Haxixe: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 10: Linha 10:


O restante material da planta é utilizado para fazer haxixe de baixa qualidade.
O restante material da planta é utilizado para fazer haxixe de baixa qualidade.
o rafaé macaco


==Religião==
==Religião==

Revisão das 14h17min de 4 de junho de 2009

Haxixe, em barra

Predefinição:Portal-farmácia Haxixe (do árabe حشيش hashish) é o exsudato resinoso seco, extraído do tricoma, das flores e das inflorescências da Cannabis sativa ou Cannabis indica (planta popularmente conhecida como maconha ou marijuana, utilizado como entorpecente, onde pode ser fumado ou ingerido[1][2]

Este termo antigamente era utilizado como equivalente para Cannabis no Mediterrâneo oriental.[3]O haxixe encontra-se difundido principalmente no oriente e norte da África, onde o consumo por parte dos arábes remonta a tempos antigos.

Preparação

Haxixe em forma de bola

A preparação do haxixe consiste na colheita das plantas, que depois de despidas de folhas e apenas com flores, com posterior maceração.[4]Outro meio de preparação é a reunir os cachos de flores e sacodí-los contra um pano estendido em um recipiente.[5] A resina acumulada durante a maceração é depois prensada e passa a ter a forma de bolas ou tabletes endurecidas de cor castanha, dourada, preta, vermelha ou verde-escura. O haxixe pode ou não ser misturado com o tabaco e fumados na forma de "charros", cachimbos, etc. Geralmente tem maior concentração de THC do que no formato natural[6], as flores, portanto os seus efeitos sobre o organismo humano são mais fortes.

O restante material da planta é utilizado para fazer haxixe de baixa qualidade. o rafaé macaco

Religião

Loja de haxixe em Katmandu, 1973

Na religião hindu o haxixe é considerado um presente dos deuses. De facto, diz-se que a planta teve origem quando Shiva (uma das personalidades de Deus na tríade dessa religião), chegando a um banquete preparado por sua esposa Parvati, baba ao ver tantas delícias e de sua saliva surge a planta abençoada.

Os Shaivas, devotos de Shiva, fumam continuamente a ganja (a planta feminina) com o charas para meditarem e se elevarem espiritualmente. Eles consideram que o chilum (o cachimbo onde a planta é fumada) é o corpo de Shiva, o charas é a mente de Shiva, a fumaça resultante da combustão da planta é a divina influência do deus e o efeito desta, sua misericórdia.

Efeitos

Os efeitos do haxixe podem durar de 1 a 6 horas (se fumado), e podem incluir:

  • Aumento da frequência cardíaca.
  • Aumento temporal da sensibilidade, maior percepção de cores, sons, texturas e paladar, seguido de diminuição de todas essas capacidades nos períodos inter-consumo.
  • Euforia seguida de disforia.
  • Aumento da pressão arterial sistólica quando se está deitado e a sua diminuição quando se está de pé.
  • Aumento do apetite (larica).
  • Ilusão de pensamento criativo, filosófico ou profundo: as idéias parecem surgir mais facilmente. Infelizmente, quando percebidas por alguém que não está sob os efeitos, parecem pobres, reiterativas e vulgares.
  • Congestão dos vasos conjuntivais (olhos vermelhos) e dilatação dos brônquios, diminuição da pressão intra-ocular.
  • Percepção afetada do tempo.
  • Sonolência e apatia.
  • Sensação de relaxamento no curto prazo, mas seguida de irritibalidade e associabilidade no longo prazo.
  • Vontade de rir.
  • Fotofobia, tosse, diminuição do lacrimejo.
  • Boca seca.
  • As chances de desenvolver um cancer no sistema respiratório aumenta em torno de oito vezes
  • No consumo esporádico (uma só dose) pode produzir surtos psicóticos irrecuperáveis. No consumo habitual acaba por conduzir a quadros depressivos.

Notas e referências

  1. OGA, Seizi. Fundamentos de Toxicologia. São Paulo: Atheneu, 1996
  2. MAGALHÃES, Raul Francisco. Annablume, ed. Crítica da Razão Ébria. 1994. São Paulo: [s.n.] 
  3. OLIEVENSTEIN, Claude; PARADA, Carlos. Edições Loyola, ed. Comme un ange cannibale. 2005. São Paulo: [s.n.] 
  4. Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas. «Maconha». Consultado em 21 de maio de 2009 
  5. BASTOS, Dau. Garamond, ed. O fino da erva. 1999. Rio de Janeiro: [s.n.] 
  6. NETO, Alfredo Cataldo; et al. EDIPUCS, ed. Psiquiatria Para Estudantes de Medicina. 2003. Porto Alegre: [s.n.]