Trilha das Lágrimas: diferenças entre revisões
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[[Ficheiro:Trails of Tears en.png|thumb|600px|As rotas das tribos Choctaw, Seminole, Muscogee/Creeks, Chickasaw e Cherokee nas remoções no sudeste americano (Legendas em Inglês)]] |
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Os nativos sofreram muito com as remoções e vários morreram durante as viagens e acampamentos forçados: estima-se que, da tribo Cherokee, de uma população de 15.000 vieram a falecer cerca de 4.000 índios. |
Os nativos sofreram muito com as remoções e vários morreram durante as viagens e acampamentos forçados: estima-se que, da tribo Cherokee, de uma população de 15.000 vieram a falecer cerca de 4.000 índios.<ref name="books.google.com">http://books.google.com/books?id=Rk7NPRm_nB0C&pg=PA543&lpg=PA543&dq=african+american+slaves+trail+of+tears&source=web&ots=pru7VDnMir&sig=FH0QQpG0GtW3oCQ1kM6uCV5MTOg&hl=en&sa=X&oi=book_result&resnum=2&ct=result#PPA543,M1</ref> |
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Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios, acompanharam-nos nas remoções pela Trilha.<ref name="books.google.com"/> |
Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios, acompanharam-nos nas remoções pela Trilha.<ref name="books.google.com"/> |
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[[Ficheiro:Five-Civilized-Tribes-Portraits.png|350px|left|thumb|Representação de nativos das cinco tribos indígenas civilizadas]] |
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Tinha-se que a remoção dos índios fora proposta pioneiramente por [[Thomas Jefferson]].{{ |
Tinha-se que a remoção dos índios fora proposta pioneiramente por [[Thomas Jefferson]].{{carece de fontes|date=September 2008}}. [[Andrew Jackson]] foi o primeiro presidente americano a de fato implementar uma mudança desse tipo com a aprovação da Lei de 1830, o "[[Indian Removal Act]]". Em 1831 a tribo Choctaw inaugurou a remoção e com isso foi criado o modelo aplicado às demais. Depois dos Choctaw foi a vez dos Seminole (1832), dos Creeks (1834), Chickasaw (1837) e finalmente os Cherokee (1838).{{carece de fontes|date=April 2008}} |
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== Remoção voluntária dos Choctaw == |
== Remoção voluntária dos Choctaw == |
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A nação Choctaw ou Chacta vivia no que atualmente são os estados americanos de [[Alabama]], [[Mississippi]] e [[Louisiana]]. Depois de uma série de tratados iniciados em 1801, os territórios dos índios estavam reduzidos a 45.000 Km2. O Tratado de Dancing Rabbit Creek cedeu à União os antigos territórios selvagens. O Tratado foi ratificado em 1831. |
A nação Choctaw ou Chacta vivia no que atualmente são os estados americanos de [[Alabama]], [[Mississippi]] e [[Louisiana]]. Depois de uma série de tratados iniciados em 1801, os territórios dos índios estavam reduzidos a 45.000 Km2. O Tratado de Dancing Rabbit Creek cedeu à União os antigos territórios selvagens. O Tratado foi ratificado em 1831. |
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O Secretário da Guerra [[Lewis Cass]] foi indicado por George Gaines para gerenciar a remoção. Gaines decidiu que a remoção se daria em três fases, de 1831 a 1833: A primeira começou em 1 de novembro de 1831 com os grupos sendo reunidos em [[Memphis]] e [[Vicksburg]]. Inicialmente os índios Choctaws foram transportados em carroções mas as nevascas do inverno dificultaram esse procedimento. Com a diminuição da comida, os moradores de Vicksburg e Memphis ajudaram e conseguiram cinco barcos |
