Lúcio Márcio Filipo (cônsul em 38 a.C.): diferenças entre revisões

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Um membro do ramo [[plebeus|plebeu]] da [[gens Márcia]], Filipo foi o filho de [[Lúcio Márcio Filipo (cônsul em 56 a.C.)|Lúcio Márcio Filipo]], o cônsul de {{AC|56|x}}. Por {{AC|50|x}}, possivelmente tornou-se um [[áugure]], um dos sacerdotes da [[Roma Antiga]],{{harvref|Broughton|1952|p=254}} e em {{AC|49|x}}, foi eleito um [[tribuno da plebe]]. Nesta posição vetou a proposta de enviar [[Fausto Cornélio Sula (senador)|Fausto Cornélio Sula]], enteado de [[Pompeu]], como [[propretor]] da [[Mauritânia romana|Mauritânia]], para persuadir os reis [[Boco II]] e [[Bogud]] a apoiarem Pompeu e abandonarem [[Júlio César]].{{harvref|Broughton|1952|p=258}}{{harvref|Holmes|1923|p=2}} Em {{AC|44|x}}, foi eleito [[pretor]], e embora a ele foi concedido uma província para administrar após o término de seu mandato, recusou aceitar a validade do loteamento das províncias acordado em reunião do senado de 28 de novembro de {{AC|44|x}}.{{harvref|Broughton|1952|p=321}}
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Com o casamento de seu pai com [[Ácia Balba Cesônia]], ele tornou-se meio-irmão de Otaviano, o herdeiro de Júlio César. Seu pai usou sua influência para ajudar Filipo a obter o consulado como um dos cônsules sufectos de {{AC|38|x}}. No entanto, durante seu consulado, Filipo não declarou-o abertamente para seu meio-irmão na rivalidade de Otaviano com [[Marco Antônio]].{{harvref|Syme|1939|p=229}}{{harvref|Broughton|1952|p=389}} Por {{AC|35|x}}, foi nomeado o governador proconsular de uma das províncias da [[Hispânia]].{{harvref|Broughton|1952|p=407}}{{harvref|Syme|1939|p=239}} Após servir lá por dois anos, retornou para [[Roma]], onde foi recompensado com um [[triunfo romano|triunfo]] celebrado em 27 de abril de {{AC|33|x}} por suas ações como governador. Com os despojos de suas vitórias, restaurou o templo de [[Hércules]] e as [[Musas]] no [[Circo Flamínio]].{{harvref|Broughton|1952|p=415}}{{harvref|Syme|1939|p=241}} Filipo não parece ter tido qualquer filho para sucedê-lo.{{harvref|Syme|1939|p=496}}
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Revisão das 20h43min de 23 de julho de 2015

Lúcio Márcio Filipo
Nacionalidade
República Romana
Progenitores Pai: Lúcio Márcio Filipo
Ocupação Governador
Religião Politeísmo romano
Áureo de Otaviano cunhado ca. 30 a.C.

Lúcio Márcio Filipo (em latim: Lucius Marcius Philippus) foi um político romano elegido cônsul sufecto em 38 a.C.. Ele foi o meio-irmão do futuro imperador Augusto (r. 27 a.C.14 d.C.)

Biografia

Um membro do ramo plebeu da gens Márcia, Filipo foi o filho de Lúcio Márcio Filipo, o cônsul de 56 a.C.. Por 50 a.C., possivelmente tornou-se um áugure, um dos sacerdotes da Roma Antiga,[1] e em 49 a.C., foi eleito um tribuno da plebe. Nesta posição vetou a proposta de enviar Fausto Cornélio Sula, enteado de Pompeu, como propretor da Mauritânia, para persuadir os reis Boco II e Bogud a apoiarem Pompeu e abandonarem Júlio César.[2][3] Em 44 a.C., foi eleito pretor, e embora a ele foi concedido uma província para administrar após o término de seu mandato, recusou aceitar a validade do loteamento das províncias acordado em reunião do senado de 28 de novembro de 44 a.C..[4]

Com o casamento de seu pai com Ácia Balba Cesônia, ele tornou-se meio-irmão de Otaviano, o herdeiro de Júlio César. Seu pai usou sua influência para ajudar Filipo a obter o consulado como um dos cônsules sufectos de 38 a.C.. No entanto, durante seu consulado, Filipo não declarou-o abertamente para seu meio-irmão na rivalidade de Otaviano com Marco Antônio.[5][6] Por 35 a.C., foi nomeado o governador proconsular de uma das províncias da Hispânia.[7][8] Após servir lá por dois anos, retornou para Roma, onde foi recompensado com um triunfo celebrado em 27 de abril de 33 a.C. por suas ações como governador. Com os despojos de suas vitórias, restaurou o Templo de Hércules e as Musas no Circo Flamínio.[9][10] Filipo não parece ter tido qualquer filho para sucedê-lo.[11]

Referências

  1. Broughton 1952, p. 254.
  2. Broughton 1952, p. 258.
  3. Holmes 1923, p. 2.
  4. Broughton 1952, p. 321.
  5. Syme 1939, p. 229.
  6. Broughton 1952, p. 389.
  7. Broughton 1952, p. 407.
  8. Syme 1939, p. 239.
  9. Broughton 1952, p. 415.
  10. Syme 1939, p. 241.
  11. Syme 1939, p. 496.

Bibliografia

  • Broughton, T. Robert S. (1952). The Magistrates of the Roman Republic. II. Atlanta: Scholar Press 
  • Holmes, T. Rice (1923). The Roman Republic and the Founder of the Empire. III. [S.l.: s.n.] 
  • Syme, Ronald (1939). The Roman Revolution. Oxford: Oxford University Press. ISBN 0-19-280320-4