Henrique Capriles Radonski: diferenças entre revisões
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Nas eleições regionais de de 16 de dezembro de 2012, Capriles foi reconduzido ao cargo de governador do estado de [[Miranda]] com apertado resultado de 51,86% dos votos, vencendo por uma pequena diferença percentual o ex-vice presidente venezuelano [[Elías Jaua]], que reconheceu a derrota para Capriles. Analistas, entre os quais, a jornalista e escritora [[Stella Calloni]] e [[Salim Lamrani]], doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da [[Universidade de Paris-Sorbonne|Universidade Sorbonne]] apontam críticas ao comportamento de Capriles após a eleição presidencial de 14 de abril de 2013. |
Nas eleições regionais de de 16 de dezembro de 2012, Capriles foi reconduzido ao cargo de governador do estado de [[Miranda]] com apertado resultado de 51,86% dos votos, vencendo por uma pequena diferença percentual o ex-vice presidente venezuelano [[Elías Jaua]], que reconheceu a derrota para Capriles. Analistas, entre os quais, a jornalista e escritora [[Stella Calloni]]<ref>Stella Calloni: '''Maduro não venceu só Capriles, mas os EUA''' [http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_secao=7&id_noticia=211804]. Vermelho.org. Página visitada em 24/04/2013.</ref> e [[Salim Lamrani]], doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da [[Universidade de Paris-Sorbonne|Universidade Sorbonne]] apontam críticas ao comportamento de Capriles após a eleição presidencial de 14 de abril de 2013. |
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{{quote2|''Capriles, que não deixou de acusar de parcial o Conselho Nacional Eleitoral durante a campanha presidencial, tinha-se mostrado muito mais indulgente em relação ao órgão durante as eleições regionais de 16 de dezembro de 2012. Existia uma razão para isso: o CNE o declarou vencedor no Estado de Miranda e ele celebrou a decisão. Depois do resultado apertado de 14 de abril de 2013 – 213.473 votos de diferença a favor de Maduro (50,75%) -, Capriles repudiou o sufrágio popular. Não obstante, durante sua eleição como governador (51,86%), a diferença com seu opositor de esquerda Elías Jaua foi de apenas 45.111 votos de um total de mais de dois milhões. No entanto, Jaua aceitou sua derrota<ref>O jogo perigoso de Henrique Capriles e da oposição venezuelana http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/28415/o+jogo+perigoso+de+henrique+capriles+e+da+oposicao+venezuelana.shtml</ref>.''|Salim Lamrani, jornalista, professor e Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Sorbonne-Paris IV}} |
{{quote2|''Capriles, que não deixou de acusar de parcial o Conselho Nacional Eleitoral durante a campanha presidencial, tinha-se mostrado muito mais indulgente em relação ao órgão durante as eleições regionais de 16 de dezembro de 2012. Existia uma razão para isso: o CNE o declarou vencedor no Estado de Miranda e ele celebrou a decisão. Depois do resultado apertado de 14 de abril de 2013 – 213.473 votos de diferença a favor de Maduro (50,75%) -, Capriles repudiou o sufrágio popular. Não obstante, durante sua eleição como governador (51,86%), a diferença com seu opositor de esquerda Elías Jaua foi de apenas 45.111 votos de um total de mais de dois milhões. No entanto, Jaua aceitou sua derrota<ref>'''O jogo perigoso de Henrique Capriles e da oposição venezuelana''' [http://operamundi.uol.com.br/conteudo/opiniao/28415/o+jogo+perigoso+de+henrique+capriles+e+da+oposicao+venezuelana.shtml]</ref>.''|Salim Lamrani, jornalista, professor e Doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Sorbonne-Paris IV}} |
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Revisão das 14h26min de 24 de abril de 2013
Henrique Radonski | |
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Henrique Capriles Radonski | |
Governador de Miranda | |
Período | 29 de novembro de 2008 até 6 de junho de 2012 |
Antecessor(a) | Diosdado Cabello |
Sucessor(a) | Adriana D'Elia |
Prefeito de Baruta | |
Período | 30 de julho de 2000 até 28 de novembro de 2008 |
Presidente da Câmara dos Deputados | |
Período | 23 de janeiro de 2000 até 28 de março de 2000 |
Antecessor(a) | Carmelo Lauría |
Sucessor(a) | - |
Dados pessoais | |
Nascimento | 11 de julho de 1972 (51 anos) Caracas, Venezuela |
Alma mater | Universidade Católica Andrés Bello |
Partido | Primeira Justiça (2000-presente) |
Religião | Católico |
Assinatura |
Henrique Capriles Radonski (Caracas, 11 de julho de 1972) é um político e advogado venezuelano, membro e fundador do partido Primero Justicia. Ex-prefeito do município de Baruta entre 2000 e 2008, elegeu-se governador do Estado de Miranda, com mandato entre 2008 e 2012, tendo sido reeleito para o quadriênio 2013-2017.
