Giocondo M. Grotti

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Giocondo M. Grotti
Bispo da Igreja Católica
Prelado do Acre e Purus

Título

Bispo-titular de Thunigaba
Atividade eclesiástica
Ordem Ordem dos Servos de Maria
Diocese Prelazia do Acre e Purus
Nomeação 16 de novembro de 1962
Predecessor Dom Júlio Maria Mattioli, O.S.M.
Sucessor Dom Moacyr Grechi, O.S.M.
Mandato 19621971
Ordenação e nomeação
Ordenação presbiteral 7 de junho de 1952
Nomeação episcopal 8 de junho de 1965
Ordenação episcopal 22 de agosto de 1965
por Dom Sebastiano Baggio
Dados pessoais
Nascimento Pieve di Budrio, Bolonha (província), Emilia-Romagna
13 de março de 1928
Morte Sena Madureira, Acre
28 de setembro de 1971 (43 anos)
Nacionalidade italiano
Sepultado Catedral Nossa Senhora de Nazaré, Rio Branco
dados em catholic-hierarchy.org
Bispos
Categoria:Hierarquia católica
Projeto Catolicismo

Dom Giocondo Maria Grotti, OSM (13 de março de 1928 - 28 de setembro de 1971), foi um bispo católico italiano e terceiro prelado do Alto Acre e Purus.

Ingressou no seminário dos Servitas em Ronzano aos 11 anos de idade e chegou ao Brasil com 22 anos.[1] Foi ordenado ao sacerdócio em 7 de junho de 1952.[2] Como padre exerceu as funções de reitor do seminário, tendo sido também mestre de noviços, de professores e superior provincial dos Servos de Maria no Brasil.[1]

O Papa João XXIII nomeou-o em 16 de novembro de 1962 como prelado do Acre e Purus. Em 8 de julho de 1965, o Papa Paulo VI o nomeou bispo-titular de Thunigaba. Recebeu a ordenação episcopal através do Núncio Apostólico no Brasil, Arcebispo Sebastiano Baggio, em 22 de agosto do mesmo ano. Os co-consagradores foram o Arcebispo de Manaus, D. João de Souza Lima, O.Cist., e o Prelado de Porto Velho, D. João Batista Costa, SDB.[2]

Dom Giocondo participou da segunda, terceira e quarta sessões do Concílio Vaticano II como padre conciliar.[2] Foi o membro com mais intervenções, orais e escritas, do episcopado brasileiro no Concílio, totalizando 33 intervenções, tanto individualmente quanto como porta-voz dos prelados da região amazônica. Nesse período, também foi membro próximo do Coetus Internationalis Patrum. [3] Formou-se na primeira turma de Direito da Universidade Federal do Acre, para ajudar a todas as pessoas que precisassem.[1]

Em 28 de setembro de 1971, Dom Giocondo viajaria de Sena Madureira para a capital Rio Branco. Contudo, minutos após a decolagem, o avião DC3 apresentou problemas no motor, bateu em uma árvore e caiu em um matagal na comunidade Boca do Caeté. Ao cair no solo, o avião explodiu, não deixando nenhum sobrevivente. 33 pessoas faleceram no acidente.[4] O corpo de D. Giocondo foi trasladado a Rio Branco, e levado em um carro do Corpo de Bombeiros até a Catedral Nossa Senhora de Nazaré. Desde o acidente, a Igreja Nossa Senhora da Conceição realiza anualmente uma missa no local do acidente, na capela “Memória”, construída com pedaços do avião, e fiéis visitam e rezam diante de seu túmulo na Catedral.[1]

Referências

  1. a b c d Bruna Mello (10 de outubro de 2016). «Após 45 anos, irmã Marinela recorda acidente aéreo que vitimou Dom Giocondo em Sena Madureira». A Gazeta do Acre. Consultado em 22 de agosto de 2020 
  2. a b c «Bishop Giocondo Maria Grotti, OSM †» (em inglês). Catholic-Hierarchy. Consultado em 22 de agosto de 2020 
  3. José Oscar Beozzo (2001). Padres conciliares brasileiros no Vaticano II: participação e prosopografia (1959-1965). Tese (Doutorado em História Social). São Paulo: USP 
  4. Edinaldo Gomes (28 de setembro de 2019). «Maior acidente aéreo da História de Sena Madureira completa hoje 48 anos». Sena Online. Consultado em 22 de agosto de 2020