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Instituto de Paleociências Birbal Sahni

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Instituto de Paleociências Birbal Sahni
The Birbal Sahni Institute of Palaeobotany
Instituto de Paleociências Birbal Sahni
Busto do paleobotânico e fundador Birbal Sahni
BSIP
Fundação 1946
Tipo de instituição Instituto autônomo
Localização Lucknow, Uttar Pradesh,  Índia
Presidente Prof. Dr. Nitin R. Karmalkar
Campus University Road, Lucknow
Página oficial BSIP

O Instituto de Paleociências Birbal Sahni (BSIP)[1] (anteriormente chamado de Instituto de Palebotânica Birbal Sahni[2]) é um instituto autônomo sob a administração do Departamento de Ciência e Tecnologia, do governo da Índia. Localizado em Lucknow,[3], no estado de Uttar Pradesh, é um dos maiores locais para ensino e pesquisa de fitofósseis.

História[editar | editar código-fonte]

Braquiópodes e briozoários do Ordoviciano - Minnesota
Reconstrução mostrando os estágios iniciais do supercontinente Gondwana, 550 milhões de anos
Esporângio do Siluriano, as primeiras evidências de vida sobre a superfície terrestre.

O instituto foi estabelecido em 1946 sob o nome de Instituto de Paleobotânica, uma progressão da Sociedade de Paleobotânica formada por um grupo de botânicos indianos e liderada pelo renomado professor e paleobotânico Birbal Sahni[4], conhecido na Índia como o pai da dendrologia[5] e primeiro diretor do instituto[6].

Inicialmente, ele ficava dentro do Departamento de Botânica da Universidade de Lucknow. O governo da província, então, doou um terreno com 142 hectares para a construção do instituto em 1948, onde está a sede atual[7].

Savitri Sahni assumiu a direção do instituto com o falecimento de seu marido, Birbal, em 1949, mas a mudança para as novas instalações aconteceu apenas em 1953. Na época, ele já era uma instituição de renome reconhecida pela UNESCO. Em 1969, o programa de pesquisa se iniciou e o instituto foi nomeado em homenagem ao professor Birbal Sahni.[5] É hoje um instituto autônomo com pesquisas financiadas pelo Governo da Índia[8].

O instituto trabalha em parceria com diversas organizações governamentais e privadas, tanto na Índia como ao redor do mundo. No Brasil, trabalhou com pesquisadores da Universidade de São Paulo, da Universidade Guarulhos[9] e da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Objetivos[editar | editar código-fonte]

Furadeira para coleta de amostras dendrocronológicas.

Os principais objetivos do instituto são:[10]

  • Desenvolver a paleobotânica em todos os seus aspectos geológicos e botânicos.
  • Atualizar dados constantemente para interação com disciplinas correlatas.
  • Coordenar áreas de mútuo interesse com outros centros de pesquisa geológica e paleobotânica, como diversidade da vida, exploração de combustíveis fósseis, dinâmicas de vegetação, modelagem de clima e conservação de florestas.
  • Disseminar o conhecimento paleobotânico nas universidades, institutos, centros de pesquisa e organizações.

Áreas de interesse[editar | editar código-fonte]

Suas atividades estão focalizadas nas seguintes áreas:

Departmentos[editar | editar código-fonte]

Museu[editar | editar código-fonte]

O instituto mantém um museu que, originalmente, mantinha a coleção de fósseis do professor Birbal e hoje contém coleções feitas por cientistas ao longo das décadas, que incluem holótipos, lâminas e reconstruções. Com sua pedra fundamental posta por Birbal Sahni, o museu contém fósseis de várias eras geológicas embutido em um bloco de mármore, exibindo os espécimes com base em sua relevância geológica e geral. O museu também mantém um "Relógio do Tempo Geológico".

Centro de Recursos[editar | editar código-fonte]

Sua biblioteca automatizada contém um banco de dados conjunto com diversos portais de ciência indianos e do mundo, com periódicos, imagens, resultados de pesquisa e contatos com outras instituições.

Herbário[editar | editar código-fonte]

Seu herbário tem quatro seções distintas:

  • Coleção genérica com plantas secas.
  • Coleção com lenhos diversos e secções.
  • Esporoteca - coleção com pólen e esporos em slides, além de material polínico.
  • Carpoteca - coleção de frutos e sementes

Os espécimens fósseis são folhas, cutículas, pólen, esporos, frutos, sementes e lenhos, em um total de 51.472 de amostras preservadas segundo suas variantes, locais, usos, distribuição e ecologia, com contribuições de diversos cientistas ao longo das décadas.

Centro de computação[editar | editar código-fonte]

O instituto está bem equipado com uma avançada rede de computadores, conexões via rádio com diversos institutos e universidades.

Prêmios[editar | editar código-fonte]

O instituto reconhece e premia trabalhos e cientistas merecedores na área de paleobotânica:

Professor T. M. Harris Medal: melhor publicação em paleobotânica em qualquer periódico de relevância .

Medalha Dr. P. N. Srivastava: melhor pesquisa conduzida no instituto.

Medalha Memorial Chandra Dutt Pant: melhor pesquisa de cientista em nível C.

Medalha Dr. Chunni Lal Khatiyal: melhor pesquisa de cientista em nível A.

Medalha Dr. Pratul Chandra Bhandari: melhor trabalho de pesquisa conduzido por um cientista do instituto.

Medalha Iyengar-Sahni: melhor trabalho publicado na revista The Palaeobotanist.

Medalha Memorial Dr. B. S. Venkatachala: melhor trabalho publicado em paleobotânica.

Medalha de Equipe: melhor trabalho concluído com esforço colaborativo.

Medalha Diamond Jubilee: melhor trabalho de pesquisa publicado por um cientista ou equipe.

Medalha de Produção Científica: melhor trabalho publicado por cientistas dos níveis E, F ou G.

The Palaeobotanist[editar | editar código-fonte]

The Palaeobotanist é o periódico mundialmente conhecido em paleobotânica, publicado pelo instituto. Seu primeiro volume é de 1952, como uma publicação anual. Contudo, com o aumento das pesquisas na área, sua periodicidade também cresceu e desde 1962 vem sendo lançada três vezes ao ano[12].

Referências

Links[editar | editar código-fonte]

Leitura adicional[editar | editar código-fonte]