Em 2012, deixou o cargo de governador para concorrer na eleição presidencial de 07 de outubro daquele mesmo ano, tendo recebido 44,55% dos votos ante 54,84% para o vencedor, o então presidente Hugo Chávez.[1][2]
Biografia
Nascido em 11 de julho de 1972, Capriles tem uma família de origem judaica - o pai, Henrique Capriles Garcia, é descendente de uma família de judeus sefarditas de Curaçao, enquanto a mãe, Mônica Cristina Radonski Bochenek, descende de uma família judaica russo-polonesa sobrevivente do Holocausto -, que se consolidou como uma das mais poderosas da aristocracia caraquenha, estando a frente de empreendimentos na indústria, comunicações (a Cadena Capriles controla o diário Últimas Notícias, de grande difusão nacional, o jornal esportivo Líder, além de cadeias de rádios e um canal de televisão) e de entretenimento (comandam a rede de cinemas Cinex, uma das mais importantes do país).[3][4]
Apesar da origem judaica, Capriles é católico praticante, tendo até integrado a seção venezuelana da organização católica Tradição, Família e Propriedade na década de 1980.[5] Ainda naquela década, ele concluiria seus estudos básicos nos Institutos Educacionales Asociados El Peñón (IEA). Mais tarde, ingressaria no direito na Universidade Católica Andrés Bello, onde obteve o título de advogado em 1994 e uma especialização em direito econômico, na mesma universidade, em 1997.[3] Também iniciou os estudos de pós-graduação em legislação fiscal na Universidade Central da Venezuela.[6]
Também fez cursos nos Países Baixos, na Itália e nos Estados Unidos, foi membro da International Fiscal Association (IFA) e da Associação Mundial de Jovens Advogados e do Conselho Fiscal da Câmara Americana de Comércio e Indústria da Venezuela (Venamcham), e trabalhou nos escritórios de advocacia Nevett & Mezquita Abogados e Hoet, Peláez, Castillo & Duque, além de atuar nos negócios familiares, especialmente nas empresas da família materna, Radonski Bochenek.[7][8]
Carreira política
Capriles Radonski começou sua carreira na política pelo partido de direita Copei. Em 1998, se candidatou à deputado federal pelo estado de Zulia nas eleições parlamentares daquele ano. Eleito, foi nomeado presidente da Câmara dos Deputados, apesar de sua inexperiência política, convertendo-se no deputado mais jovem a dirigi-la, mas deixou o cargo após a dissolução do Congresso venezuelano pela Assembleia Constituinte Nacional em 1999.[3][9] Em 2000, ao lado do conservador Leopoldo López, fundou o partido Primero Justicia. Já naquele ano, disputou as eleições municipais de Baruta, um dos redutos da classe média-alta e alta da Região metropolitana de Caracas, tendo sido eleito prefeito com 60% dos votos. Em 2004, seria reeleito com quase 80% dos votos.[3][10]
Ainda em 2000, Capriles se aproximou-se do International Republican Institute (IRI), organização vinculada ao Partido Republicano dos Estados Unidos.[11] Desde então, passou a ser conhecido como um dos principais opositores do governo venezuelano. Em 2002, Capriles Radonski participou ativamente do Golpe de Estado contra o presidente Hugo Chávez. Acusado de ter se omitido quando partidários anti-Chávez invadiram a embaixada de Cuba, em Baruta, e espancaram Ramón Rodríguez Chacín, então Ministro do Interior e Justiça,[3][12][13] foi preso por quatro meses, de forma preventiva por escapar à justiça, e julgado em 2004, mas acabou absolvido em 2006. Todavia, em novembro de 2008, o processo foi reaberto e permanece em curso.[14]
Também em 2008, disputou as eleições para o governo do estado de Miranda, tendo derrotado o candidato chavista Diosdado Cabello. Em 2012, Capriles Radonski conquistaria um novo mandato, desta vez após derrotar o candidato Elías Jaua.
