Henrique Capriles Radonski: diferenças entre revisões
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Capriles Radonski começou sua carreira na [[política]] pelo [[Direita política|partido de direita]] [[Comitê de Organização Política Eleitoral Independente|Copei]]. Em [[1998]], se candidatou à deputado federal pelo estado de [[Zulia]] nas eleições parlamentares daquele ano. Eleito, foi nomeado presidente da Câmara dos Deputados, apesar de sua inexperiência política, convertendo-se no deputado mais jovem a dirigi-la, mas deixou o cargo após a dissolução do Congresso venezuelano pela Assembleia Constituinte Nacional em [[1999]].<ref name="CAPRILES/2012/O-PUBLICO-PORTUGAL">[http://www.publico.pt/mundo/noticia/duelo-na-venezuela-capriles-vs-chavez-1565480 Capriles, o rosto da nova oposição] - O Público, 02 de outubro de 2012</ref><ref name=CaprilesCruises>{{en icon}}{{cite news |publisher= CNN |accessdate=8 May 2012 |url= http://www.cnn.com/2012/02/12/world/americas/venezuela-primary-analysis/index.html |title= Capriles cruises to victory in Venezuela's primary election |date= 13 February 2012}}</ref> Em [[2000]], ao lado do conservador [[Leopoldo López]], fundou o partido [[Primero Justicia]]. Já naquele ano, disputou as eleições municipais de [[Baruta]], um dos redutos da classe média-alta e alta da [[Distrito Capital (Venezuela)|Região metropolitana]] de [[Caracas]], tendo sido eleito prefeito com 60% dos votos. Em [[2004]], seria reeleito com quase 80% dos votos.<ref name="CAPRILES/2012/O-PUBLICO-PORTUGAL"/><ref name=AsiEs>{{es icon}} {{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias/2012/02/120213_venezuela_perfil_capriles_primarias_oposicion_jp.shtml |title= Así es Capriles Radonski, el hombre que espera derrotar a Hugo Chávez |publisher= BBC Mundo |date= 13 February 2012 |accessdate=15 February 2012 | author= Paullier, Juan}}</ref> |
Capriles Radonski começou sua carreira na [[política]] pelo [[Direita política|partido de direita]] [[Comitê de Organização Política Eleitoral Independente|Copei]]. Em [[1998]], se candidatou à deputado federal pelo estado de [[Zulia]] nas eleições parlamentares daquele ano. Eleito, foi nomeado presidente da Câmara dos Deputados, apesar de sua inexperiência política, convertendo-se no deputado mais jovem a dirigi-la, mas deixou o cargo após a dissolução do Congresso venezuelano pela Assembleia Constituinte Nacional em [[1999]].<ref name="CAPRILES/2012/O-PUBLICO-PORTUGAL">[http://www.publico.pt/mundo/noticia/duelo-na-venezuela-capriles-vs-chavez-1565480 Capriles, o rosto da nova oposição] - O Público, 02 de outubro de 2012</ref><ref name=CaprilesCruises>{{en icon}}{{cite news |publisher= CNN |accessdate=8 May 2012 |url= http://www.cnn.com/2012/02/12/world/americas/venezuela-primary-analysis/index.html |title= Capriles cruises to victory in Venezuela's primary election |date= 13 February 2012}}</ref> Em [[2000]], ao lado do conservador [[Leopoldo López]], fundou o partido [[Primero Justicia]]. Já naquele ano, disputou as eleições municipais de [[Baruta]], um dos redutos da classe média-alta e alta da [[Distrito Capital (Venezuela)|Região metropolitana]] de [[Caracas]], tendo sido eleito prefeito com 60% dos votos. Em [[2004]], seria reeleito com quase 80% dos votos.<ref name="CAPRILES/2012/O-PUBLICO-PORTUGAL"/><ref name=AsiEs>{{es icon}} {{cite web|url=http://www.bbc.co.uk/mundo/noticias/2012/02/120213_venezuela_perfil_capriles_primarias_oposicion_jp.shtml |title= Así es Capriles Radonski, el hombre que espera derrotar a Hugo Chávez |publisher= BBC Mundo |date= 13 February 2012 |accessdate=15 February 2012 | author= Paullier, Juan}}</ref> |
