Laio

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O assassinato do rei Laio por Édipo na estrada de Corinto a Tebas - retratado na peça Édipo Rei, autor: Sófocles - Pintura de Joseph Blanc

Na mitologia grega, o rei Laio, ou Laios (do Grego: Λάϊος) de Tebas, foi um herói divino e um personagem chave no mito fundador da cidade de Tebas. Filho de Lábdaco, foi criado pelo regente Lico depois da morte de seu pai.

Abdução de Crisipo[editar | editar código-fonte]

Quando Laio ainda era jovem, Anfião e Zeto usurparam o trono de Tebas. Alguns Tebanos, desejando ver a continuação da linhagem de Cadmo, contrabandearam o pequeno Laio para fora da cidade antes do ataque, o que resultou na morte de Lico e a tomada de seu trono.[1] Laio foi recepcionado por Pélope, rei de Pisa no Peloponeso.[2] De acordo com algumas fontes, a maioria pertencente a era cristã, Laio sequestrou e estuprou o filho do rei, Crisipo, Levando-o de Tebas enquanto o ensinava como dirigir uma biga, ou como nos reporta Higino, durante os Jogos Nemeus. Este sequestro é considerado como assunto principal de uma das últimas tragédias de Eurípedes. Muitos estudiosos concordam que o estupro e a sedução de Crisipo foram adicionados tardiamente ao mito tebano. Com ambos, Anfião e Zeto tendo morrido na sua ausência, Laio tornou-se o rei de Tebas, quando do seu retorno.

A maldição de Laio[editar | editar código-fonte]

Depois do estupro de Crisipo, Laio casou com Jocasta ou Epicasta, a filha de Meneceu, um dos descendentes dos Espartos. Laio recebeu do oráculo de Delfos a previsão de que ele não tivesse uma criança com sua esposa, ou a criança seria responsável por sua morte e se casaria com sua esposa; Em outra versão, contada por Ésquilo, Laio foi avisado que ele só poderia salvar a cidade se ele morresse sem filhos. Uma noite, porém, Laio estava bêbado e acabou deitando-se com sua esposa, nascendo desta forma Édipo. Temendo a concretização da profecia, Laio ordenou que a criança, Édipo, fosse exposta no Monte Citerão com seus pés amarrados (ou talvêz presos ao chão), mas a criança foi encontrada por um pastor, mas o mesmo não tinha os recursos para cuidar dele, então ele foi dado ao rei Pólibo e a rainha Mérope de Corinto que o criou até a maior idade.[3]

Quando Édipo desejou saber mais a respeito do seu parentesco, ele consultou o Oráculo de Delfos, apenas para ter o conhecimento de que ele não deveria ir para casa ou ele mataria seu pai e casaria-se com sua mãe. Achando que ele era de Corinto, ele partiu para tebas tentando evitar o seu destino.[3] Na estrada conhecida como "A Fenda", ele encontra Laio, que estava indo a Delfos consultar o oráculo, pois o mesmo havia recebido presságios de que seu filho estava retornando para matá-lo.[4] Édipo recusou-se a deixar passar a carruagem do rei, mesmo que os lacaios de Laio assim o ordenassem. Tomado pela fúria, Laio passou com a carruagem sobre seus pés ou bateu nele com seu chicote, então Édipo matou Laio e todos os seus lacaios, que imaginou serem um bando de malfeitores. Laio foi enterrado onde ele morreu por Damasistratus, o rei de Plateias.[4] Tempos depois, Tebas foi amaldiçoada com uma doença, seu assassino não foi punido.

Precedido por
Anfião e Zeto
Rei de Tebas
Sucedido por
Édipo

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Pausanias. Description of Greece, 9.5.6.
  2. Apollodorus. Library, 3.5.5.
  3. a b Apollodorus. Library, 3.5.7.
  4. a b Tripp, p. 337.