em 1997, recebeu o Prêmio de Matemática da Academia Mundial de Ciências (TWAS).[3]
Biografia
Nascido em Fortaleza, em 1921, filho de José Carlos de Matos Peixoto, governador do Ceará e de Violeta Rodrigues Peixoto.[4] Depois da revolução de 1930, a família foi forçada a se mudar para o Rio de Janeiro. Maurício se interessou pela matemática depois de ser reprovado nela na escola, aos 11 anos, já morando no Rio de Janeiro e estudando no Colégio Pedro II. Assim começou a fazer aulas de reforço particulares, onde acabou se decidindo por uma formação na área.[1][5][4]
“ | Fiquei deslumbrado com as explicações e o entusiasmo do professor e, além de passar de ano, decidi que iria seguir alguma profissão que dependesse de matemática.[5] | ” |
Por não existir cursos no Brasil na época voltados para a formação em matemática, Maurício ingressou em engenharia, na Escola de Engenharia da atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).[3]
Foi na universidade que ele conheceu sua primeira esposa, a também matemática Marília Chaves Peixoto[6], com quem se casou em 1946. Separado, casou-se mais duas, tendo ao todo quatro filhos. Foi na universidade que ele conheceu Leopoldo Nachbin[3], com quem fundou o Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA)[1], ao lado de Lélio Gama.[7]
Carreira
Mesmo sendo engenheiro de formação, Maurício nunca exerceu a profissão. Passou a lecionar matemática, tendo a cadeira da disciplina na mesma escola de engenharia onde estudou e depois se tornou livre docente em Mecânica Racional.[3] Foi visitante na Universidade de Chicago (1949-1951) e na Universidade de Princeton (1957 e 1958)[5]. Durante a década de 1960, Maurício lecionou na Universidade Brown, nos Estados Unidos. Ao retornar ao Brasil, nos anos 1970, foi para a Universidade de São Paulo, onde lecionou no Instituto de Matemática e Estatística (IME).[3]
Maurício desenvolveu o Teorema de Peixoto[8], que caracteriza os campos de vetores estruturalmente estáveis em variedades compactas de dimensão, relacionado a Sistemas Dinâmicos, estudo considerado um marco na matemática brasileira e mundial.[3] Foi também um dos pioneiros mundiais nos estudos da estabilidade estrutural.[9][1]
Maurício foi presidente do CNPq entre 1979 e 1980[4], da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM).[3] Em 1969 recebeu o Prêmio Moinho Santista em reconhecimento aos seus estímulos à produção intelectual brasileira. Em 1997, recebeu o Prêmio de Matemática da Academia Mundial de Ciências (TWAS).[3] Em 1987, Peixoto foi premiado pela Academia de Ciências do Terceiro Mundo, "por seus estudos fundamentais e pioneiros da estabilidade estrutural em sistemas dinâmicos, em particular, por provar que fluxos superficiais são genericamente estáveis".[10]
Em 1974, foi o segundo brasileiro palestrar como convidado no Congresso Internacional de Matemáticos (ICM), em Vancouver, no Canadá, sendo que o primeiro havia sido o amigo de longa data, Leopoldo Nachbin, em Estocolmo, na Suécia, em 1962.[4] Foi palestrante convidado do Congresso Internacional de Matemáticos (ICM) em Vancouver (1974), o segundo brasileiro a palestrar no ICM depois de Leopoldo Nachbin.[7]
Morte
Maurício morreu na cidade do Rio de Janeiro, em 28 de abril de 2019, aos 98 anos.[4][11] A causa da morte não foi divulgada.[3][4][11][10]
Referências
- ↑ a b c d Freire, Dianara Figueirêdo; Queiroz, Antonio José Melo De (2020). «AS CONTRIBUIÇÕES DE MAURÍCIO PEIXOTO PARA A MATEMÁTICA BRASILEIRA». Boletim Cearense de Educação e História da Matemática (20): 57–66. ISSN 2447-8504. doi:10.30938/bocehm.v7i20.2854. Consultado em 18 de maio de 2022
- ↑ Freire, Dianara Figueirêdo; Queiroz, Antonio José Melo De (11 de julho de 2020). «AS CONTRIBUIÇÕES DE MAURÍCIO PEIXOTO PARA A MATEMÁTICA BRASILEIRA». Boletim Cearense de Educação e História da Matemática. 7 (20): 57–66. ISSN 2447-8504. doi:10.30938/bocehm.v7i20.2854
- ↑ a b c d e f g h i Redação (ed.). «Morre o matemático Maurício Peixoto, um dos fundadores do IMPA». Revista Galileu. Consultado em 28 de abril de 2019
- ↑ a b c d e f «Faleceu o Acadêmico Maurício Matos Peixoto». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 28 de abril de 2019
- ↑ a b c «Membros - Maurício Peixoto». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 9 de dezembro de 2014
- ↑ «Pioneiras da Ciência do Brasil - Portal CNPq 6». cnpq.br. Consultado em 28 de abril de 2019
- ↑ a b Marcelo Viana (ed.). «Breve Panorama da Matemática Brasileira» (PDF). Ciência e Cultura. Consultado em 28 de abril de 2019
- ↑ Fernando Pereira Micena (ed.). «Estabilidade Estrutural e o Teorema de Peixoto» (PDF). Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada. Consultado em 28 de abril de 2019
- ↑ «O teorema de Peixoto e sua influência no estudo da estabilidade estrutural das linhas de curvatura sobre superfícies compactas». Biblioteca Virtual da FAPESP. Consultado em 9 de dezembro de 2014
- ↑ a b «Morre no Rio o matemático Maurício Matos Peixoto». G1. 28 de abril de 2019. Consultado em 28 de abril de 2019
- ↑ a b Fábio Grellet (ed.). «Aos 98 anos, morre Maurício Peixoto, um dos fundadores do IMPA». O Estado de São Paulo. Consultado em 9 de dezembro de 2014
Ligações externas
- O Teorema de Peixoto: Estudo foi pioneiro em estabilidade estrutural de sistemas dinâmicos no Ciência Hoje (versão arquivada no archive.org)
- Perfil no site da Academia Brasileira de Ciências
Precedido por Aristides Azevedo Pacheco Leão |
Presidente da Academia Brasileira de Ciências 1981 — 1991 |
Sucedido por Oscar Sala |
- Nascidos em 1921
- Mortos em 2019
- Pesquisadores do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada
- Engenheiros do Ceará
- Matemáticos do Ceará
- Naturais de Fortaleza
- Professores do Instituto de Matemática Pura e Aplicada
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