Fita da consciência
Fita da Consciência (português brasileiro) ou laço solidário (português europeu) são símbolos destinados a mostrar apoio ou aumentar a consciência por uma causa. Cores e padrões diferentes estão associados a diferentes problemas.
Fitas amarelas, nos Estados Unidos, são usadas para mostrar que um familiar próximo está no exterior no serviço militar. Na Rússia, Bielorrússia e outros países da antiga União Soviética, fitas douradas com faixas pretas são usadas para celebrar a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial (9 de maio) ou nos tempos modernos, para mostrar lealdade a Putin e ao Kremlin.[2]
Dos usos de fitas para chamar a atenção para questões de saúde, talvez a mais conhecida seja a fita rosa para apoio de quem tem câncer de mama. A fita rosa é utilizada pela campanha de conscientização "Outubro Rosa", tendo como objetivo principal alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Outras questões de saúde e sociais que adotaram fitas coloridas incluem a doença de Alzheimer (roxo), HIV / AIDS (vermelho), transtorno bipolar (verde) e distúrbio cerebral ou incapacidade (prata).
O uso político de fitas inclui fitas vermelhas usadas para comemorar a Revolução de Outubro (7 de novembro) na antiga União Soviética e fitas laranja usadas na Revolução Laranja na Ucrânia.
Outros ornamentos, incluindo flores (de tipos específicos), pulseiras e distintivos podem ter essencialmente o mesmo propósito de chamar a atenção para uma causa. Estes incluem papoulas, rosetas e pulseiras.
História
[editar | editar código-fonte]As primeiras fitas que foram representadas como objetos significativos na história foram os símbolos dados aos cavaleiros durante a Idade Média na Europa. A fita amarela veio do Exército Puritano durante a Guerra Civil Inglesa. De lá, se espalhou para as Américas, onde o Exército dos Estados Unidos se associou a ela. Uma fita amarela foi mencionada em uma canção de marcha cantada pelos militares nos Estados Unidos. No ano de 1917, George A. Norton fez o copyright da música pela primeira vez. O título da canção foi "Round Her Neck She Wears a Yeller Ribbon" (em português: "Em volta do pescoço ela usa uma fita amarela"). Na década de 1940, a canção foi reescrita por vários músicos.[3]
No início dos anos 1970, a música "Tie a Yellow Ribbon Round the Ole Oak Tree" (em português: "Amarre uma fita amarela em volta da árvore de carvalho") foi lançada e, com base nessa música, a esposa de um refém do Irã, Penney Laingen, foi a primeira a usar a fita como símbolo de consciência. Amarrou fitas amarelas em volta das árvores, para ilustrar o desejo de que o marido voltasse para casa. Seus amigos e familiares seguiram a tendência. Como muitos indivíduos conseguiram ver essa mensagem, a "fita se tornou um meio".
Em maio de 1986, a AIDS Faith Alliance, mais tarde conhecida como Christian Action on AIDS (Ação Cristã contra a AIDS),[4] realizou uma conferência aberta sobre a AIDS em Notting Hill Gate, em Londres, apoiada pelo Arcebispo de Canterbury e outros líderes da igreja cristã do Reino Unido. Fitas de arco-íris foram dadas para todos os presentes. O propósito da Christian Action on AIDS, uma instituição oficial da Igreja da Inglaterra cujo fundador / presidente era Barnaby Miln, era envolver as igrejas cristãs em todo o mundo na crise da AIDS. A Christian Action on AIDS dobrou em em 1991.
Em 1991, a fita vermelha foi criada pelo Visual AIDS Artists Caucus,[5] um grupo de artistas de Nova York e ativista da AIDS. Eles queriam criar um símbolo visual para demonstrar compaixão pelas pessoas que vivem com aids e seus cuidadores. A cor vermelha foi escolhida por sua "conexão com o sangue e a ideia de paixão"[6] - tanto raiva quanto amor. Durante o Tony Awards de 1991, o ator Jeremy Irons usou a fita vermelha brilhante presa em seu peito. Embora o simbolismo da fita não pudesse ser discutido no ar, a mídia e o público notaram a fita atraente, e sua popularidade cresceu da noite para o dia. A fita vermelha foi intencionalmente não protegida por direitos autorais nos Estados Unidos, para permitir que ela fosse usada e usada amplamente como um símbolo na luta contra a AIDS. O ano de 1992 foi declarado pelo The New York Times como "O ano da fita".
Hoje, a fita vermelha é um símbolo internacionalmente reconhecido de conscientização sobre a AIDS e um ícone de design. Ele abriu o caminho para muitas outras fitas coloridas e projetos de conscientização.
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «"Fitas de São Jorge" voltam nas ruas das cidades russas». 2018.
- ↑ «How an unlikely PR campaign made a ribbon the symbol of Russian patriotism». 2018. (em inglês)
- ↑ «History of the Yellow Ribbon». 2018. (em inglês)
- ↑ The Times, London, Saturday September 20, 1986, Court and Social (em inglês)
- ↑ CNN, "Red ribbon: Celebrating 20 years of the iconic AIDS symbol"(em inglês)
- ↑ Familiar Studio, familiar-studio.com. «The Red Ribbon Project — Visual AIDS (em inglês)». Visualaids.org. Consultado em 8 de maio de 2018