Após ter anunciado sua intenção de participar nas eleições primárias da Mesa da Unidade Democrática em 12 de fevereiro de 2012, que definiria o candidato presidencial que enfrentaria Hugo Chávez nas eleições presidenciais de outubro daquele ano, Capriles Radonski superou o concorrente Pablo Perez para se tornar o candidato da oposição venezuelana.[15][16] No pleito presidencial para o presidente da República Bolivariana da Venezuela de 7 de outubro de 2012, Capriles saiu derrotado por Hugo Chávez, por mais de 10% percentuais (44% a 55%) dos votos. Apesar da derrota, foi a votação mais expressiva que a oposição a Chávez recebeu em quatro eleições presidenciais.[17]
Em 2013, após o anúncio de novas eleições presidenciais, em virtude da morte de Chávez em março do mesmo ano, Henrique Capriles Radonski confirmou que seria o candidato da oposição.[18]
Em 14 de abril de 2013, Nicolás Maduro foi eleito com 50,66% dos votos contra 49,07% de Capriles – uma diferença de cerca de 300 mil votos numa eleição com cerca de 19 milhões de eleitores registrados.[19] A participação eleitoral foi de 78,71%.[20]
Críticas ao comportamento pós-eleição de 2013
Nas eleições regionais de de 16 de dezembro de 2012, Capriles foi reconduzido ao cargo de governador do estado de Miranda com apertado resultado de 51,86% dos votos, vencendo por uma pequena diferença percentual o ex-vice presidente venezuelano Elías Jaua, que reconheceu a derrota para Capriles. Analistas, entre os quais, a jornalista e escritora Stella Calloni[21] e Salim Lamrani, doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Sorbonne apontam críticas ao comportamento de Capriles após a eleição presidencial de 14 de abril de 2013.
“ | Capriles, que não deixou de acusar de parcial o Conselho Nacional Eleitoral durante a campanha presidencial, tinha-se mostrado muito mais indulgente em relação ao órgão durante as eleições regionais de 16 de dezembro de 2012. Existia uma razão para isso: o CNE o declarou vencedor no Estado de Miranda e ele celebrou a decisão. Depois do resultado apertado de 14 de abril de 2013 – 213.473 votos de diferença a favor de Maduro (50,75%) -, Capriles repudiou o sufrágio popular. Não obstante, durante sua eleição como governador (51,86%), a diferença com seu opositor de esquerda Elías Jaua foi de apenas 45.111 votos de um total de mais de dois milhões. No entanto, Jaua aceitou sua derrota[22]. | ” |
Referências
- ↑ Capriles é eleito candidato da oposição para enfrentar Chávez em outubro - O Estado de S.Paulo, 13 de fevereiro de 2012
- ↑ O Globo. Reeleito, Chavez convida oposicao trabalhar junto - O Globo, 08 de outubro de 2012
- ↑ a b c d e Capriles, o rosto da nova oposição - O Público, 02 de outubro de 2012
- ↑ (em castelhano)Henrique Capriles, el abogado que pretende ser el nuevo Lula - El Publico, 06 de outubro de 2012
- ↑ (em inglês)High stakes in Venezuelan election - Guardian, 16 de setembro de 2012
- ↑ «Sobre el Politico». eleccionesvenezuela.com. Consultado em 8 de outubro de 2012
- ↑ (em castelhano)baruta.gov.ve, ed. (2004). «Henrique Capriles Radonski». Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ (em castelhano)baruta.gov.ve, ed. (2007). «Página de la Alcaldía de Baruta». Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ (em inglês)«Capriles cruises to victory in Venezuela's primary election». CNN. 13 February 2012. Consultado em 8 May 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ (em castelhano) Paullier, Juan (13 February 2012). «Así es Capriles Radonski, el hombre que espera derrotar a Hugo Chávez». BBC Mundo. Consultado em 15 February 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ (em inglês)Did Henrique Capriles have a falling out with his US handlers? - Radio The Voice of Russia, 14 de março de 2013
- ↑ (em castelhano) Ex embajador de Cuba en Venezuela: Capriles violó leyes internacionales - TeleSur, 12 de abril de 2012
- ↑ (em castelhano)«Embajador Germán Sánchez Otero: "Querían incendiar la embajada"» (em español). Aporrea/Diario Panorama. Consultado em 16 de marzo de 2009 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ (em castelhano) «Reabren juicio a Capriles Radonski por hechos de la embajada de Cuba» (em español). El Nacional. Consultado em 16 de marzo de 2009 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Partidos de oposição na Venezuela se reúnem para definir candidato contra Chávez - Agência Brasil, 11 de fevereiro de 2012
- ↑ Candidato único da oposição quer despolitizar disputa com Chávez, dizem analistas - BBC Brasil, 13 de fevereiro de 2012
- ↑ Capriles Radonski aceita derrota e felicita Hugo Chávez pela vitória eleitoral - Diário de Notícias, 8 de Outubro 2012
- ↑ Capriles confirma que será candidato da oposição à Presidência da Venezuela - UOL Notícias, 10 de março de 2013
- ↑ «Official: Maduro wins Venezuelan presidency». CNN. Consultado em 15 de abril de 2013
- ↑ «Nicolás Maduro é o novo presidente da Venezuela». O Globo. Consultado em 15 de abril de 2013
- ↑ Stella Calloni: Maduro não venceu só Capriles, mas os EUA [1]. Vermelho.org. Página visitada em 24/04/2013.
- ↑ O jogo perigoso de Henrique Capriles e da oposição venezuelana [2]
Ligações externas
- Sítio oficial (em castelhano)