O Secretário da Guerra [[Lewis Cass]] foi indicado por George Gaines para gerenciar a remoção. Gaines decidiu que a remoção se daria em três fases, de 1831 a 1833: A primeira começou em 1 de novembro de 1831 com os grupos sendo reunidos em [[Memphis]] e [[Vicksburg]]. Inicialmente os índios Choctaws foram transportados em carroções mas as nevascas do inverno dificultaram esse procedimento. Com a diminuição da comida, os moradores de Vicksburg e Memphis ajudaram e conseguiram cinco barcos a vapor (o Walter Scott, o Brandywine, o Reindeer, o Talma e o Cleopatra). O grupo de Memphis viajou pelo Arkansas por 95 km. Com a temperatura abaixando e os rios congelando, a viagem parou por semanas. A comida foi racionada. Quarenta carroções do governo foram enviados à Arkansas Post e levaram os nativos para [[Little Rock]]. Foi ao chegar a esse local que o chefe (Thomas Harkins ou Nitikechi) disse ao jornal ''Arkansas Gazette'' que a remoção fora uma "''trail of tears and death''" (uma trilha de lágrimas e morte).<ref name=chris_watson> |
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O filósofo francês [[Alexis de Tocqueville]] testemunhou a remoção Choctaw em [[Memphis]] (1831)(tradução aproximada): |
O filósofo francês [[Alexis de Tocqueville]] testemunhou a remoção Choctaw em [[Memphis]] (1831)(tradução aproximada): |
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{{cquote|''Pairava no ar um sentimento de ruína e destruição, o fim dos atraiçoados e um inexorável ''adieu''; ninguém poderia assistir aquilo sem sentir um aperto no coração. Os índios estavam quietos, sombrios e taciturnos. A um deles que falava inglês eu perguntei porque os Chactas estavam deixando suas terras. "Para ser livre," o nativo me respondeu. Nós... assistíamos era a expusão... de um dos mais famosos e antigos povos americanos.''|20px|20px|- Alexis de Tocqueville, ''Democracy in America''<ref name=tocqueville> |
{{cquote|''Pairava no ar um sentimento de ruína e destruição, o fim dos atraiçoados e um inexorável ''adieu''; ninguém poderia assistir aquilo sem sentir um aperto no coração. Os índios estavam quietos, sombrios e taciturnos. A um deles que falava inglês eu perguntei porque os Chactas estavam deixando suas terras. "Para ser livre," o nativo me respondeu. Nós... assistíamos era a expusão... de um dos mais famosos e antigos povos americanos.''|20px|20px|- Alexis de Tocqueville, ''Democracy in America''<ref name=tocqueville> |
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== Resistência Seminole == |
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A [[Flórida]] foi adquirida pelo governo americano após o [[Tratado de Adams-Onís]] firmado com os espanhois e se tornou uma [[possessão imobiliária|possessão]] em 1821. Em 1832 os Seminoles foram chamados para um encontro em Payne's Landing no [[Rio Oklawaha]]. Ali foi negociado o tratado da remoção dos índios para o Oeste. Eles deveriam ficar nas reservas Creek. Os Seminoles pertenceram à tribo Creek originalmente, mas depois se separaram, sendo então considerados desertores. Devido à isso eles não queriam se mudar para o Oeste pois certamente entrariam em conflito com sua antiga tribo. A delegação de sete caciques que deveria inspecionar a nova reserva não deixaria a Flórida até outubro de 1832. Depois de percorrer a área e contatar os Creeks, os chefes assinaram o documento em 28 de março de 1833, aceitando as novas terras. Mas ao voltar para a Flórida, muitos deles negaram o documento, dizendo que não o haviam assinado ou foram forçados a fazê-lo. Diziam não ter o poder de decidir por todas as tribos e bandos que moravam na reserva. Mas os nativos da área do Rio Apalachicola acabaram sendo persuadidos e se foram para o Oeste em 1834.<ref>Missall. Pp. 83-85.</ref> Em 28 de dezembro de 1835 |
A [[Flórida]] foi adquirida pelo governo americano após o [[Tratado de Adams-Onís]] firmado com os espanhois e se tornou uma [[possessão imobiliária|possessão]] em 1821. Em 1832 os Seminoles foram chamados para um encontro em Payne's Landing no [[Rio Oklawaha]]. Ali foi negociado o tratado da remoção dos índios para o Oeste. Eles deveriam ficar nas reservas Creek. Os Seminoles pertenceram à tribo Creek originalmente, mas depois se separaram, sendo então considerados desertores. Devido à isso eles não queriam se mudar para o Oeste pois certamente entrariam em conflito com sua antiga tribo. A delegação de sete caciques que deveria inspecionar a nova reserva não deixaria a Flórida até outubro de 1832. Depois de percorrer a área e contatar os Creeks, os chefes assinaram o documento em 28 de março de 1833, aceitando as novas terras. Mas ao voltar para a Flórida, muitos deles negaram o documento, dizendo que não o haviam assinado ou foram forçados a fazê-lo. Diziam não ter o poder de decidir por todas as tribos e bandos que moravam na reserva. Mas os nativos da área do Rio Apalachicola acabaram sendo persuadidos e se foram para o Oeste em 1834.