Baruch Goldstein

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Baruch Goldstein
Nome completo Baruch Kappel Goldstein
Nascimento 9 de dezembro de 1956
Brooklyn, Nova York, Estados Unidos
Morte 25 de fevereiro de 1994 (37 anos)
Hebrom, Cisjordânia
Ocupação Médico

Baruch Kappel Goldstein (9 de dezembro de 195625 de fevereiro de 1994) foi um judeu, militante do grupo Kach e Kahane Chai, responsável pelo assassinato de 29 palestinos muçulmanos que rezavam na Caverna dos Patriarcas em Hebrom, em 1994, episódio conhecido como Massacre do Túmulo dos Patriarcas.

Para o Estado de Israel e para os judeus em geral ele é considerado um terrorista que cometeu atos hediondos, criminosos e reprováveis.

História[editar | editar código-fonte]

Goldstein nasceu no Brooklyn, na cidade americana de Nova Iorque, no seio de uma família de judeus ortodoxos.

Em 1983 Goldstein mudou-se para Israel, após ter concluído a sua formação em medicina. Goldstein fixou-se no colonato de Kiryat Arba situado perto da cidade de Hebrom (conhecida em língua árabe como Al-Khalil, na Cisjordânia (território ocupado por Israel desde 1967)), cuja população é majoritariamente de origem árabe. Goldstein trabalhou como médico no exército israelita, tendo também sido representante Kach (antigo partido de extrema-direita, que advogava a violência contra os árabes), no conselho local de Kiryat Arba.

Túmulo de Baruch Goldstein.


No dia 24 de Fevereiro de 1994, véspera da festa de Purim, Goldstein dirigiu-se ao santuário no Túmulo dos Patriarcas, em Hebrom. O santuário situa-se acima da Cova de Macpela, local onde, segundo a tradição, encontram-se sepultados Abraão, Sara e Isaac, e que é venerado por judeus, cristãos e muçulmanos. O santuário possui áreas reservadas a judeus e muçulmanos. Goldstein entrou na área reservada aos muçulmanos, vestido com uma farda do exército e disparou sobre as pessoas que oravam, matando 29 e ferindo 125.[1][2] Quando a sua arma travou, Goldstein foi atacado com barras de ferro,[3] pelos sobreviventes do massacre, acabando por falecer.[4]

Yasser Arafat reagiu ao massacre solicitando a retirada de todos os colonatos judeus da área de Hebrom e o desarmamento de todos os colonos residentes na Cisjordânia.

Alguns colonos de Kiryat Arba, assentamento judeu na Cisjordânia, transformaram o túmulo de Goldstein, situado próximo da Praça de Kahane (assim denominada em homenagem ao fundador do Kach, Meir Kahane) num santuário, que se tornou local de peregrinação. Segundo estes colonos, Goldstein teria conhecimento de um ataque árabe contra o colonato. Esta alegação nunca foi comprovada. O governo de Israel decidiu aprovar uma legislação que impedisse a construção de monumentos a qualquer pessoa que tivesse participado em actos de terrorismo e mandou destruir o santuário que se tinha criado no túmulo de Goldstein em 1999.

Referências

  1. The Comission of Inquiry - Massacre at the Tomb of the Patriarches in Hebron - 26 Jun 1994.
  2. Settlers remember gunman Goldstein; Hebron riots continue. Issacharoff, Avi. Haaretz. 1° de março de 2010.
  3. BBBC: On this day. 1994: Jewish settler kills 30 at holy site
  4. George J. Church, Lisa Beyer, Jamil Hamad, Dean Fischer, J.F.O. McAllister (7 de março de 1994). «When Fury Rules». Time 

Ver também[editar | editar código-fonte]