Ex deo

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Ex Deo
Ex deo
Ex Deo no Paganfest em Wuerzburg, 2013.
Informação geral
Origem Montreal, Quebeque
País Canadá
Gênero(s) Death metal, death metal sinfônico
Período em atividade 2008–2014, 2015–atualmente
Gravadora(s) Nuclear Blast
Integrantes Maurizio Iacono
Jean-François Dagenais
Stéphane Barbe
Dano Apekian
Oli Beaudoin
Ex-integrantes Max Duhamel
François Mongrain

Ex Deo é uma banda canadense de death metal sinfônico nascida em Montreal. A banda é considerada um projeto artístico de Maurizio Iacono, vocalista do Kataklysm,[1] cujas letras se baseiam na história do Império Romano.[2] O nome da banda significa ''De Deus'' em latim.

História[editar | editar código-fonte]

A banda canadense foi formada em 2008 como um projeto paralelo de Maurizio Iacono, vocalista do Kataklysm. A ideia de fazer músicas sobre o império romano surgiu a partir de constantes leituras sobre o assunto e por causa de sua ascendência italiana, o qual reforçou seu desejo em criar uma banda que abordasse a sociedade romana daquele período. Para ele, a corrupção e as campanhas militares romanas traduziriam bem o sentimento de brutalidade e belicismo do exército romano, encaixando-se bem no metal.[3]

Em entrevista, comentou que a banda não seria tão ativa quanto o Kataklysm devido ao fato de conciliar a rotina de uma turnê e o convívio com familiares, então, a banda entraria em hiatus quando conveniente.[4]

Contando com Stéphane Barbe e Jean-François Dagenais nas guitarras, parceiros no Kataklysm, além do baixista François Mongran e Max Duhamel na bateria, rapidamente o projeto tomou forma. No dia 2 de junho de 2009, a banda lançou o single Romulus, o qual continha a faixa Legio XIII e a faixa auto-intitulada. Três dias depois, foi lançado o split promocional Romulus/Cruise Ship Terror com a banda de thrash metal Swashbuckle.

Romulus (2009)[editar | editar código-fonte]

No dia 19 de junho, a banda lançou seu álbum de estreia chamado Romulus. O álbum contou com as participações dos guitarristas Obsidian C. (Keep of Kalessin) e Karl Sanders (Nile) nas faixas Cruor Nostri Abbas e The Final War (Battle of Actium), além de Nergal (Behemoth) no vocal de Storm the Gates of Alesia.

A faixa Romulus conta a história da fundação de Roma pelos gêmeos lendários Rômulo e Remo, no qual o segundo acabara sendo morto pelo irmão em 753 a.C., Storm the Gates of Alesia trata da batalha vencida por Julio Cesar na Gália em 52 a.C., tornando-a a província romana pelos cinco séculos seguintes. The Final War (The Battle of Actium) conta sobre aspectos da religião pagã em Roma e a vitória de Otaviano sobre Marco Antônio em Áccio no ano de 31 a.C. Por fim, o álbum fecha com Legio XIII, contando sobre a 13ª Legião Romana, legião que permitiu César cruzar o Rubicão em 49 a.C, precipitando a guerra civil que o tornaria ditador romano.

A banda ainda viria a utilizar samples de Rome, um épico produzido pela HBO, como na fala de Marco Antônio no início da faixa Legio XIII.

Caligvla (2012)[editar | editar código-fonte]

A banda anunciou no dia 19 de agosto de 2010 em sua página de Facebook que fariam mais um álbum de estúdio, sendo assim, a composição das músicas se deu nos meses finais de 2011. Em 14 de outubro de 2010 foi revelado o título do novo álbum, o qual passaria a ser de Caligvla. A banda assinou com a Napalm Records no dia 14 de dezembro de 2010. A capa de álbum de Caligvla foi revelada ao público em 15 de abril de 2012. O álbum foi oficialmente lançado em 31 de agosto de 2012, sendo essa a data do 2000º aniversário de Calígula.

O álbum conta com as participações especiais de Francesco Artusato (All Shall Perish) na faixa Pollice Verso (Damnatio at bestia) e os vocalistas Stefan Fiori (Graveworm), Mariangela Demurtas (Tristania) e Seth Siro (Septicflesh) nas faixas Per Oculos Aquila, Divide et Impera e Pollice Verso (Damnatio at Bestia), respectivamente.