<ref>Missall. Pp. 83-85.</ref> Em 28 de dezembro de 1835 um grupo de Seminoles e escravos fugidos emboscaram uma companhia do exército americano que tentava forçar a remoção dos Seminoles resistentes. De 110 militares apenas três sobreviveram, o que deu início a Segunda Guerra Seminole. |
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A Flórida começou a se preparar para a guerra. A milícia de St. Augustine pediu ao Departamento da Guerra 500 [[mosquete]]s emprestados. Quinhentos voluntários foram reunidos pelo Brigadeiro General [[Richard K. Call]]. Os guerreiros índios percorreram fazendas e povoados, obrigando as famílias a fugirem para as cercanias dos fortes, cidades maiores ou saírem do território. O líder guerreiro [[Osceola]] atacou um trem de suprimentos, matando oito dos guardas da milícia e ferindo seis outros. A maior parte dos suprimentos foi recuperado pela milícia após uma luta, dias depois. Plantações de cana na costa sul do Atlântico, em St. Augustine, foram destruídas e os escravos se juntaram aos Seminoles.<ref>Missall. Pp. 93-94.</ref> |
A Flórida começou a se preparar para a guerra. A milícia de St. Augustine pediu ao Departamento da Guerra 500 [[mosquete]]s emprestados. Quinhentos voluntários foram reunidos pelo Brigadeiro General [[Richard K. Call]]. Os guerreiros índios percorreram fazendas e povoados, obrigando as famílias a fugirem para as cercanias dos fortes, cidades maiores ou saírem do território. O líder guerreiro [[Osceola]] atacou um trem de suprimentos, matando oito dos guardas da milícia e ferindo seis outros. A maior parte dos suprimentos foi recuperado pela milícia após uma luta, dias depois. Plantações de cana na costa sul do Atlântico, em St. Augustine, foram destruídas e os escravos se juntaram aos Seminoles.<ref>Missall. Pp. 93-94.</ref> |
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== Divisão Creek == |
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Depois da [[Guerra de 1812]], alguns líderes Muscogee como [[William McIntosh]] assinaram tratados que cediam terras na Geórgia. Em 1814, com o Tratado do [[Forte Jackson]], a Nação Creek seria dividida em facções, bem como todas as tribos do Sul.<ref name=remini_expansion_and_removal> |
Depois da [[Guerra de 1812]], alguns líderes Muscogee como [[William McIntosh]] assinaram tratados que cediam terras na Geórgia. Em 1814, com o Tratado do [[Forte Jackson]], a Nação Creek seria dividida em facções, bem como todas as tribos do Sul.<ref name=remini_expansion_and_removal> |
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Líderes Creeks amigáveis aos colonos americanos tais como Selocta e Grande Guerreiro, apelaram pela manutenção da paz ao presidente Andrew Jackson. Jackson endureceu as negociações com os resistentes e ignorou partes do Tratado de Ghent que beneficiavam as nações indígenas. |
Líderes Creeks amigáveis aos colonos americanos tais como Selocta e Grande Guerreiro, apelaram pela manutenção da paz ao presidente Andrew Jackson. Jackson endureceu as negociações com os resistentes e ignorou partes do Tratado de Ghent que beneficiavam as nações indígenas. |
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== A remoção forçada Cherokee == |
== A remoção forçada Cherokee == |
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Em 1838, a nação [[Cherokee]] foi removida de suas terras na Georgia para a atual Oklahoma, o que resultou na morte de aproximadamente 4.000 índios.<ref>Cherokee Nation of Oklahoma: http://www.cherokee.org/Culture/CulInfo/TOT/58/Default.aspx |
