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Revisão das 08h07min de 5 de dezembro de 2012
Toscano | ||
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Falado(a) em: | Itália, região de Toscana | |
Região: | Europa ocidental | |
Total de falantes: | 3 000 000 | |
Família: | Indo-europeu Itálico Românico Ítalo-oriental Toscano | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
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ISO 639-2: | ---
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O dialeto toscano é, entre os dialetos de Itália, o que menos se distanciou do latim.[1] Este dialeto evoluiu de uma maneira lineal e homogênea, sem grandes influências de línguas estrangeiras.
O toscano constitui a base da língua italiana padrão devido sobretudo às obras de Dante Alighieri, Francesco Petrarca e Giovanni Boccaccio, sem esquecer as de Niccolò Machiavelli e Francesco Guicciardini, que conferiram ao dialeto toscano a dignidade de "língua literária" da península itálica.
Toscano e italiano padrão
Ao momento da unificação da Itália em 1861, o italiano já tinha o status de língua oficial em todos os estados italianos pre-unitários, inclusive no Reino Lombardo-Vêneto austríaco (Milão e Veneza) e até no Cantão suíço do Tessino. Por exemplo, no Piemonte o italiano foi reconhecido no 1562 como língua oficial da maior parte dos territórios do Ducado de Saboia, inclusive no Condado de Nice (em italiano: Nizza), que atualmente esta incorporada em França, com a excepção da Saboia, de Aosta e dalguns vales dos Alpes ocidentais (onde o francês era reconhecido como língua oficial).[a]
No entanto, o italiano não era a língua quotidiana da maior parte da população (o 90%), que seguia falando as línguas locais.[2] Ademais, não obstante o prestígio literário e o reconhecimento do italiano como língua oficial, escritores como o milanês Alessandro Manzoni se deram conta, também através da comparação com a evolução de outra língua românica, o francês, que ele dominava completamente, que o italiano escrito, em parte por sua fidelidade aos modelos clássicos da época de Dante, era uma língua muito arcaica e distante do mundo moderno. Nas obras de Manzoni, das quais a novela histórica "I promessi sposi" ("Os Noivos") é a mais importante, Manzoni se esforçou para modernizar o italiano se inspirando diretamente ao toscano falado. De todo esse esforço nasceu o italiano moderno ensinado nas escolas do novo Reino de Itália.
Há que precisar, ainda, que o dialeto toscano moderno já não é idêntico ao italiano padrão, porque se evoluiu muito desde os tempos de Dante e agora tem várias características próprias que não estão presentes na língua nacional, como por exemplo a aspiração do "c" de "cane" ("cão"), que hoje em Florença se pronuncia "hane", enquanto no resto de Itália se pronuncia assim como está escrito. Em realidade, os demais italianos aprenderam o toscano lendo os textos e não da viva voz dos falantes nativos.
Notas
- [a] ^ Para mais detalhes ver «Emanuele Filiberto I di Savoia» na Wikipédia em italiano.