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Estação Ferroviária de Pedras Salgadas

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Pedras Salgadas
Linha(s): Linha do Corgo
(PK 61,268)
Coordenadas: 41° 32′ 36,07″ N, 7° 36′ 08,7″ O
Município: Vila Pouca de Aguiar
Inauguração: 15 de Julho de 1907
Website:

A Estação Ferroviária de Pedras Salgadas é uma interface desactivada da Linha do Corgo, que servia a localidade e a Estância Termal de Pedras Salgadas, no Distrito de Vila Real, em Portugal.

História

Planeamento e inauguração

Nos princípios do Século XX, já se reconhecia a importância de uma linha que unisse a Estação de Régua, na Linha do Douro, à fronteira com Espanha, transitando, entre outras localidades, por Pedras Salgadas, devido à sua importante estância termal, então já muito concorrida.[1] Com efeito, quando o projecto para a Linha do Corgo foi apresentado, nos finais do Século, já se previa que este caminho de ferro iria servir as termas de Pedras Salgadas.[2]

Uma portaria de 13 de Setembro de 1905 aprovou o projecto para o troço entre o Ribeiro de Varges e a Estação de Pedras Salgadas[3]; previa-se que esta Estação, com a classificação de 2.ª classe, deveria ser construída entre a Estrada Real, e a estrada municipal que dava acesso às termas.[4]

O troço entre Estação de Vila Real e Pedras Salgadas da Linha do Corgo foi inaugurado em 15 de Julho de 1907; a secção seguinte da Linha, até Vidago, abriu ao serviço em 20 de Março de 1910.[5]

Ligação prevista às Linhas do Tua e Tâmega

Em 1927, foi formada uma comissão técnica para fazer a revisão do plano da rede ferroviária do Norte do Rio Douro; no relatório apresentado, estava incluída a Transversal de Trás-os-Montes, ligando Caniços, na Linha de Guimarães, ao Mogadouro, na Linha do Sabor, passando por Póvoa de Lanhoso, Cabeceiras de Basto, Arco de Baúlhe, Pedras Salgadas, Valpaços e Mirandela, unindo, assim, todas as linhas de via métrica naquela região.[6] A ligação entre as Linhas do Corgo e Tua foi introduzida no plano da rede ferroviária, publicado pelo Decreto n.º 18190, de 28 de Março de 1930, com a denominação de Transversal de Valpaços; este caminho de ferro deveria começar em Vila Pouca de Aguiar ou Pedras Salgadas, dependendo de futuros estudos, e terminar em Mirandela, passando por Carrazedo de Montenegro e Valpaços.[7] Ficou, igualmente, estabelecido que a Linha do Tâmega deveria terminar na Linha do Corgo, sendo a Estação de Pedras Salgadas um dos pontos apontados como possíveis para o entroncamento das linhas[7]; caso fosse construído, o troço entre Arco de Baúlhe e Pedras Salgadas apresentaria um comprimento de cerca de 40 quilómetros.[8]

Encerramento

O troço entre Chaves e Vila Real foi encerrado em 1990.[9]

Ver também

Referências

  1. SOUSA, José Fernando de (1 de Março de 1903). «A linha da Régua a Chaves e à fronteira» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (365). 65 páginas. Consultado em 18 de Março de 2013 
  2. «Há Quarenta Anos: da Gazeta dos Caminhos de Ferro de 1 de Abril de 1896» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 48 (1159). 201 páginas. 1 de Abril de 1936. Consultado em 18 de Março de 2013 
  3. «Parte Official» (PDF). Lisboa. Gazeta dos Caminhos de Ferro. 18 (427). 292 páginas. 1 de Outubro de 1905. Consultado em 18 de Março de 2013 
  4. SOUSA, José Fernando de (16 de Setembro de 1905). «A linha da Regoa a Chaves» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 18 (426): 273, 274. Consultado em 18 de Março de 2013 
  5. TORRES, Carlos Manitto (16 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1684): 93, 94. Consultado em 18 de Março de 2013 
  6. SOUSA, José Fernando de (1 de Março de 1935). «"O Problema da Defesa Nacional" pelo Coronel Raúl Esteves» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1133): 101, 102. Consultado em 18 de Março de 2013 
  7. a b PORTUGAL. Decreto n.º 18:190, de 28 de Março de 1930. Ministério do Comércio e Comunicações - Direcção Geral de Caminhos de Ferro - Divisão Central e de Estudos - Secção de Expediente, Paços do Governo da República. Publicado no Diário do Govêrno n.º 83, Série I, de 10 de Abril de 1930.
  8. SOUSA, José Fernando de (1 de Abril de 1935). «Interêsse Regional e Nacional: A Transversal de Trás-os-Montes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 47 (1135). pp. 150, 151. Consultado em 18 de Março de 2013 
  9. CARDOSO, José António (27 de Dezembro de 2010). «Linha do Corgo parada e sem obras vítima da crise». Diário de Notícias. Consultado em 18 de Março de 2013 

Ligações externas


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