Em 1838, a nação [[Cherokee]] foi removida de suas terras na Georgia para a atual Oklahoma, o que resultou na morte de aproximadamente 4.000 índios.<ref>Cherokee Nation of Oklahoma: http://www.cherokee.org/Culture/CulInfo/TOT/58/Default.aspx</ref> |
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Na linguagem Cherokee, o evento é chamado de ''Nunna daul Isunyi''—“O caminho onde eles choraram”. A trilha Cherokee das lágrimas foi resultado do Tratado de New Echota, documento com base na lei de 1830 (''Indian Removal Act''). O tratado assinado pelo Partido Ridge nunca foi aceito pelos líderes ou a maioria da tribo Cherokee, representada no Partido Ross. |
Na linguagem Cherokee, o evento é chamado de ''Nunna daul Isunyi''—“O caminho onde eles choraram”. A trilha Cherokee das lágrimas foi resultado do Tratado de New Echota, documento com base na lei de 1830 (''Indian Removal Act''). O tratado assinado pelo Partido Ridge nunca foi aceito pelos líderes ou a maioria da tribo Cherokee, representada no Partido Ross. |
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Os Cherokees removidos se fixaram inicialmente nas proximidades de [[Tahlequah]], Oklahoma. Os líderes políticos que levaram aos tratados de Nova Echota e a Trilha de Lágrimas foram assassinados ([[Major Ridge]], [[John Ridge]] e [[Elias Boudinot]]); dos |
Os Cherokees removidos se fixaram inicialmente nas proximidades de [[Tahlequah]], Oklahoma. Os líderes políticos que levaram aos tratados de Nova Echota e a Trilha de Lágrimas foram assassinados ([[Major Ridge]], [[John Ridge]] e [[Elias Boudinot]]); dos líderes do Partido Ridge, apenas [[Stand Watie]] escapou dos assassinos. A população Cherokee se recuperaria e hoje são esses índios o maior grupo nativo americano.<ref>http://www.census.gov/population/socdemo/race/indian/ailang1.txt |
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*''[[The Trail of Tears: Cherokee Legacy]]'' (2006) -dirigido por Chip Richie com James Earl Jones |
*''[[The Trail of Tears: Cherokee Legacy]]'' (2006) -dirigido por Chip Richie com James Earl Jones |
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*[http://www.cts.bia.edu/trail_of_tears/index.htm Remote Sensing Technology to Understanding the Choctaw Removals] |
*[http://www.cts.bia.edu/trail_of_tears/index.htm Remote Sensing Technology to Understanding the Choctaw Removals] |
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*[http://www.nps.gov/trte/index.htm Trail of Tears National Historic Trail (U.S. National Park Service)] |
*[http://www.nps.gov/trte/index.htm Trail of Tears National Historic Trail (U.S. National Park Service)] |
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*http://www.anpa.ualr.edu/trail_of_tears/indian_removal_project/site_reports/north_little_rock/chickasaw.htm The North Little Rock Site: Interpretive Contexts Chickasaw] |
* [http://www.anpa.ualr.edu/trail_of_tears/indian_removal_project/site_reports/north_little_rock/chickasaw.htm The North Little Rock Site: Interpretive Contexts Chickasaw] |
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*[http://www.seminoletribe.com/history/indian_removal.shtml Seminole Tribe of Florida History: Indian Resistance and Removal] |
*[http://www.seminoletribe.com/history/indian_removal.shtml Seminole Tribe of Florida History: Indian Resistance and Removal] |
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*[http://www.nps.gov/archive/ocmu/Removal.htm Muscogee (Creek) Removal] |
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*[http://pic-a-pagediscounts.com/Trail_Of_Tears.html Trail of Tears - The Dream We Dreamed] |
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*[http://www.encyclopediaofalabama.org/face/Article.jsp?id=h-1433 Cherokee Indian Removal, Encyclopedia of Alabama] |
*[http://www.encyclopediaofalabama.org/face/Article.jsp?id=h-1433 Cherokee Indian Removal, Encyclopedia of Alabama] |
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[[da:Trail of Tears]] |
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Revisão das 14h08min de 2 de junho de 2010
