Extremadura (cruzador de 1900)

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Extremadura
 Espanha
Operador Armada Espanhola
Fabricante Vea-Murguía
Homônimo Estremadura
Batimento de quilha 23 de fevereiro de 1899
Lançamento 29 de abril de 1900
Comissionamento agosto de 1902
Descomissionamento 1926
Destino Desmontado
Características gerais
Tipo de navio Cruzador protegido
Deslocamento 2 134 t
Maquinário 2 motores de tripla-expansão
8 caldeiras
Comprimento 88 m
Boca 11 m
Calado 4,9 m
Propulsão 2 hélices
- 6 950 cv (5 110 kW)
Velocidade 20 nós (37 km/h)
Armamento 8 canhões de 102 mm
2 canhões de 75 mm
4 canhões de 57 mm
2 metralhadoras de 37 mm
1 metralhadora de 7 mm
Blindagem Convés: 25 mm
Tripulação 226

O Extremadura foi um cruzador protegido da Armada Espanhola. Seu custo de quase cinco milhões de pesetas foi pago mediante assinatura da Junta Patriótica do México, liderada por Florencio Noriega Noriega a partir de 1896 entre a colônia espanhola assentada no país asteca. Possuía uma cobertura blindada em aço Siemens-Martin de 20 a 25 mm e levava um bônus de combustível de 432 toneladas de carvão.[1][2][3][4][5]

História[editar | editar código-fonte]

O nome inicialmente previsto para o novo navio foi o de Colónia Espanhola de México, sucedendo-lhe os de México, Pátria e Porto Rico, finalmente foi construído depois da perda definitiva de dita colônia, pelo qual, se lhe batizou com o da terra da que eram originários grande número de emigrantes e conquistadores.

Foi lançado ao mar nos estaleiros de cádis Veja-Murguía, sob responsabilidade da colônia espanhola do México, e realizou suas provas de mar em fevereiro de 1902, sendo entregue à Armada Espanhola em agosto do mesmo ano. Sua doação contribuiu para preencher em parte as perdas que a Guerra Hispano-Americana tinha deixado na Armada.

Em 1904 recebeu experimentalmente, junto ao iate real Giralda e o Acorazado Pelayo, a instalação de uma estação de TSH Telefunken. Em 1906 assistiu às regatas de Kiel e Cowes, transladando durante sua navegação até Kronstadt portando saudações do rei Alfonso XIII para o Czar da Rússia. Três anos mais tarde, em maio de 1909, foi o navio no que se transportou o Rei em sua visita oficial de Algeciras a Ceuta.

Em abril de 1917 escoltou na chegada a águas peninsulares do primeiro submarino da armada, o Isaac Peral (Classe A). Quatro meses depois, realizou idêntica missão desta vez, com três novos submarinos de procedência italiana da Classe A, os denominados Narciso Monturiol (A-1) Cosme Garcia (A-2), e um submarino A-3. Neste período de tempo, o Extremadura converteu-se transitoriamente em navio auxiliar de submarinos, até a chegada da Holanda do navio especializado Kanguro. [6] [7] [8]

Nos anos da atribuição a Espanha da zona de proteção sobre o Rife, realizou destacadas missões de patrulha na costa norte-africana, perseguindo e reprimindo o contrabando de guerra, ou protegendo às colunas expedicionárias com seus canhões Vickers de fogo rápido ou participando no Desembarque de Alhucemas em 1925. [9] [10] [11]

Depois de serviços peninsulares e intervenção, e estando já obsoleto, foi descadastrado na Armada em 31 de agosto de 1931, depois do qual foi colocado à venda.

Referências

  1. «ASCASA». astilleroscadiz.buques.org. Consultado em 15 de março de 2018 
  2. Ballesta, Salvador Fontenla (18 de abril de 2017). La guerra de Marruecos (1907 – 1927): Historia completa de una guerra olvidada (em espanhol). [S.l.]: La Esfera de los Libros. ISBN 9788491640080 
  3. Claveras, Agustín Palau (5 de outubro de 2010). Ensayo de bibliografía marítima española (em espanhol). [S.l.]: Editorial MAXTOR. ISBN 9788497617956 
  4. Lorenzo, José Luis Blanco; Rodríguez, Jesús Leal (20 de novembro de 2012). Historia del Contramaestre Casado (em espanhol). [S.l.]: Editorial Visión Libros. ISBN 9788490115817 
  5. «Extremadura». www.revistanaval.com. Consultado em 15 de março de 2018 
  6. Morencos, Fernando de Bordejé y (1978). Vicisitudes de una política naval: antecedentes : desarrollo de la Armada entre 1898 y 1936 (em espanhol). [S.l.]: San Martín 
  7. Pasarius, Josep Mascaró (1975). Historia de Mallorca. Coordinada por J. Mascaró Pasarius (em espanhol). [S.l.: s.n.] 
  8. Ibérica (em espanhol). [S.l.: s.n.] 1922 
  9. Garcia. «Las Juntas Patrioticas de Espanoles em Mexico». Aimer Gramado 
  10. Lorenzo, José Luis Blanco; Rodríguez, Jesús Leal (20 de novembro de 2012). Historia del Contramaestre Casado (em espanhol). [S.l.]: Editorial Visión Libros. ISBN 9788490115817 
  11. Gazeta de Madrid (em espanhol). [S.l.: s.n.] 1935 

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Gutiérrez Molina, José Luis (2001). El nacimiento de una industria. El Astillero Vea- Murguia de Cádiz 1891-1903. [S.l.: s.n.] ISBN 97 88495388131  Diputación Provincial de Cádiz.