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Ainda em [[2000]], Capriles se aproximou-se do International Republican Institute (IRI), organização vinculada ao [[Partido Republicano (Estados Unidos)|Partido Republicano]] dos [[Estados Unidos]].<ref>{{en icon}}[http://english.ruvr.ru/2013_03_14/Did-Henrique-Capriles-have-a-falling-out-with-his-US-handlers/ Did Henrique Capriles have a falling out with his US handlers?] - Radio The Voice of Russia, 14 de março de 2013</ref> Desde então, passou a ser conhecido como um dos principais opositores do governo venezuelano. Em [[2002]], Capriles Radonski participou ativamente do [[Golpe de Estado na Venezuela de 2002|Golpe de Estado]] contra o presidente [[Hugo Chávez]]. Acusado de ter se omitido quando partidários anti-Chávez invadiram a embaixada de Cuba, em Baruta, e espancaram Ramón Rodríguez Chacín, então Ministro do Interior e Justiça,<ref name="CAPRILES/2012/O-PUBLICO-PORTUGAL"/><ref>{{es icon}} [http://www.telesurtv.net/articulos/2012/04/12/ex-embajador-de-cuba-en-venezuela-capriles-violo-leyes-internacionales Ex embajador de Cuba en Venezuela: Capriles violó leyes internacionales] - TeleSur, 12 de abril de 2012</ref><ref name="APO"> {{es icon}}{{cita web |url=http://www.aporrea.org/imprime/n81195.html|título=Embajador Germán Sánchez Otero: “Querían incendiar la embajada”|fechaacceso=16 de marzo de 2009 |idioma=español|editorial=Aporrea/Diario Panorama}}</ref> foi preso por quatro meses, de forma preventiva por escapar à justiça, e julgado em [[2004]], |
Ainda em [[2000]], Capriles se aproximou-se do International Republican Institute (IRI), organização vinculada ao [[Partido Republicano (Estados Unidos)|Partido Republicano]] dos [[Estados Unidos]].<ref>{{en icon}}[http://english.ruvr.ru/2013_03_14/Did-Henrique-Capriles-have-a-falling-out-with-his-US-handlers/ Did Henrique Capriles have a falling out with his US handlers?] - Radio The Voice of Russia, 14 de março de 2013</ref> Desde então, passou a ser conhecido como um dos principais opositores do governo venezuelano. Em [[2002]], Capriles Radonski participou ativamente do [[Golpe de Estado na Venezuela de 2002|Golpe de Estado]] contra o presidente [[Hugo Chávez]]. Acusado de ter se omitido quando partidários anti-Chávez invadiram a embaixada de Cuba, em Baruta, e espancaram Ramón Rodríguez Chacín, então Ministro do Interior e Justiça,<ref name="CAPRILES/2012/O-PUBLICO-PORTUGAL"/><ref>{{es icon}} [http://www.telesurtv.net/articulos/2012/04/12/ex-embajador-de-cuba-en-venezuela-capriles-violo-leyes-internacionales Ex embajador de Cuba en Venezuela: Capriles violó leyes internacionales] - TeleSur, 12 de abril de 2012</ref><ref name="APO"> {{es icon}}{{cita web |url=http://www.aporrea.org/imprime/n81195.html|título=Embajador Germán Sánchez Otero: “Querían incendiar la embajada”|fechaacceso=16 de marzo de 2009 |idioma=español|editorial=Aporrea/Diario Panorama}}</ref> foi preso por quatro meses, de forma preventiva por escapar à justiça, e julgado em [[2004]], absolvido em [[2006]], em novembro de 2008, o processo foi reaberto e permanece em curso.<ref>{{es icon}} {{cita web |url=http://www.eluniversal.com/2008/10/17/pol_ava_reabren-juicio-a-cap_17A2075169.shtml|título=Reabren juicio a Capriles Radonski por hechos de la embajada de Cuba|fechaacceso=16 de marzo de 2009 |idioma=español|editorial=El Nacional}}</ref>Foi envolvido em vários atos de corrupção, Capriles como governador do apoio Miranda Mardo do MP envolvido em escândalos de corrupção, acusados de atividades financeiras ilegais.<ref>http://politicaamerica.com/jaua-capriles-muestra-su-modo-corrupto-de-hacer-politica-al-defender-a-lopez-y-mardo/</ref>Em abril de 2002, os grupos de oposição radical vandalizado sete veículos da embaixada cubana, água cortada e fornecimento de energia elétrica, atiraram pedras oito "coquetéis molotov" dentro do consulado e tentaram invadir duas residências, segundo dados tribunal.<ref>http://www.terra.com.ve/actualidad/articulo/html/act1468941.htm</ref> |
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Também em [[2008]], disputou as eleições para o governo do estado de [[Miranda (estado)|Miranda]], tendo derrotado o candidato chavista [[Diosdado Cabello]]. Em [[2012]], Capriles Radonski conquistaria um novo mandato, desta vez após derrotar o candidato [[Elías Jaua]]. |
