Conde de Monsanto: diferenças entre revisões
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As armas dos Castros Marqueses de Cascais e Condes de Monsanto eram: ''de prata, com seis arruelas de azul, alinhadas em duas palas, 3 e 3''.<ref>Descrição heráldica in ACADEMIA PORTUGUESA DA HISTÓRIA: ''Livro do Armeiro-Mor'' (1509), p. XLVI.</ref> Estas armas encontram-se no [[Livro do Armeiro-Mor]] (fl 49<sup>r</sup>), no [[Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas]] (fl 9<sup>v</sup>), no [[Thesouro de Nobreza]] (fl 23<sup>r</sup>), etc. |
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Estas armas encontram-se no [[Livro do Armeiro-Mor]] (fl 49<sup>r</sup>), no [[Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas]] (fl 9<sup>v</sup>), no [[Thesouro de Nobreza]] (fl 23<sup>r</sup>), etc. Encontram-se tambem na [[Sala de Sintra]]. |
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* uma ''"roda de navalhas de Santa Caterina, a roda de sua côr, as navalhas de prata"'', que são as que se podem ver na [[Sala de Sintra]], e que era o timbre dos senhores do morgado de Penha Verde, adoptado por um filho de [[João de Castro|D. João de Castro]], [[Vice-rei da Índia]] (1545-1548). |
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* ''"um lião nascente, ou de oiro, ou de prata, e umas vezes carregado com os móveis do escudo, outras não"'', que é o comum. |
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* ''"um caranguejo de prata, carregado das seis arruelas do escudo"'', que é o geralmente dado à Casa de Monsanto, em alusão ao marisco existente em Cascais, o qual, inclusivamente, deu o nome à terra. |
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No entanto, António Caetano de Sousa nas suas ''Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal'' esclarece ser o timbre dos Marqueses de Cascais ''"meyo Leaõ de ouro."'' |
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Para esclarecimento, as armas dos Castros ditos de treze arruelas eram: ''de ouro, com treze arruelas de azul, alinhadas em três palas, 4, 5, e 4''.<ref>Descrição heráldica in ACADEMIA PORTUGUESA DA HISTÓRIA: ''Livro do Armeiro-Mor'' (1509), p. XLVI.</ref> [[Timbre (heráldica)|Timbre]]: ''lião nascente de oiro, armado e linguado de vermelho'', nas palavras de Braamcamp Freire. Estas armas também se encontram em todas as obras mencionadas supra. |
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== Condes de Monsanto (1900) == |
== Condes de Monsanto (1900) == |
Revisão das 02h34min de 4 de setembro de 2015
O título de Conde de Monsanto foi um título nobiliárquico de Portugal. Foi atribuído por duas vezes a duas famílias diferentes, em 1460 e 1900. A mais antiga e mais importante das Casas deste título foi a dos Castro, cuja criação em 1460 corresponde a um dos mais antigos condados de Portugal. Assim, o título de conde de Monsanto associa-se historicamente à família Castro. A partir de 1643 foram os condes de Monsanto ainda Marqueses de Cascais.
Anselmo Braamcamp Freire na sua obra Brasões da Sala de Sintra dedica o capítulo III, no Vol. I, aos Castro de seis arruelas, incluindo o ramo dos condes de Monsanto mais tarde marqueses de Cascais.[1]
De destacar a existência em Portugal de dois ramos distintos dos Castro, com armas diferentes:
- Os descendentes de D. Álvaro Pires de Castro (1310-1384), filho bastardo do grande nobre galego D. Pedro Fernandes de Castro, o da Guerra. D. Álvaro era meio-irmão bastardo de D. Fernando Rodrigues de Castro, chamado Toda a Lealdade de Espanha, e ainda de D. Inês de Castro. Foi conde e condestável de Portugal. Estes são os Castro ditos de seis arruelas, entre os quais se contam os condes de Monsanto e marqueses de Cascais.
- Os descendentes de um sobrinho homónimo de D. Álvaro Pires de Castro, filho do supra citado D. Fernando Rodrigues de Castro, Toda a Lealdade de Espanha. Estes são os Castro ditos de treze arruelas, a quem Braamcamp Freire também dedica um capítulo da sua obra.[2]
Condes de Monsanto (1460)
O condado de Monsanto foi criado em 21 de Maio de 1460 por D. Afonso V de Portugal a favor de D. Álvaro de Castro, bisneto do conde e condestável D. Álvaro Pires de Castro já mencionado. Casou com D. Isabel da Cunha, senhora de Cascais e da Lourinhã.
D. Martim Afonso de Castro, filho do 4.º Conde de Monsanto, foi Vice-Rei da Índia em 1605-1607.
D. Álvaro Pires de Castro, 6.º Conde de Monsanto, distinguiu-se na Guerra da Restauração e foi feito Marquês de Cascais por por carta de D. João IV de 19 de Novembro de 1643.
D. Luís José de Castro Noronha Ataíde e Sousa, 11º Conde de Monsanto e 4º Marquês de Cascais, não teve descendência, o que levou a que o uso do título não fosse reclamado.
