Juan dos Mortos
Juan de los muertos | |
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Juan dos Mortos (bra) | |
Cuba Espanha 2011 • cor • 96 min | |
Gênero | comédia zumbi |
Direção | Alejandro Brugués |
Produção | Gervasio Iglesias Inti Herrera |
Roteiro | Alejandro Brugués |
Elenco | Alexis Díaz de Villegas Eliécer Ramírez Andros Perrugorría Andrea Duro |
Música | Sergio Valdés |
Cinematografia | Carles Gusi |
Efeitos especiais | Juan Carlos Sanchez Lezcano |
Edição | Mercedes Cantero |
Companhia(s) produtora(s) | La Zanfoña Producciones Producciones de la 5ta Avenida |
Distribuição | ADS Service |
Lançamento | 10 de setembro de 2011 (Toronto) 14 de outubro de 2011 (Espanha) |
Idioma | espanhol |
Orçamento | US$ 2,3 milhões |
Juan dos Mortos (em castelhano: Juan de los muertos) é um filme de comédia zumbi hispano-cubano de 2011 escrito e dirigido por Alejandro Brugués.[1][2] Uma coprodução hispano-cubana entre La Zanfoña Producciones (Espanha) e Producciones de la 5ta Avenida (Cuba) envolvendo a participação do ICAIC, Canal Sur e Televisión Española, o filme ganhou o Prêmio Goya de Melhor Filme Estrangeiro em Língua Espanhola em 2012.[3]
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Juan, um homem preguiçoso de quarenta e poucos anos, vive uma vida despreocupada em Cuba com seu companheiro igualmente preguiçoso e propenso a acidentes, Lázaro. Depois que os mortos se levantam e começam a atacar os vivos, Juan inicia um negócio de matar zumbis para os outros, até ter que salvar seu pequeno bando de ser comido. Juan e Lázaro se envolvem em atividades violentas e se associam com seus amigos questionáveis, incluindo o filho de Lázaro, Vladi Califórnia, a drag queen La China e o amante da China, Primo.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Alexis Díaz de Villegas como Juan
- Jorge Molina como Lázaro
- Andrea Duro como Camila
- Andros Perugorría como Vladi Califórnia
- Jazz Vila como La China
- Eliecer Ramírez como El Primo
- Antonio Dechent como Padre Jones
- Blanca Rosa Blanco como Sara
- Elsa Camp como Yiya
- Susana Pous como Lucía
- Eslinda Núñez como líder da reunião do CDR
- Juan Miguel Mas como presidente do CDR
- Manuel Herrera como locutor de TV
- Luis Alberto García como Padre
Lançamento
[editar | editar código-fonte]O filme foi exibido pela primeira vez no Festival Internacional de Cinema de Toronto de 2011. A Focus Features lançou o filme em 14 de agosto via iVOD e VOD, junto com DVD e Blu-ray.
Recepção
[editar | editar código-fonte]O filme foi bem recebido e foi elogiado pelo tom alegre, repleto de heróis desajustados e sem virtudes, além das piadas de contexto político cubano.[4] No site agregador de críticas Rotten Tomatoes, 83% das 23 resenhas dos críticos são positivas. O consenso diz:[5]
"Cheio de palhaçada selvagem, Juan dos Mortos também usa habilmente sua premissa zumbi como um cavalo de Tróia morto-vivo para comentários políticos perspicazes."
Na televisão, o âncora do jornal estatal diz que a praga foi trazida pelos EUA e que os zumbis são "dissidentes", mas os sobreviventes não descartam a possibilidade da infecção ser provocada pelos remédios vencidos que o governo distribui.[6] Apesar de todo o caos, o transporte público continua funcionando, não importa o que aconteça. O protagonista Juan, magro e estropiado com os olhos esbugalhados, é um personagem engraçado e carismático. Além disso, Juan é um patriota apesar de tudo e não deseja abandonar sua amada Cuba.[7]
O filme critica o isolacionismo e o atraso do sistema socialista implementado após a Revolução Cubana, com os protagonistas reagindo de forma confusa ao primeiro zumbi. Como Cuba não recebe a influência da mídia de massa, os cubanos não tiveram acesso à popularidade dos filmes de zumbi. Primeiro tentam estacas, achando que pode ser um vampiro; depois tentam exorcismo imaginando ser possessão. Atirar com balas de prata está fora de cogitação pois "no hay plata" em Cuba.[6] A capital Havana é mostrada como uma cidade dilapidada pela administração ineficiente do governo revolucionário.[4]
Juan dos Mortos foi elogiado pelas cenas de batalha, com o elenco exterminando os mortos-vivos de maneiras criativas e chamativas, cada um com suas próprias técnicas de luta.[8] Os efeitos especiais também foram elogiados, apesar do baixo orçamento de apenas US$ 2,3 milhões.[4] Os zumbis são muito bem maquiados e autênticos e o filme tem até mesmo uma sequência na Praça da Revolução.[9]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Smith, Ian Haydn (2012). International Film Guide 2012: The Definitive Annual Review of World Cinema (em inglês). Brighton: International Film Guide. ISBN 978-1908215017. OCLC 774640292
- ↑ Walsh, Katie (20 de junho de 2012). «L.A. Film Fest Review: 'Juan Of The Dead' Is A Uniquely Cuban Take On The Zom Com & A Hell Of A Good Time». IndieWire (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ «Awards & Festivals: Juan of the Dead». Mubi (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ a b c Almeida, Mateus. «Juan dos Mortos (2011): crítica e humor dão tom ao diferente ataque zumbi». Cinema com Rapadura. Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ «Juan of the Dead». Rotten Tomatoes (em inglês). 16 de março de 2012. Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ a b Hessel, Marcelo (8 de outubro de 2011). «Juan dos Mortos | Crítica». Omelete. Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ Fan, Ritter (31 de outubro de 2019). «Crítica | Juan dos Mortos». Plano Crítico. Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ Stewart, CJ (30 de outubro de 2012). «Review: "Juan of the Dead" ("Juan de los Muertos")». The Viewer's Commentary (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2023
- ↑ Tsui, Clarence (1 de julho de 2012). «Juan of the Dead». South China Morning Post (em inglês). Consultado em 20 de dezembro de 2023
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Juan of the Dead. no IMDb.