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Herbalife: diferenças entre revisões

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Revisão das 12h34min de 23 de outubro de 2009

Herbalife International Inc.
Ficheiro:Herbalife logo.gif
Pública (NYSE: HLF)
Slogan Tornando o mundo mais saudável
Atividade Nutrição e Cuidados Pessoais
Fundação 1980
Sede Los Angeles, CA
Pessoas-chave Michael O. Johnson (CEO), Brett R. Chapman (General Counsel e Corporate Secretary), Richard P. Goudis (CFO), Y. Steve Henig (Ph.D., Chief Scientific Officer), Paul E. Noack (Chief Strategic Officer)
Empregados 3644
Produtos Controle de Peso, Complementos Nutricionais, Cuidados Pessoais
Faturamento 3,8 bilhões de dólares (2008)
Website oficial www.herbalife.com

A Herbalife é uma multinacional norte-americana presente hoje em 70 países, que atua na indústria de nutrição humana, distribuindo seus produtos através de marketing de rede, onde cada elemento é um distribuidor independente. A empresa foi fundada em 1980 por Mark Hughes. Um de seus slogans é "Perca peso agora! Pergunte-me como".

O atual CEO, o executivo Michael O. Johnson atuou como executivo da Walt Disney Company por 17 anos e foi eleito CEO do ano nos EUA em 2005, a frente da Herbalife, pelo Market Watch, uma publicação do Grupo Dow Jones.

Pertence ao grupo da NYSE (Bolsa de Valores de Nova York) desde 2005.

História oficial

A empresa começou depois de uma tragédia pessoal de seu futuro fundador, nos seus 18 anos, quando viu a sua mãe morrer por uma overdose de remédios para emagrecimento. Mark começou a pesquisar sobre formas de emagrecer sem que a saúde fosse prejudicada. Após participar de um simpósio sobre ervas chinesas, ele desenvolveu o seu primeiro produto, um pó nutricional, que começou a ser vendido em Fevereiro de 1980.

A empresa chegou ao Brasil em 1995 e é actualmente dirigida por Marcelo Zalsberg. O conselho médico científico da empresa é composto por um ganhador do Nobel, o Dr. Louis Ignarro, e também por um especialista de destaque no mundo em nutrição humana, Dr. David Heber. Além de dezenas de especialistas atuando nos 70 países em que a empresa atua.

Preocupações com a saúde

Estudos científicos realizados em 2007 por médicos da Universidade Hospital de Berna e a Unidade de Fígado do Hadassah-Hebrew University Medical Center em Israel encontrou uma associação entre o consumo de produtos Herbalife e hepatite.[1][2] Em resposta o Ministro da Saúde da Espanha emitiu um alerta recomendando cautela no consumo de produtos Herbalife.[3]

História extra-oficial

Em 1976, Mark começou a trabalhar vendendo Slender Now ("mais magro agora") dos Laboratórios Seyforth, uma empresa de marketing multinível. Quando a mesma fechou em 1979, ele passou a vender equipamento de ginástica e produtos para controle de peso para a Golden Youth, outra empresa de marketing direto. Quando esta outra empresa também fechou, ele decidiu abrir sua própria empresa para combinar a filosofia oriental de ervas medicinais com a filosofia ocidental de minerais e vitaminas.

Em Fevereiro de 1980, em parceria com Richard Marconi (responsável pelo Slender Now), ele abriu a Herbalife, com grande sucesso.

Em Março de 1985, o procurador-geral do estado da Califórnia, estimulado pela indústria farmacêutica acusou a empresa de seus produtos não serem seguros. A investigação federal resultou na retirada das acusações contra a empresa e o caso estadual foi concluído e seus produtos foram decretados seguros para o consumo, resultando assim, num dos primeiros episódios de vítória judicial de uma empresa nova e ainda frágil, contra grandes interesses econômicos.

Os dois artigos publicados no Journal of Hepatology fazem referência a casos que também se encontravam em análise pelas autoridades de saúde israelitas e suíças. A Herbalife tomou conhecimento destes casos e participou activamente nas investigações oficiais. A Herbalife acredita que os funcionários governamentais em ambos os países estavam inteiramente satisfeitos com a resposta da Herbalife até à data desta declaração.

Na sequência do inquérito levado a cabo pelo Ministério da Saúde (MS) israelita, a Herbalife reuniu uma equipa de especialistas internos e independentes das áreas médica e científica. Os nossos representantes e consultores externos reuniram-se com funcionários do Ministério da Saúde, fornecendo-lhes informações importantes sobre os nossos produtos. A Herbalife realizou todos os testes clínicos de produtos sugeridos pelo MS, incluindo testes a hepatotoxinas conhecidas, a metais pesados e pesticidas. Os resultados, fornecidos pelo MS, foram negativos em todos os testes.

É importante referir o facto de que a única morte de uma doente israelita, mencionada nos relatórios do MS israelita sobre o caso , envolvia várias comorbidades, conforme indicado por um dos especialistas contratados pela Herbalife: "Foi referido que a doente sofria de Hepatite B e C preexistentes [e] a presença destas duas graves infecções hepáticas crónicas subjacentes inviabiliza a conclusão de que o consumo dos produtos Herbalife tenha causado o grave distúrbio hepático da doente.”

Controvérsias

Distribuidores independentes da Herbalife questionam a rentabilidade deste tipo de negócio, alegando serem incentivados a manter grandes estoques, mesmo quando não conseguem vendê-los, embora essa não seja uma obrigação contratual. Há depoimentos de que distribuidores independentes ganham até cem mil reais por mês. A maioria dos distribuidores independentes, no entanto, encontra-se incapaz de atingir suas metas de venda.

Além disso, nutricionistas contestam a eficácia dos produtos de emagrecimento. No final de 2005, a associação Pro Teste testou seis marcas de shakes para o emagrecimento, incluindo o shake nutricional da Herbalife, concluindo que o mesmo shake, quando vendido sozinho, não satisfaz as necessidades nutricionais do organismo. No Brasil seis marcas de shake foram testados novamente, e o shake da Herbalife foi o único considerado substituto parcial de refeição, podendo substituir até duas refeiões diariamente.

A empresa se defende afirmando que o produto nutricional não se trata de um shake para emagrecimento e que tem conhecimento das carências do shake sendo este o motivo pelo qual o mesmo não costuma ser vendido sozinho, a Herbalife afirma que embora todos os produtos possam ser vendidos de forma avulsa, os profissionais da empresa são instruidos a formarem programas de controle de peso para atender as metas específicas de cada usuário (ganhar, perder ou manter o peso). Os profissionais da Herbalife lembram que o produto é aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ministério da Saúde e Ministério da Economia, no Brasil, e de outras 67 nações.

Critica-se também o sistema de distribuidores independentes por funcionar como um esquema de matriz pois há a necessidade de progressão geométrica no número de distribuidores para que o distribuidor do topo alcance faturamentos de centenas de milhares de dólares, modelo de negócios insustentável dada a natureza finita da população consumidora.

Ver também

Ligações externas

Referências