Estação Ferroviária de Coruche
Coruche
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Linha(s): | L. V. Novas (PK 31,600) |
Coordenadas: | |
38° 57′ 01,22″ N, 8° 32′ 26,86″ O | |
Município: | Coruche |
Serviços: | sem serviços |
Conexões: | |
Equipamentos: | |
Inauguração: | 15 de Janeiro de 1904 (há 120 anos) |
Website: |
A Estação Ferroviária de Coruche é uma interface encerrada da Linha de Vendas Novas, que servia a localidade de Coruche, no distrito de Santarém, em Portugal.
Descrição
[editar | editar código-fonte]Localização e acessos
[editar | editar código-fonte]Esta interface situa-se junto à povoação de Coruche, tendo acesso pela Largo da Estação Ferroviária, na Estrada Nacional 114-3.[1]
Vias de circulação e plataformas
[editar | editar código-fonte]Segundo o Directório da Rede 2012, lançado pela Rede Ferroviária Nacional em 6 de Janeiro de 2011, a estação ferroviária de Coruche possuía duas vias de circulação, com 508 e 468 m de comprimento, e duas plataformas, que tinham 15 e 25 cm de altura, e 84 e 40 m de extensão.[2]
História
[editar | editar código-fonte]Planeamento e construção
[editar | editar código-fonte]Nos primórdios dos caminhos de ferro em Portugal, projectou-se que Santarém fosse o centro de uma rede de comunicações ferroviárias, tendo sido proposta uma linha que ligasse aquela localidade à Linha do Alentejo, passando por Coruche.[3]
Em Agosto de 1902, já se tinha determinado quais as estações e apeadeiros a construir no projecto da Linha de Vendas Novas, tendo sido programada a construção da estação de Coruche, cerca do quilómetro 32.[4] Em Abril de 1903, a estação estava quase construída,[5] e em Agosto as obras estavam muito avançadas, com a via já assente.[6] A estação foi solenemente inaugurada em Agosto,[7] embora a linha só tenha aberto à exploração em 15 de Janeiro de 1904.[8]
Em 1913, a estação estava ligada à vila de Coruche por um serviço de diligências.[9]
Ligação projectada à Linha do Sorraia
[editar | editar código-fonte]Em Janeiro de 1899, foi aberto um inquérito administrativo, para a apreciação do público sobre os projectos ferroviários dos Planos das Redes Complementares ao Norte do Mondego e Sul do Tejo, incluindo a Linha do Vale do Sorraia, de via estreita, que deveria ligar Coruche a Estremoz via Mora.[10] Em 15 de Julho de 1903, o Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria publicou as bases para o concurso da Linha de Portalegre e o seu Ramal de Avis, entre Fronteira e Avis, que seria considerado como o primeiro troço da Linha do Sorraia.[11] Em 1905, foi estudado o troço entre Mora e Coruche da Linha do Sorraia, tendo sido confirmado que o local de entroncamento teria de ser na Estação de Quinta Grande, uma vez que se revelou impossível fazer a ligação directamente à Estação de Coruche.[12] Depois de várias dificuldades, um decreto de 27 de Junho de 1907 ordenou a supressão do projecto do Ramal de Avis.[13]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Comboios de Portugal
- Infraestruturas de Portugal
- Transporte ferroviário em Portugal
- História do transporte ferroviário em Portugal
Referências
- ↑ «Coruche - Linha de Vendas Novas». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 28 de Abril de 2017
- ↑ «Quadro resumo das características da infra-estrutura». Directório da Rede 2012. Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 70-85
- ↑ SOUSA, José Fernando de (16 de Dezembro de 1939). «Santarém: Passado e Presente» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 51 (1248). p. 527-528. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Construcção da Linha de Vendas Novas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 15 (351). 1 de Agosto de 1902. p. 225-226. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (368). 16 de Abril de 1903. p. 136. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (375). 1 de Agosto de 1903. p. 260. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (376). 16 de Agosto de 1903. p. 288. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Companhia Real» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 17 (426). 16 de Setembro de 1905. p. 283. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 6 de Março de 2018
- ↑ «Há 50 anos» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 61 (1466). 16 de Janeiro de 1949. p. 112. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Parte Official» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 16 (375). 1 de Agosto de 1903. p. 263-271. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ «Linhas Portuguezas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 18 (427). 1 de Outubro de 1905. p. 298-299. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
- ↑ SOUSA, José Fernando de (1 de Fevereiro de 1937). «Abertura do novo troço da Linha de Portalegre» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 49 (1179). p. 75-77. Consultado em 27 de Janeiro de 2015
Leitura recomendada
[editar | editar código-fonte]- Pouca terra... pouca terra...: cem anos do comboio em Coruche 1904-2004. Coruche: Associação para o Estudo e Defesa do Património Cultural e Natural do Concelho de Coruche. 2004. 31 páginas
- FRANCISCO, Domingos; PAIVA, Ana (2004). O caminho de ferro em Coruche: exposição comemorativa do centenário da linha Setil-Vendas Novas, 1904-2004. Coruche: Câmara Municipal de Coruche. 99 páginas. ISBN 972-98829-5-9
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- «Página com fotografias da Estação de Coruche, no sítio electrónico Railfaneurope» (em inglês)
- «Página com fotografias da Estação de Coruche, no sítio electrónico RailPictures» (em inglês)
- «Página sobre a Estação de Coruche, no sítio electrónico Wikimapia»
- Estação Ferroviária de Coruche na base de dados SIPA da Direção-Geral do Património Cultural