Femproporex

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Femproporex
Alerta sobre risco à saúde
Nome IUPAC 3-(1-phenylpropan-2-ylamino)propanenitrile
Identificadores
Número CAS 16397-28-7
PubChem 61810
Número EINECS 240-444-4
Propriedades
Fórmula química C12H16N2
Massa molar 188.27 g mol-1
Farmacologia
Compostos relacionados
Anfetaminas relacionados Propilanfetamina (N-propil anfetamina)
Anfetaminil (2-fenil-2-(1-fenilpropanil-2-amino)acetonitrila)
Página de dados suplementares
Estrutura e propriedades n, εr, etc.
Dados termodinâmicos Phase behaviour
Solid, liquid, gas
Dados espectrais UV, IV, RMN, EM
Exceto onde denotado, os dados referem-se a
materiais sob condições normais de temperatura e pressão

Referências e avisos gerais sobre esta caixa.
Alerta sobre risco à saúde.

Femproporex (Perphoxene) é uma droga estimulante das classes químicas feniletilamina e a anfetamina que foi desenvolvida na década de 1960. É usado como um supressor do apetite para o tratamento da obesidade.[1]

Femproporex produz anfetamina como um metabolito,[2][3] e foi retirado em muitos países após problemas com abuso,[4] mas ainda é prescrito em alguns países. Às vezes é combinado com benzodiazepinas, antidepressivos e outros compostos para criar a "pílula de dieta do brasileiro".[5][6]

Foi retirado do mercado brasileiro pela ANVISA em setembro de 2011. Em junho de 2017 foi re-liberado pelo Senado do Brasil sua produção, comercialização e consumo.[7]

Efeitos[editar | editar código-fonte]

O femproporex, um agente simpatomimético com ação similar à dexanfetamina. Causa depressão do apetite e diminuição da acuidade pelo sabor e odor, o que leva a uma redução da ingestão de alimentos. Ocasiona aumento da atividade física, o que também contribui para a perda de peso. O sítio de ação é, provavelmente, o centro hipotalâmico lateral. Age inibindo o centro da fome hipotalâmico, tendo como neurotransmissor a noradrenalina.

O Brasil é maior produtor e consumidor dessa substância no mundo, segundo o relatório da ONU de 2009 sobre drogas psicotrópicas e medicamentos controlados, o Brasil produziu 72% desta substância comercializada no mundo[carece de fontes?].

Femproporex é uma uma anfetamina pesada e com poder de dependência muito forte, é proibida em muitos países do mundo. Existem outras alternativas mais seguras para o tratamento da obesidade como a anfepramona (também é uma anfetamina, entretanto o seu poder de efeito é muito mais preciso e seguro) e o mazindol (um inibidor de apetite que não pertence as classes da anfetamina).

Efeitos colaterais[editar | editar código-fonte]

Seus efeitos colaterais geralmente são boca seca, insônia e irritabilidade.

Contra-indicações[editar | editar código-fonte]

É extremamente contra-indicado para pessoas com distúrbios cardiacos, incluindo hipertensão arterial moderada. O femproporex nunca chegou a ser aprovado pelo FDA.[8]

Referências

  1. Warembourg H, Jaillard J. Clinical experimentation with fenproporex in the treatment of obesity. Apropos of 40 cases. (French). Journal de la Faculte de médecine et de pharmacie de l'Universite de Lille. 1968 Mar;13(3):Suppl:273-6.
  2. Tognoni G, Morselli PL, Garattini S. Amphetamine concentrations in rat brain and human urine after fenproporex administration. European Journal of Pharmacology. 1972 Oct;20(1):125-6.
  3. Cody JT. Metabolic precursors to amphetamine and methamphetamine. Forensic Science Reviews 1993; 5:109.
  4. Pelissier-Alicot AL, Piercecchi-Marti MD, Bartoli C, Kuhlmann E, Coiffait PE, Sanvoisin A, Giocanti D, Leonetti G. Abusive prescription of psychostimulants: a study of two cases. Journal of Forensic Science. 2006 Mar;51(2):407-10.
  5. Cohen PA. Imported fenproporex-based diet pills from Brazil: a report of two cases. Journal of General Internal Medicine 2009; 24(3):430-3.
  6. Cohen PA, McCormick D, Casey C, Dawson G, Hacker KA. Imported compounded diet pill use among Brazilian women immigrants in the United States. Journal of Immigrant and Minority Health 2009; 11(3):229-236.
  7. «Maia sanciona lei que autoriza venda de inibidores de apetite». Palácio do Planalto do Brasil. 23 de junho de 2017. Consultado em 25 de junho de 2017 
  8. Cláudia Collucci (24 de dezembro de 2012). «Pílula brasileira ilegal para emagrecimento preocupa EUA». Folha de S.Paulo. Consultado em 7 de setembro de 2013 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]