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Fátima (Bahia)

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Fátima
  Município do Brasil  
Símbolos
Hino
Lema Um Novo Olhar, De olho no Futuro
Gentílico fatimense
Localização
Localização de Fátima na Bahia
Localização de Fátima na Bahia
Localização de Fátima na Bahia
Fátima está localizado em: Brasil
Fátima
Localização de Fátima no Brasil
Mapa
Mapa de Fátima
Coordenadas 10° 36' S 38° 13' 01" O
País Brasil
Unidade federativa Bahia
Municípios limítrofes Cícero Dantas, Heliópolis, Adustina e Antas em território baiano. Poço Verde em território sergipano.
Distância até a capital 319 km
História
Fundação Angelo Lagoa
Administração
Prefeito(a) José Ildefonso Borges dos Santos (PSB)
Características geográficas
Área total [1] 356,278 km²
População total (IBGE/2010[2]) 17 652 hab.
Densidade 49,5 hab./km²
Clima Não disponível
Altitude 100 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,554 baixo
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 56 997,511 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 2 909,82

Fátima é um município brasileiro do estado da Bahia . Localiza-se a uma latitude 10º36'00" sul e a uma longitude 38º13'00" oeste, estando a uma altitude de 100 metros. Sua população estimada em 2009 era de 20.603 habitantes.

Fátima é uma pequena cidade, que tem como característica principal a hospitalidade de seus moradores, fato que se reflete na grandiosidade da sua mais importante festa, o Feijão Fest,onde se pode encontrar turistas de varias partes do Brasil, com destaque para os sergipanos.


História


O inicio de tudo se se originou de pessoas corajosas e ansiosas para cruzarem paisagens sem rotas e avançarem na caatinga rumo ao sertão da Bahia, deram origem ao município de Fátima,. Vale lembrar que a ocupação e povoamento, através das concessões de sesmarias como meio de distribuição de terras, da pecuária como meio de expansão para o interior e da utilização da produção de alimentos como garantia de auto-abastecimento e fixação do homem à terra, muito contribuíram para a agregação de pessoas e a conseqüente formação de municípios. As possessões da família do português Garcia d’Ávila, chamadas “Casa da Torre”, foram responsáveis pelo desbravamento da região semi-árida baiana, inclusive, do território que resultaria, mais tarde, no município de Fátima. Com a exploração de rotas realizadas por vaqueiros desta família, por volta de 1710, o número de currais destinados à criação do gado foi aumentando.

