Infinitivo conjugado

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O infinitivo conjugado, infinitivo pessoal ou infinitivo flexionado é uma flexão verbal das línguas galega e portuguesa que se forma adicionando um morfema de pessoa e número ao infinitivo. É uma das características mais originais do galego-português, embora existiram formas semelhantes no napolitano do século XV e vestígios no leonês antigo, o que, juntamente com a influência do português, pode explicar a sua presença na língua mirandesa.[1] Também é usado hoje na língua húngara.[2]

Características e formação[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: infinitivo

O infinitivo pessoal é formado a partir do infinitivo impessoal, adicionando-se as desinências iguais às do futuro do subjuntivo: -es, -mos, -des, -em. Por isso, nos verbos regulares esses dois tempos se confundem.[3]

Uso[editar | editar código-fonte]

Costuma-se usar o infinitivo pessoal quando:[3]

  • refere-se a um sujeito próprio, diferente do da oração principal;
Para conseguirmos sair, alguém precisa destrancar a porta.
  • o sujeito a que se refere é expresso antes do infinitivo;
Para nós conseguirmos sair, precisamos abrir a porta.
  • o sujeito é indeterminado na terceira pessoa do plural sem nenhuma referência e s pronome SE - índice de indeterminação;
Para conseguirem sair, devem abrir a porta.
  • em ação recíproca ou reflexiva - indicando reflexividade ou reciprocidade;
Depois das portas abrirem-se, poderemos sair. ou Depois das portas se abrirem, poderemos sair.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Piel 1944.
  2. Diario, Nós (20 de maio de 2020). «Falares, falarmos, falardes... O infinitivo flexionado, na lección 12 do curso de galego» (em galego). Consultado em 24 de agosto de 2022 
  3. a b «Infinitivo Pessoal». Só Português. Virtuous. Consultado em 23 de dezembro de 2016 

Veja também[editar | editar código-fonte]

Bibliografia[editar | editar código-fonte]