A Trilha ou Caminho das Lágrimas foi o nome dado pelos nativos às viagens de recolocações e migrações forçadas, impostas pelo governo dos Estados Unidos da América às diversas tribos de índios que seriam reunidas no chamado "Território Indígena" (atual Estado de Oklahoma), consoante a política de remoção indígena. Os índios habitavam as regiões ao sul da União. A referência à "Trilha das Lágrimas" foi retirada de uma descrição de um nativo da Nação Choctaw em 1831.[1]
Os nativos sofreram muito com as remoções e vários morreram durante as viagens e acampamentos forçados: estima-se que, da tribo Cherokee, de uma população de 15.000 vieram a falecer cerca de 4.000 índios.[2]
Centenas de escravos e afro-americanos libertos que viviam com os índios, acompanharam-nos nas remoções pela Trilha.[2]
Em 1830, as nações Cherokee, Chickasaw, Choctaw, Creek e Seminole, chamada por alguns de " As Cinco Tribos Civilizadas", viviam com autonomia política e deveriam ser considerados americanos do sul. O processo de "transformação cultural" proposto por George Washington e Henry Knox, já ocorria com muita força, principalmente entre os Cherokees e os Choctaw.[3]
Tinha-se que a remoção dos índios fora proposta pioneiramente por Thomas Jefferson.[carece de fontes]. Andrew Jackson foi o primeiro presidente americano a de fato implementar uma mudança desse tipo com a aprovação da Lei de 1830, o "Indian Removal Act". Em 1831 a tribo Choctaw inaugurou a remoção e com isso foi criado o modelo aplicado às demais. Depois dos Choctaw foi a vez dos Seminole (1832), dos Creeks (1834), Chickasaw (1837) e finalmente os Cherokee (1838).[carece de fontes]
Remoção voluntária dos Choctaw
A nação Choctaw ou Chacta vivia no que atualmente são os estados americanos de Alabama, Mississippi e Louisiana. Depois de uma série de tratados iniciados em 1801, os territórios dos índios estavam reduzidos a 45.000 Km2. O Tratado de Dancing Rabbit Creek cedeu à União os antigos territórios selvagens. O Tratado foi ratificado em 1831.
O Secretário da Guerra Lewis Cass foi indicado por George Gaines para gerenciar a remoção. Gaines decidiu que a remoção se daria em três fases, de 1831 a 1833: A primeira começou em 1 de novembro de 1831 com os grupos sendo reunidos em Memphis e Vicksburg. Inicialmente os índios Choctaws foram transportados em carroções mas as nevascas do inverno dificultaram esse procedimento. Com a diminuição da comida, os moradores de Vicksburg e Memphis ajudaram e conseguiram cinco barcos a vapor (o Walter Scott, o Brandywine, o Reindeer, o Talma e o Cleopatra). O grupo de Memphis viajou pelo Arkansas por 95 km. Com a temperatura abaixando e os rios congelando, a viagem parou por semanas. A comida foi racionada. Quarenta carroções do governo foram enviados à Arkansas Post e levaram os nativos para Little Rock. Foi ao chegar a esse local que o chefe (Thomas Harkins ou Nitikechi) disse ao jornal Arkansas Gazette que a remoção fora uma "trail of tears and death" (uma trilha de lágrimas e morte).[4] O grupo de Vicksburg teve um guia incompetente e se perdeu nos pântanos do Lake Providence.
O filósofo francês Alexis de Tocqueville testemunhou a remoção Choctaw em Memphis (1831)(tradução aproximada):
“ | Pairava no ar um sentimento de ruína e destruição, o fim dos atraiçoados e um inexorável adieu; ninguém poderia assistir aquilo sem sentir um aperto no coração. Os índios estavam quietos, sombrios e taciturnos. A um deles que falava inglês eu perguntei porque os Chactas estavam deixando suas terras. "Para ser livre," o nativo me respondeu. Nós... assistíamos era a expusão... de um dos mais famosos e antigos povos americanos. | ” |
— - Alexis de Tocqueville, Democracy in America[5] |
Cerca de 15.000 Choctaws foram para o "Território Indígena" ( atual Oklahoma).[6]
Entre 2.500 e 6.000 índios morreram durante a remoção. De 5.000 a 6.000 Choctaws permaneceram no Mississippi em 1831.[7][8]
Os Choctaws que escolheram ficar foram objeto de intimidação legal e perseguição. Os índios tiveram suas casas derrubadas e queimadas e o gado debandado"[8].