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Após ter anunciado sua intenção de participar nas eleições primárias da [[Mesa da Unidade Democrática]] em [[12 de fevereiro]] de [[2012]], que definiria o candidato presidencial que enfrentaria Hugo Chávez nas [[Eleição presidencial da Venezuela em 2012|eleições presidenciais de outubro daquele ano]], Capriles Radonski superou o concorrente [[Pablo Perez]] para se tornar o candidato da oposição venezuelana.<ref>[http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-11/partidos-de-oposicao-na-venezuela-se-reunem-para-definir-candidato-contra-chavez Partidos de oposição na Venezuela se reúnem para definir candidato contra Chávez] - Agência Brasil, 11 de fevereiro de 2012</ref><ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120213_venezuela_radonski_cj_pu.shtml Candidato único da oposição quer despolitizar disputa com Chávez, dizem analistas] - BBC Brasil, 13 de fevereiro de 2012</ref> No pleito presidencial para o presidente da [[República Bolivariana da Venezuela]] de [[7 de outubro]] de 2012, Capriles saiu derrotado por Hugo Chávez, por mais de 10% percentuais (44% a 55%) dos votos. Apesar da derrota, foi a votação mais expressiva que a oposição a Chávez recebeu em quatro eleições presidenciais.<ref>[http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/348340-capriles-aceita-derrota-e-felicita-chavez-pela-vitoria Capriles Radonski aceita derrota e felicita Hugo Chávez pela vitória eleitoral] - Diário de Notícias, 8 de Outubro 2012</ref> |
Em [[2008]], disputou as eleições para o governo do estado de [[Miranda (estado)|Miranda]], tendo derrotado o candidato [[Diosdado Cabello]]. Em [[2012]], Capriles Radonski conquistaria um novo mandato, após derrotar o candidato [[Elías Jaua]] .Após ter anunciado sua intenção de participar nas eleições primárias da [[Mesa da Unidade Democrática]] em [[12 de fevereiro]] de [[2012]], que definiria o candidato presidencial que enfrentaria Hugo Chávez nas [[Eleição presidencial da Venezuela em 2012|eleições presidenciais de outubro daquele ano]], Capriles Radonski superou o concorrente [[Pablo Perez]] para se tornar o candidato da oposição venezuelana.<ref>[http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-02-11/partidos-de-oposicao-na-venezuela-se-reunem-para-definir-candidato-contra-chavez Partidos de oposição na Venezuela se reúnem para definir candidato contra Chávez] - Agência Brasil, 11 de fevereiro de 2012</ref><ref>[http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/02/120213_venezuela_radonski_cj_pu.shtml Candidato único da oposição quer despolitizar disputa com Chávez, dizem analistas] - BBC Brasil, 13 de fevereiro de 2012</ref> No pleito presidencial para o presidente da [[República Bolivariana da Venezuela]] de [[7 de outubro]] de 2012, Capriles saiu derrotado por Hugo Chávez, por mais de 10% percentuais (44% a 55%) dos votos. Apesar da derrota, foi a votação mais expressiva que a oposição a Chávez recebeu em quatro eleições presidenciais.<ref>[http://www.dnoticias.pt/actualidade/mundo/348340-capriles-aceita-derrota-e-felicita-chavez-pela-vitoria Capriles Radonski aceita derrota e felicita Hugo Chávez pela vitória eleitoral] - Diário de Notícias, 8 de Outubro 2012</ref> |
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Em [[2013]], após o anúncio de [[Eleição presidencial da Venezuela em 2013|novas eleições presidenciais]], em virtude da morte de Chávez em março do mesmo ano, Henrique Capriles Radonski confirmou que seria o candidato da oposição.<ref>[http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/10/capriles-confirma-que-sera-candidato-da-oposicao-a-presidencia-da-venezuela.htm Capriles confirma que será candidato da oposição à Presidência da Venezuela] - UOL Notícias, 10 de março de 2013</ref> |
Em [[2013]], após o anúncio de [[Eleição presidencial da Venezuela em 2013|novas eleições presidenciais]], em virtude da morte de Chávez em março do mesmo ano, Henrique Capriles Radonski confirmou que seria o candidato da oposição.<ref>[http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2013/03/10/capriles-confirma-que-sera-candidato-da-oposicao-a-presidencia-da-venezuela.htm Capriles confirma que será candidato da oposição à Presidência da Venezuela] - UOL Notícias, 10 de março de 2013</ref> |
