Intrusão Francesa no Amapá

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Intrusão Francesa no Amapá

Morte do capitão Lunier durante a invasão na cidade de Amapá, ilustração francesa publicada em 1912
Data 15 de Maio de 1895
Local Vila do Espírito Santo, Amapá
Desfecho Vitória brasileira
  • Expulsão das tropas francesas
  • Fim da expedição do Amapá
  • Soberania brasileira sobre o território contestado
Beligerantes
Brasil Brasil
França França
Comandantes
Brasil Veiga Cabral França Charles-Louis Lunier
França Tenente Destoup[1]
Forças
200 soldados
Baixas

40 mortos (militares e civis)
22 feridos
2 capturados
60 mortos
22 feridos

A Intrusão Francesa no Amapá ocorreu em 15 de maio de 1895, na fronteira entre o Amapá e a Guiana Francesa, sendo o evento culminante da disputa territorial conhecida como Contestado franco-brasileiro. Tal evento foi marcado pela invasão de tropas francesas em território brasileiro, comandadas pelo capitão Charles-Louis Lunier.[2][3] A invasão foi repelida pelo general honorário do exército brasileiro Francisco Xavier da Veiga Cabral.[4]

Após a defesa do Amapá, Veiga Cabral se tornou um dos maiores heróis da história do estado. Na época, uma frase foi dita que acabou marcando o sentimento do povo do Amapá em relação a Veiga Cabral: “Se é grande o Cabral que nos descobriu, maior é o Cabral que nos defendeu!”

Brasileiros mortos[editar | editar código-fonte]

No dia 1º de junho estivera na redação do jornal um enviado de Cabral, Maximiano José do Nascimento, portador, com Francisco do Couto, de correspondência do presidente do Triunvirato para o governador Lauro Sodré, segue os nomes:

  • Joaquim Pracuúba, de 10 anos, queimado vivo em sua própria casa — semi-paralítico, não tivera tempo de fugir às chamas;
  • Margarida de Freitas, de 32 anos, massacrada com o filho do colo;
  • Clemente Freitas, de 80 anos, morto com tiro de fuzil quando se encontrava deitado em uma rede, no interior de sua residência;
  • José Rodrigues Rosas, de 30 anos, morto a tiros;
  • Joaquim Rodrigues, de 37 anos, morto a tiros;
  • Manuel Joaquim Ferreira, de 35 anos, morto a tiros;
  • Gertrudes de Macedo, de 30 anos, casada, massacrada;
  • Ana, mulher de Emídio, massacrada;
  • Sebastiana, filha de Emídio, massacrada;
  • Ana Vieira Branco, de 37 anos, casada com Manuel Gomes Branco, morta juntamente com seus quatro filhos menores, o último com quatro meses de idade;
  • Solindo, filho de Emídio, massacrado;
  • Joaquim, músico, de 17 anos, empregado de Emídio;
  • Raimundo Marcelino de Siqueira, de 57 anos, massacrado;
  • Maria Floripes do Amaral, de 45 anos, casada, massacrada em sua casa;
  • Domingos Favacho, de 37 anos, solteiro, morto a tiros;
  • Francisca Favacho, de 44 anos, casada, massacrada;
  • Caetano Favacho, 37 anos, solteiro, morto a tiros;
  • Carolina, de 37 anos, solteira, morta a tiros;
  • Gemino de Morais, de 21 anos, morto a tiros;
  • José de Morais, 15 anos, viúvo, massacrado;
  • Maria Cooly, de 24 anos, massacrada;
  • Fabrício, de 18 meses, filho de Maria Cooly, morto com a mãe;
  • Leocádia Tambor, de 48 anos, casada, massacrada em sua casa;
  • Manuel, de 7 anos, massacrado juntamente com a mãe;
  • Alfrida Batista da Silva, de 13 anos de idade, morta com a mãe;
  • Feliciano Ramos, de 65 anos, casado, morto a tiros;
  • Pedro Chaves dos Santos, de 26 anos, casado, morto a tiros;
  • Francisco Manuel Rodrigues, português, com 44 anos, massacrado;
  • Rosa Xavier, de 16 anos, casada, massacrada;
  • Antônio Bonifácio Belmiro, de 19 anos — serviu de guia aos franceses, sob prisão e logo a seguir foi colocado à frente dos combatentes, servindo de barricada;
  • Cipriano, menor, filho de Manuel Domingos, massacrado;
  • Mateus Leite, de 30 anos — não foi encontrado o seu cadáver;
  • Manuel dos Santos, de 49 anos, morto em fuga;
  • Raimundo Brasil, de 9 anos, filho de Francelino de Freitas, massacrado;
  • João de Deus, de 42 anos, morto em casa de Bernardo Batista da Silva.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Bertout de Solières, François (1912). Les hauts faits de l'armée coloniale [Os altos feitos do exército colonial] (em francês). Rouen: [s.n.] 
  2. «LE TERRITOIRE CONTESTÉ» (PDF). l'Étoile du Sud (em francês). Rio de Janeiro. 22 de Junho de 1895 
  3. Meira, Sílvio Augusto de Bastos (1975). Fronteiras Sangrentas: heróis do Amapá. [S.l.]: Belém: Conselho Estadual de Cultura.
  4. Bento, Cláudio Moreira. (2003). Amazônia Brasileira: conquista, consolidação e manutenção. (História Militar Terrestre da Amazônia de 1616 a 2003). [S.l.]: Porto Alegre/RS: Genesis, Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
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