Resistência Seminole
A Flórida foi adquirida pelo governo americano após o Tratado de Adams-Onís firmado com os espanhois e se tornou uma possessão em 1821. Em 1832 os Seminoles foram chamados para um encontro em Payne's Landing no Rio Oklawaha. Ali foi negociado o tratado da remoção dos índios para o Oeste. Eles deveriam ficar nas reservas Creek. Os Seminoles pertenceram à tribo Creek originalmente, mas depois se separaram, sendo então considerados desertores. Devido à isso eles não queriam se mudar para o Oeste pois certamente entrariam em conflito com sua antiga tribo. A delegação de sete caciques que deveria inspecionar a nova reserva não deixaria a Flórida até outubro de 1832. Depois de percorrer a área e contatar os Creeks, os chefes assinaram o documento em 28 de março de 1833, aceitando as novas terras. Mas ao voltar para a Flórida, muitos deles negaram o documento, dizendo que não o haviam assinado ou foram forçados a fazê-lo. Diziam não ter o poder de decidir por todas as tribos e bandos que moravam na reserva. Mas os nativos da área do Rio Apalachicola acabaram sendo persuadidos e se foram para o Oeste em 1834.[9] Em 28 de dezembro de 1835 um grupo de Seminoles e escravos fugidos emboscaram uma companhia do exército americano que tentava forçar a remoção dos Seminoles resistentes. De 110 militares apenas três sobreviveram, o que deu início a Segunda Guerra Seminole.
A Flórida começou a se preparar para a guerra. A milícia de St. Augustine pediu ao Departamento da Guerra 500 mosquetes emprestados. Quinhentos voluntários foram reunidos pelo Brigadeiro General Richard K. Call. Os guerreiros índios percorreram fazendas e povoados, obrigando as famílias a fugirem para as cercanias dos fortes, cidades maiores ou saírem do território. O líder guerreiro Osceola atacou um trem de suprimentos, matando oito dos guardas da milícia e ferindo seis outros. A maior parte dos suprimentos foi recuperado pela milícia após uma luta, dias depois. Plantações de cana na costa sul do Atlântico, em St. Augustine, foram destruídas e os escravos se juntaram aos Seminoles.[10]
Os líderes guerreiros Halleck Tustenuggee, Jumper e os Seminoles negros Abraham e John Horse prolongaram a resistência nativa e enfrentaram o exército. A guerra terminou dez anos depois de iniciada, em 1842. O governo americano estimou ter gastado 20.000.000 de dolares com o conflito, uma soma astronômica para a época. Muitos índios foram forçados ao exílio para as terras Creek, ao Oeste do Mississippi; outros ficaram isolados nos Everglades. No fim, o governo desistiu de perseguir os Seminoles que ficaram nos Everglades (cerca de 100) e deixou-os em paz.[11]
Divisão Creek
Depois da Guerra de 1812, alguns líderes Muscogee como William McIntosh assinaram tratados que cediam terras na Geórgia. Em 1814, com o Tratado do Forte Jackson, a Nação Creek seria dividida em facções, bem como todas as tribos do Sul.[12]
Líderes Creeks amigáveis aos colonos americanos tais como Selocta e Grande Guerreiro, apelaram pela manutenção da paz ao presidente Andrew Jackson. Jackson endureceu as negociações com os resistentes e ignorou partes do Tratado de Ghent que beneficiavam as nações indígenas.
Em 12 de fevereiro de 1825, contrariando muitos nativos, McIntosh e outros chefes assinaram o Tratado de Indian Springs, que cedeu a maioria das terras Creek remanescentes na Georgia. [1]. Após o Senado americano ratificar o tratado, McIntosh foi assassinado em 13 de maio de 1825, por Menawa, um líder Creek.