Titulares
- D. Álvaro de Castro, 1.º Conde de Monsanto (c. 1420 - 1471)
- D. João de Castro, 2.º Conde de Monsanto (c. 1440 - 1496)
- D. Pedro de Castro, 3.º Conde de Monsanto (c. 1460 - 1529)
- D. António de Castro, 4.º Conde de Monsanto (c. 1530 - 1602)
- D. Luís de Castro, 5.º Conde de Monsanto (c. 1560 - 1612)
- D. Álvaro Pires de Castro e Sousa (c. 1590 - 1674), 6.º conde de Monsanto, feito 1.º marquês de Cascais
Marqueses de Cascais (1643)
- D. Álvaro Pires de Castro e Sousa (c. 1590 - 1674), 1.º marquês de Cascais e 6.º conde de Monsanto
- D. Luís Álvares de Castro (1644 - 1720), 2.º marquês de Cascais e 7.º Conde de Monsanto
- D. Manuel José de Castro Noronha Sousa e Ataíde (1666 - 1742), 3.º marquês de Cascais e 8.º conde de Monsanto
- D. Fernando de Noronha (1667 - 1722), 9.º conde de Monsanto
- D. José Maria Leonardo de Castro (1714 - 1716), 10.º conde de Monsanto
- D. Luís José de Castro Noronha Ataíde e Sousa (1717 - 1745), 4.º marquês de Cascais e 11.º Conde de Monsanto. Morreu sem descendência
Armas
As armas dos Castros Marqueses de Cascais e Condes de Monsanto eram: de prata, com seis arruelas de azul, alinhadas em duas palas, 3 e 3.[3] Estas armas encontram-se no Livro do Armeiro-Mor (fl 49r), no Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas (fl 9v), no Thesouro de Nobreza (fl 23r), etc.
Quanto ao Timbre dos Castros, Braamcamp Freire descreve várias variantes existentes:
- uma "roda de navalhas de Santa Caterina, a roda de sua côr, as navalhas de prata", que são as que se podem ver na Sala de Sintra, e que era o timbre dos senhores do morgado de Penha Verde, adoptado por um filho de D. João de Castro, Vice-rei da Índia (1545-1548).
- "um lião nascente, ou de oiro, ou de prata, e umas vezes carregado com os móveis do escudo, outras não", que é o comum.
- "um caranguejo de prata, carregado das seis arruelas do escudo", que é o geralmente dado à Casa de Monsanto, em alusão ao marisco existente em Cascais, o qual, inclusivamente, deu o nome à terra.
No entanto, António Caetano de Sousa nas suas Memorias Historicas e Genealogicas dos Grandes de Portugal esclarece ser o timbre dos Marqueses de Cascais "meyo Leaõ de ouro."
Para esclarecimento, as armas dos Castros ditos de treze arruelas eram: de ouro, com treze arruelas de azul, alinhadas em três palas, 4, 5, e 4.[4] Timbre: lião nascente de oiro, armado e linguado de vermelho, nas palavras de Braamcamp Freire. Estas armas também se encontram em todas as obras mencionadas supra.
Condes de Monsanto (1900)
Por carta régia de 3 de Agosto de 1900 D. Carlos I recriou o título de conde de Monsanto a favor de Candido Cardoso Calado que, por carta de 17 de Janeiro de 1890, já tinha sido feito Visconde de Monsanto pelo mesmo Monarca.
Titular
- Cândido Cardoso Calado, 1.º e único conde de Monsanto
Com a queda da Monarquia e a implantação da República Portuguesa em 1910 foram os titulares à data da implantação da República autorizados a manter e usar os seus títulos até à morte. O título de conde de Monsanto encontra-se hoje extinto.
Galeria
Vila de Monsanto
Monsanto, Castelo Branco, Portugal
Ver também
Condados do século XV
- Conde de Vila Real (1424)
- Conde de Marialva (1440)
- Conde de Odemira (1442)
- Conde de Atouguia (1448)
- Conde de Valença (1464)
- Conde de Abrantes (1476)
- Conde de Caminha (1476)
- Conde de Olivença (1476)
- Conde de Cantanhede (1479)
- Conde da Feira (1481)
- Conde de Alcoutim (1496)
- Conde de Portalegre (1498)
Notas
- ↑ FREIRE, Anselmo Braamcamp: Brasões da Sala de Sintra, Vol. I, p. 61-72
- ↑ Id., Ibid.. Capítulo VII, p. 139-147
- ↑ Descrição heráldica in ACADEMIA PORTUGUESA DA HISTÓRIA: Livro do Armeiro-Mor (1509), p. XLVI.
- ↑ Descrição heráldica in ACADEMIA PORTUGUESA DA HISTÓRIA: Livro do Armeiro-Mor (1509), p. XLVI.
Bibliografia
- Livro do Armeiro-Mor (1509). 2.ª edição. Prefácio de Joaquim Veríssimo Serrão; Apresentação de Vasco Graça Moura; Introdução, Breve História, Descrição e Análise de José Calvão Borges. Academia Portuguesa da História/Edições Inapa, 2007
- Livro da Nobreza e Perfeiçam das Armas (António Godinho, Séc. XVI). Fac-simile do MS. 164 da Casa Forte do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Introdução e Notas de Martim Albuquerque e João Paulo de Abreu e Lima. Edições Inapa, 1987
- FREIRE, Anselmo Braamcamp: Brasões da Sala de Sintra. 3 Vols. 3ª Edição, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 1996