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Em 14 de abril de 2013, [[Nicolás Maduro]] foi eleito com 50,66% dos votos contra 49,07% de Capriles – uma diferença de cerca de 300 mil votos numa eleição com cerca de 19 milhões de eleitores registrados.<ref>{{citar web|url=http://edition.cnn.com/2013/04/14/world/americas/venezuela-elections/index.html?hpt=hp_t1|titulo=Official: Maduro wins Venezuelan presidency|publicado=CNN|acessodata=15/04/2013}}</ref> A participação eleitoral foi de 78,71%.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/mundo/nicolas-maduro-o-novo-presidente-da-venezuela-8114456|titulo=Nicolás Maduro é o novo presidente da Venezuela |publicado=O Globo|acessodata=15/04/2013}}</ref> |
Em 14 de abril de 2013, [[Nicolás Maduro]] foi eleito com 50,66% dos votos contra 49,07% de Capriles – uma diferença de cerca de 300 mil votos numa eleição com cerca de 19 milhões de eleitores registrados.<ref>{{citar web|url=http://edition.cnn.com/2013/04/14/world/americas/venezuela-elections/index.html?hpt=hp_t1|titulo=Official: Maduro wins Venezuelan presidency|publicado=CNN|acessodata=15/04/2013}}</ref> A participação eleitoral foi de 78,71%.<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/mundo/nicolas-maduro-o-novo-presidente-da-venezuela-8114456|titulo=Nicolás Maduro é o novo presidente da Venezuela |publicado=O Globo|acessodata=15/04/2013}}</ref> |
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Em maio de 2013 o advogado de Antonio Molina solicitou uma investigação contra Henrique Capriles promover atos de violência no país a partir de 14-A. Durante um contato informativo com Venezolana de Televisión, Capriles chamados apoiantes para tomar ações qualificadas de criminosos no país e resultou em 8 mortes e danos à propriedade pública. Nesse dia apoiantes da oposição queimaram Diagnóstico Centers (CDI), a sede do Produtor Alimentos e Distribuidor (Pdval), também vários escritórios do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV ).<ref>http://www.correodelorinoco.gob.ve/investigacion/consignan-ante-mp-denuncias-contra-capriles-por-hechos-violentos/</ref>Capriles e outros líderes da direita venezuelana foram acusados de "homicídio qualificado, crime frustrado realizado de conspiração, desobediência contra as leis e danos à propriedade pública."<ref>http://www.vtv.gob.ve/articulos/2013/04/18/familiares-de-victimas-denuncian-a-capriles-por-desatar-violencia-fascistas-ante-fiscalia-6008.html</ref><ref>http://noticias.terra.com.ar/internacionales/comision-parlamentaria-recabara-pruebas-contra-capriles-en-toda-venezuela,f9047a7af4d4e310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html</ref> |
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Atualmente investigado pela justiça colombiana, mas, em 2012, o advogado Aurelio Jimenez Callejas apresentado aos encargos judiciais colombianas contra o candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles, sob a acusação de "minar a integridade nacional, conspiração e obstrução da justiça "na Colômbia.<ref>http://jmalvarezblog.blogspot.com.ar/2013/05/abren-proceso-judicial-capriles-en.html</ref> |
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==Críticas ao comportamento pós-eleição de 2013== |
==Críticas ao comportamento pós-eleição de 2013== |
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Revisão das 16h31min de 22 de dezembro de 2013
Henrique Capriles | |
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Henrique Capriles Radonski | |
Governador de Miranda | |
Período | 29 de novembro de 2008 até 6 de junho de 2012 |
Antecessor(a) | Diosdado Cabello |
Sucessor(a) | Adriana D'Elia |
Prefeito de Baruta | |
Período | 30 de julho de 2000 até 28 de novembro de 2008 |
Presidente da Câmara dos Deputados | |
Período | 23 de janeiro de 2000 até 28 de março de 2000 |
Antecessor(a) | Carmelo Lauría |
Sucessor(a) | - |
Dados pessoais | |
Nascimento | 11 de julho de 1972 (51 anos) Caracas, Venezuela |
Alma mater | Universidade Católica Andrés Bello |
Partido | Primeira Justiça (2000-presente) |
Religião | Católico |
Assinatura |
Henrique Capriles Radonski (Caracas, 11 de julho de 1972) é um político e advogado venezuelano, membro e fundador do partido Primero Justicia. Ex-prefeito do município de Baruta entre 2000 e 2008, elegeu-se governador do Estado de Miranda, com mandato entre 2008 e 2012, tendo sido reeleito para o quadriênio 2013-2017.
