Henri Gatien Bertrand
Henri Gatien Bertrand | |
---|---|
Dados pessoais | |
Nascimento | 22 de março de 1773 Châteauroux, Indre, França |
Morte | 31 de janeiro de 1844 (70 anos) Châteauroux, Indre, França |
Vida militar | |
País | |
Anos de serviço | 1793-1816 |
Hierarquia | General de divisão |
Batalhas | |
Honrarias | Grã-Cruz da Legião de Honra Conde do Império Nome inscrito no Arco do Triunfo |
Henri Gatien Bertrand, Conde Bertrand, (Châteauroux, Indre, 22 de março de 1773[1] – Châteauroux, Indre, 31 de janeiro de 1844) foi um general francês do Primeiro Império que serviu durante as Guerras Revolucionárias Francesas e as Guerras Napoleônicas. Sob o Império, ele foi o terceiro e último Grande Marechal do palácio, o chefe da Casa Militar do imperador Napoleão Bonaparte, a quem seguiu nos exílios de Elba e Santa Helena.
Vida
[editar | editar código-fonte]Bertrand nasceu em Châteauroux, na província de Berry, em uma família burguesa abastada.
Com a eclosão da Revolução Francesa, ele havia acabado de terminar seus estudos no Prytanée National Militaire, e entrou no exército como voluntário. Durante a expedição ao Egito, Napoleão o nomeou coronel (1798), então general de brigada, e após a Batalha de Austerlitz seu ajudante de campo. A sua vida ficou desde então estreitamente ligada à de Napoleão, que nele confiava plenamente, honrando-o em 1808 com o título de conde e no final de 1813, com o título de Grande Marechal do Palácio.[2]
Em 1808 Bertrand casou-se com Fanny (1785-1836), filha do general Arthur Dillon e, por sua mãe, prima da Imperatriz Joséphine. Tiveram seis filhos, sendo um nascido em Elba e outro em Santa Helena.
Foi Bertrand quem em 1809 dirigiu a construção das pontes pelas quais o exército francês cruzou o Danúbio em Wagram. Em 1811, o imperador nomeou Bertrand governador das províncias da Ilíria e durante a campanha alemã de 1813, comandou o IV Corpo que liderou nas batalhas de Großbeeren, Dennewitz, Wartenburg e Leipzig.[3][4]
Em 1813, após a Batalha de Leipzig, foi por sua iniciativa que o exército francês não foi totalmente destruído. Ele acompanhou o imperador a Elba em 1814, retornou com ele em 1815, ocupou um comando na campanha de Waterloo e depois, após a derrota, acompanhou Napoleão a Santa Helena. Condenado à morte em 1816, ele não retornou à França até depois da morte de Napoleão, e então Luís XVIII lhe concedeu anistia permitindo que ele mantivesse seu posto. Bertrand foi eleito deputado em 1830, mas derrotado em 1834. Em 1840 foi escolhido para acompanhar o príncipe de Joinville a Santa Helena para recuperar e trazer os restos mortais de Napoleão para a França, no que ficou conhecido como oretour des cendres.[3][4]
Durante seu exílio em Santa Helena, ele compilou as confidências de Napoleão em um livro intitulado "Les cahiers de Sainte Hélène". O manuscrito foi codificado e posteriormente decodificado e comentado por Paul Fleuriot de Langle.[5]
O quarto filho de Bertrand, Arthur, nascido em Santa Helena, rapidamente se tornou o favorito de Napoleão. Arthur é mais conhecido por seu caso com a atriz francesa Mademoiselle Rachel, com a qual teve um filho.[6][7]
Ele morreu em Châteauroux em 31 de janeiro de 1844 e foi enterrado em Les Invalides.
Referências
- ↑ Dictionnaire Napoléon - Jean Tulard - P207
- ↑ Surrault, Annette. De la Campagne d'Egypte au Berry. Le général Henri-Gatien Bertrand et le savant Hervé Faye. Issoudun, Alice Lyner Ed. 2012.
- ↑ a b Berthelot, Michel. Bertrand, grand-maréchal du Palais. Dans les pas d'un fidèle. Châteauroux, Chez l'auteur. 1996.
- ↑ a b Le Général Bertrand, fils du Berry, catálogo da exposição do bicentenário, Museu Bertrand, Châteauroux. 1973.
- ↑ Bertrand, Arthur. Lettres sur l'expédition de Sainte-Hélène en 1840. Paulin Éditeur. 1841.
- ↑ Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação em domínio público.
- ↑ Vasson, Jacques de. Bertrand, le Grand Maréchal de Sainte-Hélène. Issoudun. 1935.