Tratado de Adams-Onís
Tratado de Adams-Onís | |
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País | Estados Unidos |
Tipo de documento | tratado, demarcação de fronteiras |
Signatários
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O Tratado de Adams-Onís[1] ou Tratado de Transcontinentalidade de 1819[2] the Florida Purchase Treaty,[3] (antigamente intitulado Tratado de amizade, acerto de diferenças e limites entre sua Majestade católica e os Estados Unidos da América e algumas vezes denominado Florida Purchase Treaty ou Tratado da Florida de 1819)[4][5] foi o resultado da negociação entre Espanha e Estados Unidos da América para fixar a fronteira entre a nação norte-americana e o então vice-reino da Nova Espanha.
Luis de Onís foi o representante do rei Fernando VII de Espanha e pelos estado-unidenses o secretário de estado John Quincy Adams. A negociação iniciou-se em 1819 e embora se assinasse nesse mesmo ano não foi ratificado senão em 22 de fevereiro de 1821 por ambas as partes.
A fronteira foi fixada para além do rio Sabine e do Arkansas até ao paralelo 42 N, e como consequência imediata a Espanha perdeu as suas possessões além dessa latitude, como aconteceu com o território do Oregon, e também perdeu definitivamente a Flórida, a Louisiana (antes Nova Espanha) e a possibilidade de navegar pelo rio Mississippi. A Coroa Espanhola ficou como única soberana do Texas, território que os Estados Unidos reclamavam como parte da Louisiana e comprada aos franceses em 1803.
O tratado foi benéfico para as duas partes. No caso de Espanha, recebia a soberania do Texas por troca com a soberania, que de facto não tinha, da Flórida. Além disso, os territórios do Oregon eram muito remotos e sem nenhum valor comercial. Os Estados Unidos ganharam a sua transcontinentalidade, a Florida e o território sem fronteiras definidas do Oregon, o qual seria um tema de discussão entre a Grã-Bretanha (no território do Canadá) e os Estados Unidos.
O tratado foi ratificado em 1832 pelo México e Estados Unidos. Assim a fronteira ficaria fixada desta maneira até que em 1848 quando após a guerra Mexicano-Americana o México perderia definitivamente estes estados pelos tratados derivados desta invasão. Como resultado a fronteira Estados Unidos-México seria fixada pelo curso do rio Bravo, também chamado rio Grande do Norte.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Destino manifesto
- Luis Onís, "Negociação com os Estados Unidos da América" em Memória sobre as negociações entre Espanha e os Estados Unidos da América, prólogo de Jack D.L. Holmes, Madrid, José Porrúa, 1969.
Referências
- ↑ Crutchfield, James A.; Moutlon, Candy; Del Bene, Terry (26 de março de 2015). The Settlement of America: An Encyclopedia of Westward Expansion from Jamestown to the Closing of the Frontier. [S.l.]: Routledge. p. 51. ISBN 978-1-317-45461-8.
The formal name of the agreement is Treaty of Amity, Settlement, and Limits Between the United States of America and His Catholic Majesty.
- ↑ The Oxford Encyclopedia of American Military and Diplomatic History. [S.l.]: OUP USA. 31 de janeiro de 2013. p. 5. ISBN 978-0-19-975925-5
- ↑ Danver, Steven L. (14 de maio de 2013). Encyclopedia of Politics of the American West. [S.l.]: SAGE Publications. p. 147. ISBN 978-1-4522-7606-9
- ↑ Weeks, p.168.
- ↑ A History of British Columbia, p. 90, E.O.S. Scholefield, British Columbia Historical Association, Vancouver, British Columbia 1913[ligação inativa]
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- Texto do tratado (em castelhano)