O conselho Creek, liderado por Opothle Yohola, protestou junto ao governo americano, chamando o tratado de fraudulento. O presidente John Quincy Adams concordou em tornar nulo o tratado e um novo acordo foi assinado, o Tratado de Washington (1826). [2].
Entretanto, o governador Troup da Georgia ignorou o novo documento e começou a pressionar os índios para que deixassem as terras. De início, o presidente Adams interveio com tropas federais, mas o governador chamou a milícia. Adams, temendo uma guerra civil, cedeu.
Forçados a sair da Georgia, os Creeks foram para o Território Indígena. Cerca de 20.000 nativos dessa tribo permaneciam no Alabama. Então houve uma mudança da lei que obrigava os índios a se submeterem as regras do estado. Opothle Yohola apelou ao presidente Andrew Jackson por proteção no estado, sem sucesso. Então foi assinado o Tratado de Cusseta em 24 de março de 1832, que dividiu as terras Creek em assentamentos individuais. [3]. Com o tratado os Creeks poderiam vender seus assentamentos e conseguir dinheiro, inclusive para se mudarem para o Oeste. Especuladores de terras e aproveitadores começaram a expulsar os índios e a violência levou a chamada "Guerra Creek de 1836". O Secretário da Guerra Lewis Cass enviou o general Winfield Scott para colocar termo ao conflito e forçar a remoção dos índios para o Território Indígena ao Oeste do Rio Mississippi.
Remoção dos Chickasaw
Ao contrário das outras tribos, os Chickasaw receberam indenização financeira do governo por suas terras a leste do Rio Mississippi. Em 1836 os Chickasaws concordaram com o negócio após conversações que duraram cinco anos. O primeiro grupo de Chickasaws partiu em 1837 e foram liderados por John M. Millard. Reunidos em Memphis em 4 de julho de 1837, os indios cruzaram o rio Mississippi seguindo as rotas usadas pelos Choctaws e Creeks. No Terrítório Indígena, os Chickasaws se misturaram aos Choctaw e formaram depois de muito tempo, a Nação Chickasaw.
A remoção forçada Cherokee
Em 1838, a nação Cherokee foi removida de suas terras na Georgia para a atual Oklahoma, o que resultou na morte de aproximadamente 4.000 índios.[13]
Na linguagem Cherokee, o evento é chamado de Nunna daul Isunyi—“O caminho onde eles choraram”. A trilha Cherokee das lágrimas foi resultado do Tratado de New Echota, documento com base na lei de 1830 (Indian Removal Act). O tratado assinado pelo Partido Ridge nunca foi aceito pelos líderes ou a maioria da tribo Cherokee, representada no Partido Ross.
As tensões entre a Georgia e os Cherokees se acirraram com a descoberta de ouro nas proximidades de Dahlonega Georgia, em 1829. Foi a primeira corrida do ouro na história dos EUA.
A Georgia estendeu as leis do estado para as tribos Cherokee em 1830, o que gerou conflito legal e chegou a Corte Suprema em 1831 como o pleito Nação Cherokee vs. Georgia. O juiz John Marshall não reconheceu a nação Cherokee e recusou-se a continuar com o caso. Contudo, em Worcester vs. Estado da Georgia (1832), a Corte sentenciou que o estado não poderia impor leis no território Cherokee. Apenas o governo federal teria essa autoridade.
