Saltar para o conteúdo

Hermes Fontes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Hermes Fontes
Nome completoHermes Floro Bartolomeu Martins de Araújo Fontes
Nascimento
Morte
26 de dezembro de 1930 (42 anos)

Nacionalidade Brasileiro
Ocupaçãopoeta, jornalista, caricaturista e funcionário público
Escola/tradiçãoSimbolismo

Hermes Floro Bartolomeu Martins de Araújo Fontes (Boquim, 28 de agosto de 1888Rio de Janeiro, 26 de dezembro de 1930[1][2]) foi um compositor e poeta brasileiro.[1]

Nascido em Boquim filho de Francisco Martins Fontes e Maria de Araújo Fontes, camponeses de origem simples. Desde moço foi considerado garoto prodígio e aos 13 anos já se registra, no jornal O Fluminense, o seu poema "Niterói" denotando a sua precocidade na poesia.

Em 1904 funda o jornal Estréia, com Júlio Surkhow e Armando Mota, na cidade do Rio de Janeiro. Bacharel em direito em 1911, não exerceu a profissão. De 1903 ao final da década de 1930 trabalhou com os jornais Rua do Ouvidor, Correio Paulistano, o Fluminense, Imparcial, Diário de Notícias e as revistas Fon-Fon!, Careta, Tribuna, Tagarela, entre outras. Trabalhou nos Correios e foi oficial de gabinete do ministro da Viação. Utilizava dos pseudônimos Léo-zito, Leléo, Léo-Fábio, P. Q. Nino, H. F., F. H., Rems, Rins e Roms.[3]

Sua poesia tem características simbolistas, parnasianas e pré-modernas. Um de seus poemas mais relevantes, "Pouco acima daquela alvíssima coluna...", comumente chamam de "A Taça" devido ao formato visual que remete a uma taça sendo um dos primeiros registros modernos de poesia visual, e, talvez, o primeiro que se baseia completamente na métrica, ou seja, sem auxílios tipográficos e respeitando o ritmo poético. A temática suicídio se torna recorrente em sua obra ao menos desde 1904 com o soneto "Desilusões" e, especialmente, no poema "Superstição - H. F." qual associa suas iniciais com uma escada que leva à forca.[3]

No campo da música, compôs a letra das músicas "Luar de Paquetá" e "À Beira-Mar" com música de Freire Junior - gravadas por Vicente Celestino e Orlando Silva, "Lucíola" com Lúcio Barbado, "Constelação" com Cupertino de Menezes e "Solidão" com música própria.[4]

Atua também como caricaturista do jornal O Bibliógrafo, Tagarella e Brasil Moderno.[3]

Suicidou-se com um tiro na cabeça em sua casa, em Ipanema, dias depois de confessar aos amigos que estava amargurado com as situações em que se envolvera por apoiar a Revolução de 1930.[1]

  • Apoteoses (1908)
  • Gênese (1913);
  • Ciclo da Perfeição (1914);
  • Juízos Efêmeros (Crítica) (1916);
  • Miragem do Deserto (1917);
  • Epopeia da Vida (1917);
  • Microcosmo (1919);
  • O Despertar (1922);
  • A Lâmpada Velada (1922); e
  • A Fonte da Mata... (1930).

Atividades literárias ou culturais

[editar | editar código]
  • 1903/1930c. - Rio de Janeiro RJ - Colaborador dos jornais Fluminense, Rua do Ouvidor, Imparcial, Folha do Dia, Correio Paulistano, Diário de Notícias; e das revistas Careta, Fon-Fon!, Tribuna, Tagarela, Atlântida, Brasil-Revista, Revista das Revistas, América Latina, Revista Souza Cruz. Caricaturista do jornal O Bibliógrafo.
  • 1904 - Rio de Janeiro RJ - Fundador do jornal Estreia, com Júlio Surkhow e Armando Mota.
  • 1916 - Rio de Janeiro RJ - Publicação do livro Juízos Efêmeros (Ed. F. Alves)

Referências

  1. a b c «O trágico fim do poeta Hermes Pontes». O Jornal (Ano XII, n.º 3.720). Rio de Janeiro. 27 de dezembro de 1930. p. capa. Consultado em 21 de outubro de 2020 
  2. «O trágico fim do poeta: Hermes Fontes pôs fim aos seus dias, varando o crânio com uma bala». Correio da Manhã (Ano XXX, n.º 11.050). Rio de Janeiro. 27 de dezembro de 1930. p. 3. Consultado em 21 de outubro de 2020 
  3. a b c GUARANÁ, Armindo (1925). Dicionário Biobibliográfico Sergipano. Sergipe: Edição do Estado de Sergipe. p. 118 - 119 
  4. Luiz Antonio Barreto, Luiz Antonio (27 de maio de 2004). «HERMES FONTES E OUTROS POETAS». Infonet. Consultado em 3 de fevereiro de 2023. Cópia arquivada em 4 de dezembro de 2020 

Ligações externas

[editar | editar código]
Ícone de esboço Este artigo sobre um escritor do Brasil é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.