Esmalte (heráldica): diferenças entre revisões

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→‎Referências: O interesse é manter os termos usados na cultura da língua portuguesa. O termo jalne é o nome atribuído ao amarelo tom do amarelo-ouro na cultura francesa. tanto que na heraldica francesa o metal chama-se Or
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| Conhecido como ''sinopla'', ou ainda [[Vénus (planeta)|vênus]] (príncipes e reis), ou [[esmeralda]] (nobres titulados). Pode ser representado pela cor verde (em desenhos coloridos), ou por várias linhas diagonais, da direita para a esquerda, (em desenho não-colorido).
| Conhecido como ''sinopla'', ou ainda [[Vénus (planeta)|vênus]] (príncipes e reis), ou [[esmeralda]] (nobres titulados). Pode ser representado pela cor verde (em desenhos coloridos), ou por várias linhas diagonais, da direita para a esquerda, (em desenho não-colorido).
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*''Goles'': linhas verticais
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*''Azure'': linhas horizontais
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*''Vert'': linhas diagonais da direita superior para a esquerda inferior do desenho (sinistra para dextra).
*''Sinople'': linhas diagonais da direita superior para a esquerda inferior do desenho (sinistra para dextra).
*''Sable'': quadriculado
*''Sable'': quadriculado
*''Purpure'': linhas diagonais da direita inferior para a esquerda superior do desenho.
*''Purpura'': linhas diagonais da direita inferior para a esquerda superior do desenho.
*''Argent'': sem nada, branco
*''Prata'': sem nada, branco
*''Or'': Pontilhado
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*Peles: representações quase diretas das suas padronagens.
*Peles: representações quase diretas das suas padronagens.


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==Referências==
==Referências==
*ÁLVARES, Julio Olmedo; VALLÉS, Joaquim Díaz. '''Heráldica I'''. Cidad Real (Espanha): Perea ediciones ilustrativa, 1989.
*ANDRADE, Pedro Baltazar de. '''Heráldica: Ciência y arte de los blasones'''. Barcelona: Editorial Fama, 1954. Los esmaltes o colores del escudo 42-54.
*GHEUSI, P.-B. Capitulo iV émaux de l’écu d’armes p.25-31. In._____. '''Le Blason Héraldique''': Manuel Nouveu de l’art heráldique de la ciência du blason da la polychromie féodale. D’apres les règles du moyen age. Paris: Librairie de Firmin-Didot Et Clo, 1892.
*LIMA, ALBERTO. '''Ciência e arte Heraldica''': como os heraldos compunham e interpretavam as armas e distintivos da nobresa. In. PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL. Revista de Educação Pública. v.IX, n.41-44 (jan-dez). Rio de Janeiro: Secretaria Geral de Educação e Cultura, 1953. Pag. 13-51.
*MATTOS, Armando. '''Manual de Heráldica Portuguesa'''. Nova Edição [ed.2]. Porto: Livraria Fernando Machado, 1941. TOSTES, Vera Lúcia Brottel. Princípios de Heráldica (1ª ed.). (M. Imperial, Ed.) Petrópoles, Rio de Janeiro, Brasil: Fundação MUDES. (1983).
*PEREYRA, Alejandro de Armengol y de. Los esmaltes. p.50-60. In._____. '''Heráldica'''. Barcelona-Buenos Aires: Editorial Labor, 1933. (Colección Labor: Biblioteca de Iniciação Cultural, Seccion VI – Ciências Históricas nº 320).
*POLIANO, Luiz Marques. ESMALTES: Cores. Metais, couros e forros. In._____. '''Heráldica'''. São Paulo: GRD; Rio de Janeiro: Instituto Municipal de Arte e Cultura-RIO-ARTE, 1986. p.24-34
*SOUSA, Manuel de, ''[[As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas]]'', Ed. SporPress, Mem Martins, 2003
*SOUSA, Manuel de, ''[[As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas]]'', Ed. SporPress, Mem Martins, 2003
*ZARAZAGA-BERENDER, Jorge de. LOS ESMALTES. p.29–39. In._____. '''Qué es la heráldica'''. Buenos Aires: EDITORIAL COLUMBA (La Tecnica Impressora S.A.C.I), 1969. (COLECCION ESQUEMAS Nº99).
ALBERTO LIMA. Ciência e arte Heraldica: como os heraldos compunham e interpretavam as armas e distintivos da nobresa. In. PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL. Revista de Educação Pública. v.IX, n.41-44 (jan-dez). Rio de Janeiro: Secretaria Geral de Educação e Cultura, 1953. Pag. 13-51.
POLIANO, Luiz Marques. 5. ESMALTES: Cores. Metais, couros e forros. In._____. Heráldica. São Paulo: GRD; Rio de Janeiro: Instituto Municipal de Arte e Cultura-RIO-ARTE, 1986. P.24-34
PEREYRA, Alejandro de Armengol y de. Los esmaltes. p.50-60. In._____. Heráldica. Barcelona-Buenos Aires: Editorial Labor, 1933. (Colección Labor: Biblioteca de Iniciação Cultural, Seccion VI – Ciências Históricas nº 320)
ZARAZAGA-BERENDER, Jorge de. LOS ESMALTES. p.29–39. In._____. Qué es la heráldica. Buenos Aires: EDITORIAL COLUMBA (La Tecnica Impressora S.A.C.I), 1969. (COLECCION ESQUEMAS Nº99).
ÁLVARES, Julio Olmedo; VALLÉS, Joaquim Díaz. Heráldica I. Cidad Real (Espanha): Perea ediciones ilustrativa, 1989.
ANDRADE, Pedro Baltazar de. Heráldica: Ciência y arte de los blasones. Barcelona: Editorial Fama, 1954. Los esmaltes o colores del escudo 42-54
GHEUSI, P.-B. Capitulo iV émaux de l’écu d’armes p.25-31. In._____. Le Blason Héraldique: Manuel Nouveu de l’art heráldique de la ciência du blason da la polychromie féodale. D’apres les règles du moyen age. Paris: Librairie de Firmin-Didot Et Clo, 1892.
MATTOS, Armando. Manual de Heráldica Portuguesa. Nova Edição [ed.2]. Porto: Livraria Fernando Machado, 1941.
TOSTES, Vera Lúcia Brottel. Princípios de Heráldica (1ª ed.). (M. Imperial, Ed.) Petrópoles, Rio de Janeiro, Brasil: Fundação MUDES. (1983).

== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
*[http://heraldica.genealogias.org Heráldica em português e desenhos de brasões]
*[http://heraldica.genealogias.org Heráldica em português e desenhos de brasões]

Revisão das 13h22min de 6 de agosto de 2015

Um Esmalte, em heráldica, é o termo usado para designar as colorações aplicada às diversas partes de um brasão. Costumam ser classificados em metais, cores e peles, existindo ainda as figuras heráldicas cujo esmalte não se enquadra nestas classificações, pois são pintadas naturalmente, ou de sua própria cor. Não obstante, metais, cores, peles e a própria cor da coisa são classificados, indistintamente, sob a categoria Esmalte.

Tipos

Os esmaltes são divididos em três tipos: metais, cores e peles.

Metais

Ouro
Também conhecido como sol (em brasões reais), ou topázio (em brasões da nobreza), representado em desenhos coloridos pela cor amarela (ouro), e em desenho não-colorido porém com ponteados miúdos.
Prata
Também conhecido como lua (em brasões reais), representada em desenhos coloridos pela cor branca, e em não-coloridos vazio. Ainda conhecido como prata, argante ou arjante.


Cores

Tradicionais

Blau ou Azure
Também chamado de júpiter (armas reais) ou safira (nobres titulados), celester ou blau. Pode ser representado pela cor azul (em desenhos coloridos), ou por várias linhas horizontais, (em desenho não-colorido).
Gules
Também chamado de marte (brasões de príncipes) ou rubi (brasões de nobres titulados). Pode ser representado pela cor vermelha (em desenhos coloridos), ou por várias linhas verticais, (em desenho não-colorido).
Sable
Também conhecido como saturno (armas reais) ou diamantes (brasões de nobreza titulada). Pode ser representado pela cor preta (em desenhos coloridos), ou por várias linhas verticais e horizontais sobrepostas, formando pequenos quadrados, (em desenho não-colorido).
Sinople ou Vert
Conhecido como sinopla, ou ainda vênus (príncipes e reis), ou esmeralda (nobres titulados). Pode ser representado pela cor verde (em desenhos coloridos), ou por várias linhas diagonais, da direita para a esquerda, (em desenho não-colorido).
Purpure
Conhecido como ametista ou jacinto e ainda como mercúrio (armas reais). Pode ser representado pela cor púrpura (em desenhos coloridos), ou por várias linhas diagonais, da esquerda para a direita, (em desenho não-colorido).


Não-tradicionais

Três cores não tradicionais em heráldica foram introduzidas posteriormente especialmente na heráldica Britânica. Apelidadas de manchas (tradução literal da expressão Inglesa stains), são elas:

Murrey ou Morado
Supostamente, é a cor das amoras escuras, uma tonalidade entre goles (vermelho) e purpure (púrpura). A cor tem um quê de amarronzado.
Sanguinho
É um vermelho amarronzado, da cor do sangue arterial.
Tenné ou Sépia
Coloração entre o laranja e o castanho.