Com a lei de 1830, o Congresso deu ao presidente Jackson a autoridade para negociar a remoção dos índios. E pressionado pela disputa com a Georgia, o presidente forçaria os índios a assinar o tratado de remoção.[14]
Com o Tratado de New Echota e a resistência ao mesmo, o sucessor de Jackson, o presidente Martin Van Buren organizou as milícias da Georgia, Tennessee, Carolina do Norte e Alabama para manter 13.000 Cherokees acampados até que fossem enviados para o Oeste. A maioria das mortes ocorreu por difterias, infecções e gripes que assolaram esses acampamentos. Um dos soldados da operação sob as ordens do general Winfield Scott, escreveu:
“ | Eu lutei nas guerras entre paises e atirei em muitos homens, mas a remoção Cherokee foi o trabalho mais cruel que eu conheci. | ” |
— - Soldado da Georgia que participou da remoção,[15] |
Os Cherokees removidos se fixaram inicialmente nas proximidades de Tahlequah, Oklahoma. Os líderes políticos que levaram aos tratados de Nova Echota e a Trilha de Lágrimas foram assassinados (Major Ridge, John Ridge e Elias Boudinot); dos líderes do Partido Ridge, apenas Stand Watie escapou dos assassinos. A população Cherokee se recuperaria e hoje são esses índios o maior grupo nativo americano.[16]
Notas
- ↑ Len Green. «Choctaw Removal was really a "Trail of Tears"» (HTML). Bishinik, mboucher, University of Minnesota. Consultado em 28 de abril de 2008
- ↑ a b http://books.google.com/books?id=Rk7NPRm_nB0C&pg=PA543&lpg=PA543&dq=african+american+slaves+trail+of+tears&source=web&ots=pru7VDnMir&sig=FH0QQpG0GtW3oCQ1kM6uCV5MTOg&hl=en&sa=X&oi=book_result&resnum=2&ct=result#PPA543,M1
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e|author=
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Satz, Ronald. «The Mississippi Choctaw: From the Removal Treaty of the Federal Agency». In: Samuel J. Wells and Roseanna Tuby. After Removal: The Choctaw in Mississippi. [S.l.]: University Press of Mississippi. p. 7. ISBN 0878052895 Parâmetro desconhecido
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(ajuda) Parâmetro desconhecido|origdate=
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) sugerido (ajuda) - ↑ Cherokee Nation of Oklahoma: http://www.cherokee.org/Culture/CulInfo/TOT/58/Default.aspx
- ↑ Remini, Andrew Jackson, p. 257, Prucha, Great Father, p. 212.
- ↑ Remini, Robert. «Invasion». The Earth Shall Weep: A History of Native America. [S.l.]: Grove Press. p. 170. ISBN 0-8021-3680-X Parâmetro desconhecido
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) sugerido (ajuda) - ↑ http://www.census.gov/population/socdemo/race/indian/ailang1.txt
Referências
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- Carter, Samuel. Cherokee Sunset: A Nation Betrayed. New York: Doubleday, 1976. ISBN 0-385-06735-6.
- Ehle, John. Trail of Tears: The Rise and Fall of the Cherokee Nation. New York: Doubleday, 1988. ISBN 0-385-23953-X.
- Foreman, Grant. Indian Removal: The Emigration of the Five Civilized Tribes of Indians. Norman, Oklahoma: University of Oklahoma Press, 1932, 11th printing 1989. ISBN 0-8061-1172-0.
- Prucha, Francis Paul. The Great Father: The United States Government and the American Indians. Volume I. Lincoln, Nebraska: University of Nebraska Press, 1984. ISBN 0-8032-3668-9.
- Remini, Robert V. Andrew Jackson and his Indian Wars. New York: Viking, 2001. ISBN 0-670-91025-2.
- Wallace, Anthony F.C. The Long, Bitter Trail: Andrew Jackson and the Indians. New York: Hill and Wang, 1993. ISBN 0-8090-1552-8 (paperback); ISBN 0-8090-6631-9 (hardback).
Documentos
- Debate no Senado sobre a remoção Cherokee, 15-17 de abril de 1830
- Carta de Winfield Scott para a nação Cherokee, 10 de maio de 1838
- Ordem do Gen. Winfield Scott para as tropas americanas
Documentário
- The Trail of Tears: Cherokee Legacy (2006) -dirigido por Chip Richie com James Earl Jones
Ligações externas
- Remote Sensing Technology to Understanding the Choctaw Removals
- Trail of Tears National Historic Trail (U.S. National Park Service)
- The North Little Rock Site: Interpretive Contexts Chickasaw
- Seminole Tribe of Florida History: Indian Resistance and Removal
- Muscogee (Creek) Removal
- The Trail of Tears and the Forced Relocation of the Cherokee Nation, a National Park Service Teaching with Historic Places (TwHP) lesson plan
- Cherokee Heritage Documentation Center
- Cherokee Nation Cultural Resource Center
- Trail of Tears - The Dream We Dreamed
- Cherokee Indian Removal, Encyclopedia of Alabama