Em 2012, deixou o cargo de governador para concorrer na eleição presidencial de 07 de outubro daquele mesmo ano, tendo recebido 44,55% dos votos ante 54,84% para o vencedor, o então presidente Hugo Chávez.[1][2]
Biografia
Nascido em 11 de julho de 1972, Capriles tem uma família de origem judaica - o pai, Henrique Capriles Garcia, é descendente de uma família de judeus sefarditas de Curaçao, enquanto a mãe, Mônica Cristina Radonski Bochenek, descende de uma família judaica russo-polonesa sobrevivente do Holocausto -, que se consolidou como uma das mais poderosas da aristocracia caraquenha, estando a frente de empreendimentos na indústria, comunicações (a Cadena Capriles controla o diário Últimas Notícias, de grande difusão nacional, o jornal esportivo Líder, além de cadeias de rádios e um canal de televisão) e de entretenimento (comandam a rede de cinemas Cinex, uma das mais importantes do país).[3][4]
Apesar da origem judaica, Capriles é católico praticante, tendo até integrado a seção venezuelana da organização católica Tradição, Família e Propriedade na década de 1980.[5] Ainda naquela década, ele concluiria seus estudos básicos nos Institutos Educacionales Asociados El Peñón (IEA). Mais tarde, ingressaria no direito na Universidade Católica Andrés Bello, onde obteve o título de advogado em 1994 e uma especialização em direito econômico, na mesma universidade, em 1997.[3] Também iniciou os estudos de pós-graduação em legislação fiscal na Universidade Central da Venezuela.[6]
Também fez cursos nos Países Baixos, na Itália e nos Estados Unidos, foi membro da International Fiscal Association (IFA) e da Associação Mundial de Jovens Advogados e do Conselho Fiscal da Câmara Americana de Comércio e Indústria da Venezuela (Venamcham), e trabalhou nos escritórios de advocacia Nevett & Mezquita Abogados e Hoet, Peláez, Castillo & Duque, além de atuar nos negócios familiares, especialmente nas empresas da família materna, Radonski Bochenek.[7][8]
Carreira política
Capriles Radonski começou sua carreira na política pelo partido de direita Copei. Em 1998, se candidatou à deputado federal pelo estado de Zulia nas eleições parlamentares daquele ano. Eleito, foi nomeado presidente da Câmara dos Deputados, apesar de sua inexperiência política, convertendo-se no deputado mais jovem a dirigi-la, mas deixou o cargo após a dissolução do Congresso venezuelano pela Assembleia Constituinte Nacional em 1999.[3][9] Em 2000, ao lado do conservador Leopoldo López, fundou o partido Primero Justicia. Já naquele ano, disputou as eleições municipais de Baruta, um dos redutos da classe média-alta e alta da Região metropolitana de Caracas, tendo sido eleito prefeito com 60% dos votos. Em 2004, seria reeleito com quase 80% dos votos.[3][10]
Ainda em 2000, Capriles se aproximou-se do International Republican Institute (IRI), organização vinculada ao Partido Republicano dos Estados Unidos.[11] Desde então, passou a ser conhecido como um dos principais opositores do governo venezuelano. Em 2002, Capriles Radonski participou ativamente do Golpe de Estado contra o presidente Hugo Chávez. Acusado de ter se omitido quando partidários anti-Chávez invadiram a embaixada de Cuba, em Baruta, e espancaram Ramón Rodríguez Chacín, então Ministro do Interior e Justiça,[3][12][13] foi preso por quatro meses, de forma preventiva por escapar à justiça, e julgado em 2004, absolvido em 2006, em novembro de 2008, o processo foi reaberto e permanece em curso.[14]Foi envolvido em vários atos de corrupção, Capriles como governador do apoio Miranda Mardo do MP envolvido em escândalos de corrupção, acusados de atividades financeiras ilegais.[15]Em abril de 2002, os grupos de oposição radical vandalizado sete veículos da embaixada cubana, água cortada e fornecimento de energia elétrica, atiraram pedras oito "coquetéis molotov" dentro do consulado e tentaram invadir duas residências, segundo dados tribunal.[16]