A faixa-título fala sobre o terceiro imperador de Roma, Caligula, o primeiro a ser assassinado e notório por ser extravagante com o dinheiro público. Burned to Serve as Nocturnal Light ressalta a loucura de Nero ao atear fogo em Roma. Divide et Impera trata da tática romana de dividir os inimigos, causando desunião para conquistar. Once Were Romans retrata a nostalgia dos tempos de glória vividos por Roma antes de sua queda diante dos bárbaros. Assim como Teutoburg (Ambush of Varus), o qual relata a batalha da floresta de Teutoburgo ocorrida durante o outono do ano 9 d.C. Uma aliança de tribos germânicas chefiada por Armínio (em alemão Hermann), da tribo dos queruscos, emboscou e dizimou três legiões romanas, lideradas por Públio Quintílio Varo, que o consideravam até então como aliado.

Hiatus (2014-2015)[editar | editar código-fonte]

A banda entrou em hiato em 17 de fevereiro de 2014, declarando que um novo álbum seria improvável. Retomariam as atividades em 9 de setembro de 2015 para trabalhar em seu terceiro álbum de estúdio.

The Immortal Wars (2017)[editar | editar código-fonte]

O terceiro álbum de estúdio da banda canadense foi lançado em 24 de fevereiro de 2017. Este álbum aborda as Guerras Púnicas, no qual Maurizio interpreta o lado cartaginense na primeira metade do disco e o lado romano na metade final da produção.

A faixa The Rise of Hannibal aborda o lado cartaginês, sedento por vingança devido aos resultados da Primeira Guerra Púnica, no qual Hannibal jura pelo sangue de seu pai que jamais seria amigo de Roma e se vingaria. Hispania (Siege of Saguntum) retrata o cerco à Sagunto em 219 a.C., no qual Hannibal resolve atacar o reduto romano para conseguir quitar seus mercenários. Cato Major: Cathago Delenda Est! foca na reviravolta romana contra os púnicos. Ad Victoriam (The Battle of Zama) conta, por sua vez, a história da batalha decisiva da Segunda guerra púnica travada em 19 de outubro de 202 a.C. O exército da República Romana, liderado por Cipião Africano, derrotou as forças de Cartago lideradas por Aníbal. O álbum fecha com The Roman, a música retrata o fim das guerras púnicas e os espólios de guerra obtidos pelos romanos.[5]

Membros da banda[editar | editar código-fonte]

  • Maurizio Iacono – vocais
  • Stéphane Barbe – guitarrista base
  • Jean-Francois Dagenais – guitarra rítmica
  • Dano Apekian – baixista
  • Oli Beaudoin – baterista

Ex-membros

  • François Mongrain – baixista (2009)
  • Max Duhamel – baterista

Membros ao vivo

  • Dano Apekian – baixista (2009)

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns de estúdio

  • Romulus (2009)
  • Caligvla (2012)
  • The Immortal Wars (2017)
  • The Thirteen Years of Nero (2021)

Singles

  • "Romulus" (2009)
  • ''The Philosopher King'' (2020)

Split releases

  • "Romulus" / "Cruise Ship Terror" (2009)

Music videos

  • "Romulus" (2010)
  • "The Final War (Battle of Actium)" (2010)
  • "I, Caligvla" (2012)
  • ''The Roman'' (2017)
  • ''Imperator'' (2021)
  • ''Boudicca [Queen of the Iceni]'' (2021)

Referências

  1. «Romulus - Ex Deo | Songs, Reviews, Credits | AllMusic». AllMusic. Consultado em 15 de novembro de 2017 
  2. bravewords.com. «KATAKLYSM Frontman's EX DEO Project Inks Deal With Nuclear Blast». bravewords.com (em inglês) 
  3. «Interview: Maurizio Iacono of Ex Deo & Kataklysm – The Moshville Times». www.moshville.co.uk (em inglês). Consultado em 15 de novembro de 2017 
  4. «KATAKLYSM Frontman To Resurrect EX DEO Project For New Album». BLABBERMOUTH.NET (em inglês). 9 de setembro de 2015 
  5. AntonS. «Ex Deo - The Immortal Wars (Review by Sebastien "Bass" Parent)» (em inglês)