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Revisão das 01h31min de 22 de junho de 2007

As décadas de 30 e 40 foram os momentos áureos do rádio nos Estados Unidos. Inspirado por esse período, Woody Allen escreveu e dirigiu o filme Radio Days (A Era do Rádio), que conta as lembranças de um garoto e sua família judia em Nova Iorque, durante a Segunda Guerra Mundial. Woody Allen narra alguns episódios fictícios do tempo de ouro do rádio norte-americano, e também conta histórias, como se fosse o protagonista, Seth Green, relembrando sua infância permeada pelos programas de rádio da época.

Naquela época, o rádio tinha um papel preponderante como veículo de comunicação de massa. A melhor maneira de se manter informado sobre os acontecimentos de sua cidade e do mundo era através do rádio. O filme mostra como toda a população americana acompanhou apreensivamente a narrativa do ataque à base naval de Pearl Harbor e o resgate de uma menina que tinha ficado presa no fundo de um poço. Woody Allen também explora bem o rádio como forma de lazer, quando mostra todos os membros da família do pequeno Seth escutando seus artistas e programas de rádio favoritos.

Outra demonstração da influência do rádio na vida das pessoas, e que realmente aconteceu e acabou sendo aproveitado no filme, foi o programa de Orson Welles, inspirado no livro A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Na ocasisão, Orson Welles transmitiu um programa especial de Dia das Bruxas, no ano de 1938, simulando uma série de relatos sobre invasões alieníginas à Terra. O programa causou tanta repercussão que a bolsa de Nova Iorque caiu e alguns americanos, assustados com a notícia, cometeram suicídio.

A força do rádio também é apresentada através da personagem Sally White, interpretada por Mia Farrow, que busca incessantemente trabalhar em um programa de rádio. Ela só consegue sua chance quando melhora sua dicção, porque como o meio rádio se utiliza apenas do som, nunca foi importante a aparência da pessoa. Isto fica evidente com o personagem que vive O Vingador no rádio. No programa, ele é o arquétipo de um super-herói, no entanto, na vida real ele é baixo, pouco atraente e careca.

O filme é interessante por relatar de forma bem humorada e nostálgica a era de maior impacto do rádio, já que na década seguinte ele perdeu espaço com a chegada da televisão. No entanto, mesmo com a sua decadência, podemos dizer, ao assistirmos o filme, que seu apelo foi mais profundo que o da televisão. Por se apoiar apenas no som, ele é naturalmente um veículo que exige mais atenção. Desta forma, naquela época, ele estimulava criativamente os ouvintes, pois cada um construía em sua cabeça aquilo que estava sendo transmitido. As histórias, portanto, ficavam no plano do imaginário, e é isso o que consiste o glamour dos programas radiofônicos.