As terras do Bom Conselho, atual município de Cícero Dantas, estavam na relação de bens da Casa da Torre que, ao todo, representava cerca de 340 léguas de terras às margens do Rio São Francisco e seus afluentes. Posteriormente, os herdeiros de Garcia D’Ávila venderam algumas terras que, com o passar dos anos, chegaram às mãos de Francisco Borges de Santana, comprador da Fazenda Laje; seu irmão Simão Borges, que se tornou proprietário da Fazenda Penhas; Ângelo José de Souza, o “Ângelo Lagoa”, que adquiriu a Fazenda Boa Vista; Antônio André, comprador de mais propriedades, e muitos outros fazendeiros, todos fatimenses natos. Graças ao percurso de boiadeiros, tropeiros e transeuntes surgiu a Estrada Real, que começava em Bom Conselho, passava pelo tanque do Sítio, localizado em Fátima, depois por Adustina, Paripiranga, terminando no Estado de Sergipe. Nessa época, muitas casas foram construídas para facilitar o percurso dos donos de tropas, que precisavam proteger seus familiares dos ataques de bandidos e, principalmente, dos cangaceiros comandados por Lampião. No início da década de 20, com o território bem mais ocupado, o fluxo de pessoas que transitavam pela Estrada Real era grande, já existindo alguns domicílios. Durante muito tempo, a casa de “Seu Né André”, que ficava na encruzilhada do tanque da Nação e próxima ao tanque do Sítio, serviu como ponto de hospedagem e descanso para os passageiros. A antiga estrada ainda existe, mas com um cenário bem diferente: uma mistura de gente, carros, motos e cavalos em meio à paisagem. Onde outrora existia apenas mato, ruído de animais e ranchos improvisados para os tropeiros e caixeiros viajantes, está a Rua da Olaria. É o inicial de uma história. Uma interminável história de um lugar em uma região do sertão baiano, assolada pela seca constante, localizava-se a Fazenda a Vista, situada próximo ao município de Cícero Dantas e de propriedade do Senhor Ângelo José de Souza, apelidado de “Ângelo Lagoa”, comerciante de peles de animais e pai de muitos filhos. Nasceu na Jurubeba, fazenda do município que faz fronteira com Heliópolis. Sua mãe era Genoveva e o ensinou a ler e escrever. Quando adulto, fazia documentos de terras. Foi um pai exemplar e grande educador. Sendo sua fazenda inteiramente distante de aglomerações, tudo era difícil. Além de correr o risco de encontros indesejáveis com Lampião, que na época rondava o nordeste, Ângelo construiu uma casa nas proximidades da Serra do Mocó, em 1928. Em seguida, seu genro Tertuliano Vargens Campos suspendeu outra e fez uma bodega. Um dos seus filhos, João Sobrinho, construiu mais uma casa e o mesmo foi acontecendo com o restante da prole. O mais novo, Daltro Virgílio, ergueu também uma bonita residência ao estilo da época, instalando uma loja de tecidos. Daí então, vizinhos, parentes e amigos foram edificando mais residências e o lugarejo foi crescendo aos poucos. Um certo dia, Ângelo Lagoa selou seu cavalo e foi a Cícero Dantas falar com o amigo Chiquinho Vieira, político da época, para que o mesmo opinasse sobre a criação de uma feira na Serra do Mocó. A opinião foi afirmativa. Porém, Ângelo teria que reunir toda a vizinhança para obter o apoio de todos. Tudo ocorreu como deveria. A união foi firmada, e a primeira feira realizada embaixo de um pé de pau-ferro. Tertilo Ribeiro matou o primeiro boi, sendo Antão Virgílio o marchante. Em 10 de fevereiro de 1935, foi construído um barracão, inaugurado por Chiquinho Vieira e todos os moradores do Mocó. Na feira comercializavam-se cereais, carnes e doces confeccionados por Dona Ismênia e Bela de Moisés, enquanto “Jove da Laje” vendia sua “gasosa”, espécie de Q-suco, guardado, num barril de madeira, servida por meio de uma torneira e depositado em garrafa de guaraná. Ângelo Lagoa também pensou na educação. De Esplanada, veio ensinar no Mocó a professora Diva Dias. Como o lugarejo chamava-se Feirinha do Mocó, os habitantes ficavam ofendidos com tal denominação. O nome foi mudado para Monte Alegre, devido à alegria daquele povo com o crescimento assustador do lugar. Tempos mais tarde, o nome foi novamente mudado para Monte Alverne, por iniciativa do Monsenhor Renato Galvão, a fim de homenagear São Francisco de Assis, bem como o escritor Francisco de Monte Alverne. Passaram-se os anos e, da primeira casa construída em 1928, veio a consagração de vila em 1960. Vila de Fátima foi resultado da luta de João Maria de Oliveira, enquanto vereador de Cícero Dantas. Com muita astúcia, ele buscou forças políticas, argumentou e contrariou poderosos locais, até, conseguir seu grande objetivo. Devido à boa localização, terras férteis e cidadãos firmes e determinados não demoraram muito para que Vila de Fátima alcançasse um crescimento populacional significativo e, através do decreto de primeiro de abril de 1985, foi reconhecida oficialmente como o mais novo município baiano, passando a chamar-se Fátima. Hoje, a cidade tipicamente agrícola, apresenta resquícios de quando o lugarejo ainda era uma pequena feira, porém com mudanças visíveis e progressivas com relação ao pouco tempo de emancipação política. As características de seu povo, quase previsíveis se comparadas com as dos demais sertanejos, apresentam peculiaridades: hospitalidade, otimismo estampado no rosto e um jeito próprio de plantar são traços marcantes do cidadão fatimense. Fátima é um município brasileiro do nordeste do estado da Bahia, a cerca de 365 km da capital. Limita-se com o município de Poço Verde, Sergipe. “Localiza-se a uma latitude 10º36’00” sul e a uma longitude 38º13’00″ oeste, estando a uma altitude de 100 metros. Sua população estimada em 2009 era de 19.703 habitantes. Possui uma área de 356,278 km².

Sites Fatimense

www.prefeituradefatima.com

www.fatimabahia.com

www.fatimabahia.net

sofatima.net


PRINCIPAIS FESTAS

Feijão Fest (Setembro 3 dias)

Aniversário de Fátima (1 de Abril)

Festa do Capim Duro (23 de Abril)

São João da Tradição (24 e 25 de Junho)

Reveillon (31 de Desembro).

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
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