Narses (general de Justiniano): diferenças entre revisões
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Narses era um [[Armênios|armênio]] romanizado da nobre [[família Camsaracano]], que afirmava descender da dinastia real dos [[Dinastia arsácida da Arménia|arsácidas]]. Ele, que era [[eunuco]], passou a maior parte de sua vida sem desempenhar cargo importante no palácio dos imperadores em [[Constantinopla]]. De acordo com o [[historiador]] [[André Agnelo]], Narses estava presente quando [[Belisário]] capturou Roma em [[536]].<ref>Deborah Mauskopf Deliyannis (tradutor), ''The Book of Pontiffs of the Church of Ravenna'' (Washington: Catholic University of America Press, 2004), p. 178</ref> |
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Ele tinha 74 anos em [[552]], quando o desconfiado Justiniano destituiu Belisário de sua campanha contra os [[ostrogodos]] na [[península Itálica]] e o substituiu por Narses. Apesar de sua idade, ele provou ser tão enérgico e habilidoso quanto seu predecessor, embora a história tem geralmente creditado a Belisário a maior habilidade. Ele lançou outra campanha contra os ostrogodos, derrotando finalmente seu formidável rei [[ |
Ele tinha 74 anos em [[552]], quando o desconfiado Justiniano destituiu Belisário de sua campanha contra os [[ostrogodos]] na [[península Itálica]] e o substituiu por Narses. Apesar de sua idade, ele provou ser tão enérgico e habilidoso quanto seu predecessor, embora a história tem geralmente creditado a Belisário a maior habilidade. Ele lançou outra campanha contra os ostrogodos, derrotando finalmente seu formidável rei [[Tótila]] na [[Batalha de Tagina]]. Em 553 [[exército bizantino|o exército no seu comando]] derrotou os remanescentes do exército ostrogodo na [[Batalha do Monte Lactário]]. Em 554 expulsou os [[francos]] e [[alamanos]], que tinham vindo ajudar os ostrogodos, de volta sobre os [[Alpes]]. Mais tarde, os ostrogodos sobreviventes se renderam a ele e a península Itálica foi reintegrada ao Império Bizantino. |
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Narses permaneceu na Itália como prefeito (governador), mas sua administração foi impopular. Depois da morte de Justiniano, seu sobrinho {{lknb|Justino|II}} {{nwrap|r.|565|578}} o retirou do cargo e ordenou seu retorno a [[Constantinopla]]. Narses renunciou ao posto, mas recusou-se a deixar a Itália, e aposentou-se em uma vila próximo a [[Nápoles]]. |
Narses permaneceu na Itália como prefeito (governador), mas sua administração foi impopular. Depois da morte de Justiniano, seu sobrinho {{lknb|Justino|II}} {{nwrap|r.|565|578}} o retirou do cargo e ordenou seu retorno a [[Constantinopla]]. Narses renunciou ao posto, mas recusou-se a deixar a Itália, e aposentou-se em uma vila próximo a [[Nápoles]]. |
Revisão das 19h08min de 17 de fevereiro de 2020
Narses | |
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Nascimento | 478 |
Morte | 573 |
Ocupação | Oficial e militar |
Serviço militar | |
País | Império Bizantino |
Conflitos | Batalha de Tagina |
Narses (478 — Roma, 573) foi, ao lado de Belisário, um dos grandes generais a serviço do imperador bizantino Justiniano (r. 527–565) durante a chamada "Reconquista" que ocorreu durante o seu reinado.
Narses era um armênio romanizado da nobre família Camsaracano, que afirmava descender da dinastia real dos arsácidas. Ele, que era eunuco, passou a maior parte de sua vida sem desempenhar cargo importante no palácio dos imperadores em Constantinopla. De acordo com o historiador André Agnelo, Narses estava presente quando Belisário capturou Roma em 536.[1]
Ele tinha 74 anos em 552, quando o desconfiado Justiniano destituiu Belisário de sua campanha contra os ostrogodos na península Itálica e o substituiu por Narses. Apesar de sua idade, ele provou ser tão enérgico e habilidoso quanto seu predecessor, embora a história tem geralmente creditado a Belisário a maior habilidade. Ele lançou outra campanha contra os ostrogodos, derrotando finalmente seu formidável rei Tótila na Batalha de Tagina. Em 553 o exército no seu comando derrotou os remanescentes do exército ostrogodo na Batalha do Monte Lactário. Em 554 expulsou os francos e alamanos, que tinham vindo ajudar os ostrogodos, de volta sobre os Alpes. Mais tarde, os ostrogodos sobreviventes se renderam a ele e a península Itálica foi reintegrada ao Império Bizantino.
Narses permaneceu na Itália como prefeito (governador), mas sua administração foi impopular. Depois da morte de Justiniano, seu sobrinho Justino II (r. 565–578) o retirou do cargo e ordenou seu retorno a Constantinopla. Narses renunciou ao posto, mas recusou-se a deixar a Itália, e aposentou-se em uma vila próximo a Nápoles.
Os últimos anos de sua vida são envoltos em dúvidas. Muitas fontes daquele tempo dizem que Narses secretamente encorajou a invasão da Itália pelos lombardos em 568, como vingança contra Justino II, que o removeu do cargo. Ainda assim, Narses, com 90 anos, ofereceu seus serviços ao imperador novamente. Quando Narses morreu, mais de metade da Itália tinha caído nas mãos dos lombardos.
Referências
- ↑ Deborah Mauskopf Deliyannis (tradutor), The Book of Pontiffs of the Church of Ravenna (Washington: Catholic University of America Press, 2004), p. 178
Bibliografia
- FAUBER, L. H.. Narses, Hammer of the Goths: The Life and Times of Narses the Eunuch. St Martins Pr (janeiro de 1991) ISBN 0-312-04126-8
- Nascidos no século V
- Mortos em 573
- Nascidos em 478
- Mortos em 568
- Homens
- Generais de Justiniano
- Bizantinos do século V
- Bizantinos do século VI
- Guerra Gótica (535-554)
- Família Camsaracano
- Armênios do século V
- Armênios do século VI
- Bizantinos de origem armênia
- Bizantinos envolvidos nas guerras bizantino-góticas
- Armênios envolvidos nas guerras bizantino-góticas