Império de Gaza
Este artigo ou secção contém uma lista de referências no fim do texto, mas as suas fontes não são claras porque não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações. (Março de 2013) |
Império de Gaza | |||||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| |||||||||||||||||
Capital | Manjacaze | ||||||||||||||||
Língua oficial | Angune | ||||||||||||||||
Forma de governo | Monarquia | ||||||||||||||||
Imperador | |||||||||||||||||
| |||||||||||||||||
História | |||||||||||||||||
|
O Estado de Gaza, também conhecido como Império de Gaza, no sul de Moçambique, abrangia, no seu apogeu, toda a área costeira entre os rios Zambeze e Maputo e tinha a sua capital em Manjacaze, na actual província moçambicana de Gaza. Foi fundado por Sochangane (também conhecido por Manicusse, 1821 - 1858) como resultado do Mfecane, um grande conflito despoletado entre os Zulu por consequência do assassinato de Chaca (ou Shaka) em 1828, que culminou com a invasão de grandes áreas da África Austral por exércitos Nguni.
O rei de Gaza dominou os reis Tonga (possivelmente o mesmo que Tsonga, da língua chiTsonga, a língua actualmente dominante na região sul de Moçambique) através dos membros da sua linhagem, os Nguni, comerciando marfim, que recebia como tributo, com os portugueses, estabelecidos na costa (principalmente em Lourenço Marques e Inhambane).
Aparentemente, sob a chefia de Sochangane o comércio de escravos não seria tão central como havia sido noutras sociedades angunes,[1] não devolvendo aos portugueses os escravos que fugiam para a sua guarda. No entanto, ainda tinham participação neste comércio entre 1830 e 1897, e o seu jugo em Moçambique e Zimbabué resultou em forte opressão dos povos nativos.[2]
Com a sua morte, sucedeu-lhe o seu filho Mawewe que decidiu, em 1859, atacar os seus irmãos para ganhar mais poder. Apenas um irmão, Mzila (ou Muzila) conseguiu fugir para o Transvaal, onde organizou um exército para atacar o seu irmão. A guerra durou até 1864 e, entretanto, a capital do reino mudou-se do vale do rio Limpopo para Mossurize, a norte do rio Save, na actual província moçambicana de Manica.
Em Mossurize, em 1884, ascendeu ao trono Nguni, Gungunhana, filho de Muzila.
Referências
- ↑ CHEWINS, Linell; DELIUS, Peter (março de 2020). «THE NORTHEASTERN FACTOR IN SOUTH AFRICAN HISTORY: REEVALUATING THE VOLUME OF THE SLAVE TRADE OUT OF DELAGOA BAY AND ITS IMPACT ON ITS HINTERLAND IN THE EARLY NINETEENTH CENTURY». Cambridge University Press. The Journal of African History (1): 89 - 110. ISSN 0021-8537. Consultado em 21 de maio de 2024
- ↑ HARRIES, Patrick; PEIRES, Jeffrey B. (1979). «Slavery Amongst the Gaza Nguni: Its Changing Shape and Function and its Relationship to Other Forms of Exploitation». Before and after Shaka: Papers in Nguni history. Grahamstown, África do Sul: Rhodes University. pp. 210–229. ISBN 9780868100500
- UEM, Departamento de História, 1982. História de Moçambique Volume 1: Primeiras Sociedades Sedentárias e Impacto dos Mercadores. Cadernos TEMPO. Maputo.