Outras cores pouco frequentes usadas principalmente na Europa são o Azul-celeste, Carnação, Cendrée e Laranja.

Peles

Arminho
Um fundo branco com diversas cópias de um desenho, conhecido como mosqueta, que representa a pele do arminho em preto.
Contra-arminhos
O inverso do Arminho.
Veiro
Um padrão azul e prata (tiras brancas horizontais, com campânulas azuis) com leve semelhança a foguetes azuis desenhado por uma criança em tiras brancas. Podem ser usados outros esmaltes, sendo sempre um metal e uma cor. É importante visualizar esse desenho, que tem propriedades bem específicas.
Contra-veiros
Desenho semelhante ao anterior, onde os "foguetes" estão apontando em direção oposta. É importante visualizar esse desenho, que tem propriedades bem específicas.

De sua cor

De sua cor, de sua própria cor ou cor natural são expressões que indicam o esmalte de uma figura heráldica que é colorida de forma aproximada à cor natural do objeto representado. Embora não seja propriamente uma cor específica, está incluída por convenção entre os demais Esmaltes. Há quem diga que o abuso deste esmalte é visto como uma prática heráldica deselegante.

Descrição escrita das representações em preto e branco

Existem representações padronizadas em preto e branco para todas os esmaltes, o que possibilita o desenho correto dos brasões em preto e branco. Importante salientar que a direita e a esquerda de um escudo, é interpretada na perspectiva do utilizador do escudo, e não do observador do escudo.

  • Goles: linhas verticais
  • Blau ou Azure: linhas horizontais
  • Sinople: linhas diagonais da direita superior para a esquerda inferior do desenho (sinistra para dextra).
  • Sable: quadriculado
  • Purpura: linhas diagonais da direita inferior para a esquerda superior do desenho.
  • Prata: sem nada, branco
  • Ouro: Pontilhado
  • Peles: representações quase diretas das suas padronagens.

Normas

Por norma não se devem sobrepor metais sobre metais, nem cores sobre cores. No caso das peles, estas podem ser sobrepostas em metais e cores. Existem, porém, exceções, como ao aplicar uma peça sobre duas partições, cada uma de um tipo de esmalte.

Referências

  • ÁLVARES, Julio Olmedo; VALLÉS, Joaquim Díaz. Heráldica I. Cidad Real (Espanha): Perea ediciones ilustrativa, 1989.
  • ANDRADE, Pedro Baltazar de. Heráldica: Ciência y arte de los blasones. Barcelona: Editorial Fama, 1954. Los esmaltes o colores del escudo 42-54.
  • GHEUSI, P.-B. Capitulo iV émaux de l’écu d’armes p.25-31. In._____. Le Blason Héraldique: Manuel Nouveu de l’art heráldique de la ciência du blason da la polychromie féodale. D’apres les règles du moyen age. Paris: Librairie de Firmin-Didot Et Clo, 1892.
  • LIMA, ALBERTO. Ciência e arte Heraldica: como os heraldos compunham e interpretavam as armas e distintivos da nobresa. In. PREFEITURA DO DISTRITO FEDERAL. Revista de Educação Pública. v.IX, n.41-44 (jan-dez). Rio de Janeiro: Secretaria Geral de Educação e Cultura, 1953. Pag. 13-51.
  • MATTOS, Armando. Manual de Heráldica Portuguesa. Nova Edição [ed.2]. Porto: Livraria Fernando Machado, 1941. TOSTES, Vera Lúcia Brottel. Princípios de Heráldica (1ª ed.). (M. Imperial, Ed.) Petrópoles, Rio de Janeiro, Brasil: Fundação MUDES. (1983).
  • PEREYRA, Alejandro de Armengol y de. Los esmaltes. p.50-60. In._____. Heráldica. Barcelona-Buenos Aires: Editorial Labor, 1933. (Colección Labor: Biblioteca de Iniciação Cultural, Seccion VI – Ciências Históricas nº 320).
  • POLIANO, Luiz Marques. ESMALTES: Cores. Metais, couros e forros. In._____. Heráldica. São Paulo: GRD; Rio de Janeiro: Instituto Municipal de Arte e Cultura-RIO-ARTE, 1986. p.24-34
  • SOUSA, Manuel de, As Origens dos Apelidos das Famílias Portuguesas, Ed. SporPress, Mem Martins, 2003
  • ZARAZAGA-BERENDER, Jorge de. LOS ESMALTES. p.29–39. In._____. Qué es la heráldica. Buenos Aires: EDITORIAL COLUMBA (La Tecnica Impressora S.A.C.I), 1969. (COLECCION ESQUEMAS Nº99).

Ligações externas

Ver também