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Forte de Massangano: diferenças entre revisões

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Esta fortificação foi erguida pelo próprio Novais (ou por [[Manuel Cerveira Pereira]], segundo outros autores), às margens do [[rio Cuanza]], em [[1583]], com a função de defesa do presídio (estabelecimento de colonização militar) que assegurava a ocupação portuguesa na região, alargando-a. Além de marcar a presença militar portuguesa, esse estabelecimento garantia a integridade das redes comerciais, incluindo a de tráfico de [[escravidão|escravos]] para o continente [[América|americano]].
Esta fortificação foi erguida pelo próprio Novais (ou por [[Manuel Cerveira Pereira]], segundo outros autores), às margens do [[rio Cuanza]], em [[1583]], com a função de defesa do presídio (estabelecimento de colonização militar) que assegurava a ocupação portuguesa na região, alargando-a. Além de marcar a presença militar portuguesa, esse estabelecimento garantia a integridade das redes comerciais, incluindo a de tráfico de [[escravidão|escravos]] para o continente [[América|americano]]. Data do mesmo período a constução da Igreja de Nossa da Vitória.


Posteriormente, em [[1640]], as forças da rainha [[Dona Ana de Sousa|Nzinga]] atacaram o Forte de Massangano, ocasião em que as suas duas irmãs, Cambu e Fungi, foram aprisionadas, sendo esta última executada. Diante da ocupação de [[Luanda]] pelas forças da [[Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais]], em Agosto de [[1641]], foi a Massangano que as forças portuguesas se recolheram e onde resistiram até à reconquista, por [[Salvador Correia de Sá e Benevides]], em Agosto de [[1648]].
Posteriormente, em [[1640]], as forças da rainha [[Dona Ana de Sousa|Nzinga]] atacaram o Forte de Massangano, ocasião em que as suas duas irmãs, Cambu e Fungi, foram aprisionadas, sendo esta última executada. Diante da ocupação de [[Luanda]] pelas forças da [[Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais]], em agosto de [[1641]], foi a Massangano que as forças portuguesas se recolheram e onde resistiram até à reconquista, por [[Salvador Correia de Sá e Benevides]], em agosto de [[1648]].


Em Massangano também esteve detido o implicado na [[Inconfidência Mineira]] [[José Álvares Maciel]], na [[década de 1790]], ali sendo solto para lutar pela própria sobrevivência.
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Até meados do [[século XIX]] o presídio e a sua guarnição foram governados por um capitão-mor.
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Alguns edifícios e as ruínas de Massangano foram classificados como [[Monumento Nacional]] pelo Decreto Provincial n° 81, de [[28 de Abril]] de [[1923]]. Actualmente encontram-se em poder do Estado, afectos ao Ministério da Cultura.
Alguns edifícios e as ruínas de Massangano foram classificados como [[Monumento Nacional]] pelo Decreto Provincial n° 81, de [[28 de Abril]] de [[1923]]. Atualmente encontram-se em poder do Estado, afectos ao Ministério da Cultura.


==Características==
==Características==

Revisão das 13h35min de 26 de fevereiro de 2013

O Forte de Nossa Senhora da Vitória de Massangano, popularmente conhecido como Forte de Massangano ou Fortaleza de Massangano, localiza-se na povoação de Massangano, no município de Cambambe, na província de Kwanza-Norte, em Angola.

História

Neste local travou-se, em 1580, a Batalha de Massangano, na qual as forças portuguesas derrotaram as do rei Kiluange de Ngola.

Posteriormente, em 1582, as forças portuguesas, sob o comando do Capitão Paulo Dias de Novais, foram repelidos pelos Ngola, quando tentavam penetrar na região, em busca das lendárias minas de prata.

Esta fortificação foi erguida pelo próprio Novais (ou por Manuel Cerveira Pereira, segundo outros autores), às margens do rio Cuanza, em 1583, com a função de defesa do presídio (estabelecimento de colonização militar) que assegurava a ocupação portuguesa na região, alargando-a. Além de marcar a presença militar portuguesa, esse estabelecimento garantia a integridade das redes comerciais, incluindo a de tráfico de escravos para o continente americano. Data do mesmo período a constução da Igreja de Nossa da Vitória.

Posteriormente, em 1640, as forças da rainha Nzinga atacaram o Forte de Massangano, ocasião em que as suas duas irmãs, Cambu e Fungi, foram aprisionadas, sendo esta última executada. Diante da ocupação de Luanda pelas forças da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais, em agosto de 1641, foi a Massangano que as forças portuguesas se recolheram e onde resistiram até à reconquista, por Salvador Correia de Sá e Benevides, em agosto de 1648.

Em Massangano também esteve detido o implicado na Inconfidência Mineira José Álvares Maciel, na década de 1790, ali sendo solto para lutar pela própria sobrevivência.

Até meados do século XIX o presídio e a sua guarnição foram governados por um capitão-mor.

Alguns edifícios e as ruínas de Massangano foram classificados como Monumento Nacional pelo Decreto Provincial n° 81, de 28 de Abril de 1923. Atualmente encontram-se em poder do Estado, afectos ao Ministério da Cultura.

Características

O forte apresenta planta quadrada, sem baluartes nos vértices. Em seus muros rasgam-se dez canhoneiras. É acedido por um túnel abobadado a partir do portão de armas, pelo lado voltado para terra. Em seu terrapleno erguem-se as edificações de serviço: Casa do Comando e Quartel de Tropa.

Ver também

Ligações externas

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