Faixa estendida de FM no Brasil

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No Brasil, a faixa estendida FM, abreviado como eFM, refere-se à extensão da faixa de transmissão FM entre 76,1 e 87,3 MHz, além da faixa convencional de 87,5 a 108 MHz que era usada anteriormente. O espectro recuperado foi anteriormente usado para transmitir os canais de televisão VHF 5 e 6 antes da transição para a televisão digital do país, que foram desativadas e não estavam mais em uso, para que as rádios AM fossem migradas para o FM. As primeiras emissoras iniciaram as transmissões em 7 de maio de 2021.

História[editar | editar código-fonte]

A ideia de reaproveitar a frequência de uso dos antigos canais 5 e 6 VHF, desativadas pela transição para a TV Digital Aberta (ISDB-T) para radiodifusão sonora foi lançada no Brasil em 2013, como forma de dar suporte às emissoras AM, migrando suas transmissões para o FM; foi quando a presidente Dilma Rousseff assinou o decreto 8139[1] que estabeleceu o fim das transmissões AM (ondas médias) e a migração das rádios para o FM. Desde então, 1.720 das 1.781 emissoras de rádio AM do país solicitaram migração, inclusive em áreas onde não foi possível adicionar mais estações FM. [2] A Jovem Pan News de São Paulo foi autorizada pelo Ministério das Comunicações a realizar testes em 84,7 MHz em 2014. [3]

Em 2017, foi editado um decreto que exigia que todas as novas rádios produzidas na Zona Franca de Manaus a partir de 1º de janeiro de 2019 passassem a incluir a sintonia da faixa estendida. [4] Em 2019, alguns fabricantes de automóveis novos, incluindo Ford e Hyundai, e o fabricante de aparelhos de som Pioneer Corporation começaram a produzir receptores de rádio que suportavam a nova faixa. [5] As novas regras de fabricação de receptores de rádio da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) entraram em vigor em 3 de novembro de 2020. [6]

As novas frequências apoiarão a migração AM-FM em partes do Brasil onde não há espaço suficiente para migrar estações apenas na banda padrão, o que é o caso em 14 estados. [7] No entanto, eles não estarão acessíveis em todos os receptores de rádio, incluindo smartphones, se estes não puderem ser atualizados ou substituídos. [8]

Em 7 de maio de 2021, as dez primeiras emissoras começaram a transmitir na faixa estendida. Cinco, todas em 87,1 MHz, são de propriedade da emissora pública Empresa Brasil de Comunicação (EBC). Desses cinco, quatro estão sendo utilizados para retransmitir o serviço AM da Rádio Nacional, enquanto o quinto foi destinado à Rádio MEC de Brasília, que já contava com a Rádio Nacional AM na faixa FM. As outras cinco estações são estações AM existentes. [9]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «Decreto nº 8.139, de 7 de novembro de 2013» 
  2. «Migração de emissoras AM para FM usará frequências fora da faixa FM». Frontliner. 31 de julho de 2019. Consultado em 23 de outubro de 2023 
  3. «Plantão exclusivo: Jovem Pan AM já está no ar em FM estendido na Grande São Paulo - Rádio News». TudoRadio. 29 de agosto de 2014. Consultado em 29 de maio de 2021 
  4. «Portaria obriga fabricantes a incluir faixa estendida nos rádios até 2019». Tele Síntese. 22 de setembro de 2017. Consultado em 29 de maio de 2021 
  5. «Aumenta presença do FM estendido em carros no Brasil». Cultura FM Cuiaba. 27 de dezembro de 2018. Consultado em 29 de maio de 2021 
  6. «Regulamento que viabiliza migração AM-FM, com disponibilização da faixa estendida, passa a valer no dia 3 - Rádio News». TudoRadio. 23 de outubro de 2020. Consultado em 29 de maio de 2021 
  7. Cardoso Gonçalves, Dirceu (26 de setembro de 2017). «TV digital fortalece o rádio brasileiro». Jornal União. Consultado em 29 de maio de 2021 
  8. «Curiosidade: Estações em eFM são captadas com facilidade em grandes centros como São Paulo - Rádio News». TudoRadio. 13 de maio de 2021. Consultado em 29 de maio de 2021 
  9. «MCom entrega certificado às emissoras que estreiam a faixa estendida da FM». Ministério das Comunicações. 7 de maio de 2021. Consultado em 29 de maio de 2021 

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