Em 2008, disputou as eleições para o governo do estado de Miranda, tendo derrotado o candidato Diosdado Cabello. Em 2012, Capriles Radonski conquistaria um novo mandato, após derrotar o candidato Elías Jaua .Após ter anunciado sua intenção de participar nas eleições primárias da Mesa da Unidade Democrática em 12 de fevereiro de 2012, que definiria o candidato presidencial que enfrentaria Hugo Chávez nas eleições presidenciais de outubro daquele ano, Capriles Radonski superou o concorrente Pablo Perez para se tornar o candidato da oposição venezuelana.[17][18] No pleito presidencial para o presidente da República Bolivariana da Venezuela de 7 de outubro de 2012, Capriles saiu derrotado por Hugo Chávez, por mais de 10% percentuais (44% a 55%) dos votos. Apesar da derrota, foi a votação mais expressiva que a oposição a Chávez recebeu em quatro eleições presidenciais.[19]
Em 2013, após o anúncio de novas eleições presidenciais, em virtude da morte de Chávez em março do mesmo ano, Henrique Capriles Radonski confirmou que seria o candidato da oposição.[20]
Em 14 de abril de 2013, Nicolás Maduro foi eleito com 50,66% dos votos contra 49,07% de Capriles – uma diferença de cerca de 300 mil votos numa eleição com cerca de 19 milhões de eleitores registrados.[21] A participação eleitoral foi de 78,71%.[22] Em maio de 2013 o advogado de Antonio Molina solicitou uma investigação contra Henrique Capriles promover atos de violência no país a partir de 14-A. Durante um contato informativo com Venezolana de Televisión, Capriles chamados apoiantes para tomar ações qualificadas de criminosos no país e resultou em 8 mortes e danos à propriedade pública. Nesse dia apoiantes da oposição queimaram Diagnóstico Centers (CDI), a sede do Produtor Alimentos e Distribuidor (Pdval), também vários escritórios do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV ).[23]Capriles e outros líderes da direita venezuelana foram acusados de "homicídio qualificado, crime frustrado realizado de conspiração, desobediência contra as leis e danos à propriedade pública."[24][25]
Atualmente investigado pela justiça colombiana, mas, em 2012, o advogado Aurelio Jimenez Callejas apresentado aos encargos judiciais colombianas contra o candidato presidencial venezuelano Henrique Capriles, sob a acusação de "minar a integridade nacional, conspiração e obstrução da justiça "na Colômbia.[26]
Críticas ao comportamento pós-eleição de 2013
Nas eleições regionais de de 16 de dezembro de 2012, Capriles foi reconduzido ao cargo de governador do estado de Miranda com apertado resultado de 51,86% dos votos, vencendo por uma pequena diferença percentual o ex-vice presidente venezuelano Elías Jaua, que reconheceu a derrota para Capriles. Analistas, entre os quais, a jornalista e escritora Stella Calloni[27] e Salim Lamrani, doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Sorbonne apontam críticas ao comportamento de Capriles após a eleição presidencial de 14 de abril de 2013.
