Abu Gurabe: diferenças entre revisões

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'''Abu Gurab''' é o nome de uma zona no [[Egipto]] situada a cerca de quinze quilómetros da moderna [[cidade]] do [[Cairo]] e a um quilómetro e meio de [[Abusir]], entre {{Typo|Guiza}} e [[Sakara]], na margem ocidental do [[rio Nilo]], escolhida pelos reis da [[V dinastia egípcia]] para construírem os seus complexos funerários e templos solares.
'''Abu Gurab''' é uma zona no [[Egipto]] situada a cerca de quinze quilómetros da moderna [[cidade]] do [[Cairo]] e a um quilómetro e meio de [[Abusir]], entre {{Typo|Guiza}} e [[Sakara]], na margem ocidental do [[rio Nilo]], escolhida pelos reis da [[V dinastia egípcia]] para construírem os seus complexos funerários e templos solares.


Um templo solar era uma estrutura dedicada a Ré ou ([[Rá]]), divindade solar de [[Heliópolis]] que alcançou grande relevância no tempo da V dinastia. Segundo os papiros de Abusir, seis reis da V dinastia construíram templos solares: [[Userkaf]], [[Sahuré]], [[Neferirkaré]], [[Neferefré]], [[Niuserré]] e [[Menkauhor]]. Contudo, apenas foram descobertos dois templos solares, o de Userkaf (o mais antigo) e o de Niuserré, encontrando-se ambos num mau estado de conservação.
Um templo solar era uma estrutura dedicada a Ré ou ([[Rá]]), divindade solar de [[Heliópolis]] que alcançou grande relevância no tempo da V dinastia. Segundo os papiros de Abusir, seis reis da V dinastia construíram templos solares: [[Userkaf]], [[Sahuré]], [[Neferirkaré]], [[Neferefré]], [[Niuserré]] e [[Menkauhor]]. Contudo, apenas foram descobertos dois templos solares, o de Userkaf (o mais antigo) e o de Niuserré, encontrando-se ambos num mau estado de conservação.


Com base nos templos conhecidos, pode ser reconstituída a estrutura original de um templo solar. Primeiro, junto ao rio Nilo existia o chamado templo de acolhimento; de seguida, um caminho coberto dava acesso ao tempo solar propriamente dito. Penetrava-se nele através de uma porta que levava a um pátio cercado por uma muralha. Neste pátio encontrava-se um altar, onde se faziam os [[sacrifício]]s de animais, atrás do qual se encontrava um grande [[obelisco]].[http://www.digitalegypt.ucl.ac.uk/abughurab/plan.html].
Com base nos templos conhecidos, pode ser reconstituída a estrutura original de um templo solar. Primeiro, junto ao rio Nilo existia o chamado templo de acolhimento; de seguida, um caminho coberto dava acesso ao tempo solar propriamente dito. Penetrava-se nele através de uma porta que levava a um pátio cercado por uma muralha. Neste pátio encontrava-se um altar, onde se faziam os [[sacrifício]]s de animais, atrás do qual se encontrava um grande [[obelisco]].[http://www.digitalegypt.ucl.ac.uk/abughurab/plan.html].


O templo solar de Niuserré é o que se encontram em melhor estado de conservação. A sul das suas ruínas foram encontrados os vestígios de uma [[barca solar]] feita em [[tijolo]].
O templo solar de Niuserré é o que se encontram em melhor estado de conservação. A sul das suas ruínas foram encontrados os vestígios de uma [[barca solar]] feita em [[tijolo]].


Durante o reinado de [[Djedkaré Isesi]] a actividade de construção em Abu Gurab interrompeu-se. A partir de então deixou-se de construir em Abu Gurab, tendo este monarca optado por ser sepultado em Sakara.
Durante o reinado de [[Djedkaré Isesi]] a actividade de construção em Abu Gurab interrompeu-se. A partir de então deixou-se de construir em Abu Gurab, tendo este monarca optado por ser sepultado em Sakara.


No que diz respeito aos trabalhos da [[arqueologia]], o templo solar de Niuserré foi escavado entre [[1898]] e [[1901]] por [[Ludwig Borchardt]] e Heinrich Schäfer. Em relação ao templo de Userkaf, este foi alvo de escavações por Herbert Ricke nos anos sessenta.
No que diz respeito aos trabalhos da [[arqueologia]], o templo solar de Niuserré foi escavado entre [[1898]] e [[1901]] por [[Ludwig Borchardt]] e Heinrich Schäfer. Em relação ao templo de Userkaf, este foi alvo de escavações por Herbert Ricke nos anos sessenta.


== Bibliografia ==
== Bibliografia ==

Revisão das 14h03min de 20 de junho de 2017

Abu Gurab é uma zona no Egipto situada a cerca de quinze quilómetros da moderna cidade do Cairo e a um quilómetro e meio de Abusir, entre Guiza e Sakara, na margem ocidental do rio Nilo, escolhida pelos reis da V dinastia egípcia para construírem os seus complexos funerários e templos solares.

Um templo solar era uma estrutura dedicada a Ré ou (), divindade solar de Heliópolis que alcançou grande relevância no tempo da V dinastia. Segundo os papiros de Abusir, seis reis da V dinastia construíram templos solares: Userkaf, Sahuré, Neferirkaré, Neferefré, Niuserré e Menkauhor. Contudo, apenas foram descobertos dois templos solares, o de Userkaf (o mais antigo) e o de Niuserré, encontrando-se ambos num mau estado de conservação.

Com base nos templos conhecidos, pode ser reconstituída a estrutura original de um templo solar. Primeiro, junto ao rio Nilo existia o chamado templo de acolhimento; de seguida, um caminho coberto dava acesso ao tempo solar propriamente dito. Penetrava-se nele através de uma porta que levava a um pátio cercado por uma muralha. Neste pátio encontrava-se um altar, onde se faziam os sacrifícios de animais, atrás do qual se encontrava um grande obelisco.[1].

O templo solar de Niuserré é o que se encontram em melhor estado de conservação. A sul das suas ruínas foram encontrados os vestígios de uma barca solar feita em tijolo.

Durante o reinado de Djedkaré Isesi a actividade de construção em Abu Gurab interrompeu-se. A partir de então deixou-se de construir em Abu Gurab, tendo este monarca optado por ser sepultado em Sakara.

No que diz respeito aos trabalhos da arqueologia, o templo solar de Niuserré foi escavado entre 1898 e 1901 por Ludwig Borchardt e Heinrich Schäfer. Em relação ao templo de Userkaf, este foi alvo de escavações por Herbert Ricke nos anos sessenta.

Bibliografia

  • BARD, Kathryn Ann A.; SHUBERT, Steve Blake - Encyclopedia of the Archaeology of Ancient Egypt. Routledge, 1999. ISBN 0415185890