Invidious

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Invidious
Logótipo
Invidious
Desenvolvedor Omar Roth
Modelo do desenvolvimento Software livre
Lançamento 13 de agosto de 2018 (5 anos)
Gênero(s) Website de vídeos
Licença AGLPv3
Estado do desenvolvimento Ativo
Página oficial invidious.io
Repositório github.com/iv-org/invidious

Invidious é uma plataforma gratuita e de código aberto destinado como uma alternativa leve e privativa ao serviço de vídeos YouTube.[1][2] Ele está disponível como um contêiner Docker,[3] ou no branch master do GitHub.[4]

Ele é muito utilizado por usuários e programas visados para a privacidade, especialmente quando é necessário fazer um redirecionamento para um conteúdo da plataforma, com muitos clientes não oficiais do YouTube usando para fazer isso,[5][6][7][8] como o aplicativo de código aberto Yattee[9] e o Freetube[10][11]

Características[editar | editar código-fonte]

Invidious não usa a API oficial do YouTube para funcionar, ao invés disso, ele vasculha o site oficial em busca de vídeos e metadados necessários, como curtidas e visualizações.[12] Isso é feito de forma intenciona para diminuir o máximo o possível o compartilhamento de dados ou o uso de informações do Google

A ferramenta de web scraping utilizada pelo Invidious se chama "Invidious Developer API".[12]

Polêmicas[editar | editar código-fonte]

Com seu lançamento sendo de 2018, o Invidious já acumulou algumas polêmicas durante sua atividade, principalmente aquelas envolvendo direitos autorais sobre o uso de propriedades intelectuais da Google.

Em junho de 2023, a Google estava promovendo diversas batalhas judiciais contra o uso de bloqueadores de publicidade em sua plataforma de vídeos,[13][14] isso se deve ao fato que muitos usuários utilizavam esses serviços, ao invés do serviço de assinatura YouTube Premium, para acessar conteúdos sem anúncios.[15][16]

Durante esse período, o Invidious recebeu um comunicado de "cessar e desistir" para conteúdos do YouTube na plataforma.[17][14][18] pedido esse que simplesmente foi ignorado pelos desenvolvedores do Invidious devido ao fato de não utilizarem a API do YouTube, assim, não havendo um real motivo para parar as atividades.[19]

A jornalista Jules Roscoe, da Vice.com, afirmou que o YouTube não era o único site que estava promovendo o desligamento em massa de serviços terceirizados, e observou projetos de desenvolvedores independentes do Reddit também estariam passando por uma situação semelhante durante a polêmica alteração na API do Reddit[20]

De acordo com jornal Der Spiegel, "o Invidious é instalado em servidores, que atuam como espelhos não licenciados do YouTube" para permitir que os usuários assistam a vídeos "livres de publicidade e rastreamento". Sendo alvo do Google porque eles lutaram durante anos para bloquear downloads e acesso descontrolado a vídeos e músicas.[21]

No ano de 2020, o criador da plataforma, Omar Roth, afirmou que o projeto se encerraria em sua instância principal (invidio.us).[22] No entanto, o projeto ainda continua sendo atualizado, existindo diversas outras instâncias não oficiais do serviço.[23] uma das mais utilizadas sendo a yewtu.be.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «5 Apps to Protect Your Privacy on YouTube and Stop Google From Tracking You». MUO (em inglês). 28 de agosto de 2021. Consultado em 10 de novembro de 2021 
  2. Betts, Andy (14 de novembro de 2019). «How to Watch Flagged YouTube Videos Without Logging In». MUO 
  3. «Installation - Invidious Documentation». docs.invidious.io. Consultado em 24 de agosto de 2022 
  4. «Installation - Invidious Documentation». docs.invidious.io. Consultado em 24 de agosto de 2022 
  5. «Improve Your Safari Browsing Experience With These Automatic Redirects». Lifehacker (em inglês). 22 de novembro de 2022. Consultado em 3 de junho de 2023 
  6. «The 8 Best Media Players for the Steam Deck». MUO (em inglês). 7 de maio de 2023. Consultado em 3 de junho de 2023 
  7. «How to Watch YouTube Videos in the Linux Terminal With ytfzf». MUO (em inglês). 23 de novembro de 2022. Consultado em 3 de junho de 2023 
  8. Kocher, Laveesh (1 de dezembro de 2022). «FreeTube, An Open Source Private YouTube Client» (em inglês). Consultado em 3 de junho de 2023 
  9. Yattee, Yattee, 24 de agosto de 2022, consultado em 24 de agosto de 2022 
  10. «FreeTube - The Private YouTube Client». freetubeapp.io. Consultado em 24 de março de 2024 
  11. Brinkmann, Martin (1 de dezembro de 2022). «FreeTube is an open source private YouTube client - gHacks Tech News». gHacks Technology News (em inglês). Consultado em 24 de março de 2024 
  12. a b «Release Week 1: Invidious API and Geo-Bypass · iv-org/invidious». GitHub (em inglês). Consultado em 24 de agosto de 2022 
  13. «YouTube bloqueia adblock e revolta usuários; veja resposta oficial». Tecnoblog. 26 de outubro de 2023. Consultado em 24 de março de 2024 
  14. a b Rossmann, Louis (9 de junho de 2023). «Youtube's war on adblockers continues, sends cease & desist to invidious.io - you know what to do 😉». YouTube. Consultado em 11 de junho de 2023 
  15. Thomas, Dallas (10 de maio de 2023). «YouTube has started blocking ad blockers». Android Police. Consultado em 11 de junho de 2023 
  16. Cadenas, Cesar (11 de maio de 2023). «YouTube is attempting to block your ad-blocker in new experiment». TechRadar. Consultado em 11 de junho de 2023 
  17. «YouTube legal team asked Invidious developers to take down the service within 7 days». AlternativeTo.net. 10 de junho de 2023. Consultado em 10 de junho de 2023 
  18. Roscoe, Jules (15 de junho de 2023). «YouTube Tells Open-Source Privacy Software 'Invidious' to Shut Down». Vice. Consultado em 24 de março de 2024 
  19. «YouTube Orders 'Invidious' Privacy Software to Shut Down in 7 Days * TorrentFreak» (em inglês). Consultado em 6 de agosto de 2023 
  20. Roscoe, Jules (15 de junho de 2023). «YouTube Tells Open-Source Privacy Software 'Invidious' to Shut Down». Vice (em inglês). Consultado em 16 de junho de 2023 
  21. «Google will werbefreie YouTube-Alternative Invidious stoppen» [Google wants to legally stop ad-free YouTube alternative]. Der Spiegel (em alemão). 16 de junho de 2023. ISSN 2195-1349. Consultado em 19 de junho de 2023 
  22. «Omar Roth». omar.yt. Consultado em 24 de agosto de 2022 
  23. «Invidious Instances». api.invidious.io. Consultado em 24 de agosto de 2022 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]