“ | Capriles, que não deixou de acusar de parcial o Conselho Nacional Eleitoral durante a campanha presidencial, tinha-se mostrado muito mais indulgente em relação ao órgão durante as eleições regionais de 16 de dezembro de 2012. Existia uma razão para isso: o CNE o declarou vencedor no Estado de Miranda e ele celebrou a decisão. Depois do resultado apertado de 14 de abril de 2013 – 213.473 votos de diferença a favor de Maduro (50,75%) -, Capriles repudiou o sufrágio popular. Não obstante, durante sua eleição como governador (51,86%), a diferença com seu opositor de esquerda Elías Jaua foi de apenas 45.111 votos de um total de mais de dois milhões. No entanto, Jaua aceitou sua derrota[28]. | ” |
Referências
- ↑ Capriles é eleito candidato da oposição para enfrentar Chávez em outubro - O Estado de S.Paulo, 13 de fevereiro de 2012
- ↑ O Globo. Reeleito, Chavez convida oposicao trabalhar junto - O Globo, 08 de outubro de 2012
- ↑ a b c d e Capriles, o rosto da nova oposição - O Público, 02 de outubro de 2012
- ↑ (em castelhano)Henrique Capriles, el abogado que pretende ser el nuevo Lula - El Publico, 06 de outubro de 2012
- ↑ (em inglês)High stakes in Venezuelan election - Guardian, 16 de setembro de 2012
- ↑ «Sobre el Politico». eleccionesvenezuela.com. Consultado em 8 de outubro de 2012
- ↑ (em castelhano)baruta.gov.ve, ed. (2004). «Henrique Capriles Radonski». Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ (em castelhano)baruta.gov.ve, ed. (2007). «Página de la Alcaldía de Baruta». Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ (em inglês)«Capriles cruises to victory in Venezuela's primary election». CNN. 13 February 2012. Consultado em 8 May 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ (em castelhano) Paullier, Juan (13 February 2012). «Así es Capriles Radonski, el hombre que espera derrotar a Hugo Chávez». BBC Mundo. Consultado em 15 February 2012 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ (em inglês)Did Henrique Capriles have a falling out with his US handlers? - Radio The Voice of Russia, 14 de março de 2013
- ↑ (em castelhano) Ex embajador de Cuba en Venezuela: Capriles violó leyes internacionales - TeleSur, 12 de abril de 2012
- ↑ (em castelhano)«Embajador Germán Sánchez Otero: "Querían incendiar la embajada"» (em español). Aporrea/Diario Panorama. Consultado em 16 de marzo de 2009 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ (em castelhano) «Reabren juicio a Capriles Radonski por hechos de la embajada de Cuba» (em español). El Nacional. Consultado em 16 de marzo de 2009 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ http://politicaamerica.com/jaua-capriles-muestra-su-modo-corrupto-de-hacer-politica-al-defender-a-lopez-y-mardo/
- ↑ http://www.terra.com.ve/actualidad/articulo/html/act1468941.htm
- ↑ Partidos de oposição na Venezuela se reúnem para definir candidato contra Chávez - Agência Brasil, 11 de fevereiro de 2012
- ↑ Candidato único da oposição quer despolitizar disputa com Chávez, dizem analistas - BBC Brasil, 13 de fevereiro de 2012
- ↑ Capriles Radonski aceita derrota e felicita Hugo Chávez pela vitória eleitoral - Diário de Notícias, 8 de Outubro 2012
- ↑ Capriles confirma que será candidato da oposição à Presidência da Venezuela - UOL Notícias, 10 de março de 2013
- ↑ «Official: Maduro wins Venezuelan presidency». CNN. Consultado em 15 de abril de 2013
- ↑ «Nicolás Maduro é o novo presidente da Venezuela». O Globo. Consultado em 15 de abril de 2013
- ↑ http://www.correodelorinoco.gob.ve/investigacion/consignan-ante-mp-denuncias-contra-capriles-por-hechos-violentos/
- ↑ http://www.vtv.gob.ve/articulos/2013/04/18/familiares-de-victimas-denuncian-a-capriles-por-desatar-violencia-fascistas-ante-fiscalia-6008.html
- ↑ http://noticias.terra.com.ar/internacionales/comision-parlamentaria-recabara-pruebas-contra-capriles-en-toda-venezuela,f9047a7af4d4e310VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html
- ↑ http://jmalvarezblog.blogspot.com.ar/2013/05/abren-proceso-judicial-capriles-en.html
- ↑ Stella Calloni: Maduro não venceu só Capriles, mas os EUA [1]. Vermelho.org. Página visitada em 24/04/2013.
- ↑ O jogo perigoso de Henrique Capriles e da oposição venezuelana [2]
Ligações externas
- Sítio oficial (em castelhano)