Licínio Menênio Lanato

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Licínio Menênio Lanato
Tribuno consular da República Romana
Tribunato 387 a.C.
380 a.C.
378 a.C.
376 a.C.

Licínio Menênio Lanato (em latim: Licinus Menenius Lanatus) foi um político da gente Menênia nos primeiros anos da República Romana eleito tribuno consular por quatro vezes, em 387, 380, 378 e 376 a.C..

Primeiro tribunato consular (387 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 387 a.C., foi eleito tribuno consular com Lúcio Papírio Cursor, Lúcio Valério Publícola, Lúcio Emílio Mamercino e Cneu Sérgio Fidenato Cosso.[1]

Os tribunos da plebe responderam à questão do assentamento do Pântano Pontino, tomado dos volscos, e criaram quatro novas tribus, Stellatina, Tromentina, Sabatina e Arniense, elevando o número total de tribos a vinte e cinco.[1]

Segundo tribunato consular (380 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 380 a.C., foi eleito, segundo os Fastos Capitolinos, com Caio Sulpício Pético, Sérvio Cornélio Maluginense, Lúcio Valério Publícola, Cneu Sérgio Fidenato Cosso, Lúcio Emílio Mamercino, Tibério Papírio Crasso, Lúcio Papírio Crasso (ou Mugilano) e Públio Valério Potito Publícola. Lívio[2] nomeia seis cônsules para o ano: Lúcio e Públio Valério, o primeiro pela quinta vez e o segundo, pela terceira, Caio Sérgio, pela terceira vez, Licínio Menênio, pela segunda vez, e depois Públio Papírio e Sérvio Cornélio Maluginense.

O ano foi marcado pela disputa entre patrícios e plebeus sobre a questão dos cidadãos romanos caídos em escravidão por dívidas. Deste conflito se aproveitaram os prenestinos, que chegaram até a Porta Colina. Para tratar de derrotar o inimigo externo, mas ainda assim limitando os poderes dos tribunos da plebe, o Senado nomeou ditador Tito Quíncio Cincinato Capitolino, que levou os romanos à vitória.[3]

Terceiro tribunato consular (378 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 378 a.C., foi eleito tribuno consular pela terceira vez, com Quinto Servílio Fidenato, Espúrio Fúrio Medulino, Marco Horácio Púlvilo, Públio Clélio Sículo e Lúcio Gegânio Macerino.[4]

Enquanto, em Roma, patrícios e plebeus debatiam a questão de cidadãos romanos levados à escravidão por dívidas, os volscos iniciaram mais um raide em território romano.

Rapidamente foi organizada uma campanha militar e o exército foi dividido em dois: Espúrio Fúrio e Marco Horácio invadiram o território volsco ao longo da faixa costeira enquanto Quinto Servílio e Lúcio Gegânio lideraram o exército que expulsou os volscos do território romano. Porém, como os volscos se recusaram a dar-lhes combate, os romanos se limitaram ao saque do território volsco.[4]

Quarto mandato consular (376 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Em 376 a.C., foi tribuno pela última vez, com Lúcio Papírio Crasso, Sérvio Cornélio Maluginense e Sérvio Sulpício Pretextato II.[5]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Tribuno consular da República Romana
Precedido por:
Tito Quíncio Cincinato Capitolino

com Lúcio Júlio Julo
com Lúcio Lucrécio Tricipitino Flavo II
com Quinto Servílio Fidenato V
com Lúcio Aquilino Corvo
com Sérvio Sulpício Rufo

Lúcio Papírio Cursor
387 a.C.

com Lúcio Emílio Mamercino III
com Lúcio Valério Publícola III
com Licínio Menênio Lanato
com Cneu Sérgio Fidenato Cosso

Sucedido por:
Marco Fúrio Camilo IV

com Lúcio Horácio Púlvilo
com Sérvio Cornélio Maluginense
com Quinto Servílio Fidenato VI
com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino
com Públio Valério Potito Publícola

Precedido por:
Lúcio Fúrio Medulino Fuso

com Marco Fúrio Camilo VI
com Lúcio Lucrécio Tricipitino Flavo IV
com Aulo Postúmio Albino Regilense
com Marco Fábio Ambusto
com Lúcio Postúmio Albino Regilense

Sérvio Cornélio Maluginense IV
380 a.C.

com Lúcio Valério Publícola V
com Cneu Sérgio Fidenato Cosso III
com Licínio Menênio Lanato II
com Públio Valério Potito Publícola III
com Lúcio Papírio Crasso ou Mugilano
com Cneu Sérgio Fidenato Cosso
com Tibério Papírio Crasso

Sucedido por:
Públio Mânlio Capitolino

com Lúcio Júlio Julo II
com Caio Sestílio
com Marco Albínio
com Lúcio Antíscio
com Caio (ou Cneu) Mânlio Vulsão
com Públio Trebônio
com Caio Erenúcio?

Precedido por:
Lúcio Júlio Julo II

com Lúcio Antíscio
com Públio Mânlio Capitolino
com Marco Albínio
com Caio Sestílio
com Caio (ou Cneu) Mânlio Vulsão

Licínio Menênio Lanato III
378 a.C.

com Quinto Servílio Fidenato II
com Espúrio Fúrio Medulino
com Marco Horácio Púlvilo
com Públio Clélio Sículo
com Lúcio Gegânio Macerino

Sucedido por:
Lúcio Emílio Mamercino

com Caio Vetúrio Crasso Cicurino
com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino
com Públio Valério Potito Publícola IV
com Sérvio Sulpício Pretextato
com Caio Quíncio Cincinato

Precedido por:
Lúcio Emílio Mamercino

com Caio Vetúrio Crasso Cicurino
com Lúcio Quíncio Cincinato Capitolino
com Públio Valério Potito Publícola IV
com Sérvio Sulpício Pretextato I
com Caio Quíncio Cincinato

Licínio Menênio Lanato IV
376 a.C.

com Lúcio Papírio Crasso II
com Sérvio Cornélio Maluginense V?
com Sérvio Sulpício Pretextato II?

Sucedido por:
Sérvio Sulpício Pretextato II (III)?

com Aulo Mânlio Capitolino IV
com Lúcio Fúrio Medulino Fuso II
com Sérvio Cornélio Maluginense V (VI?)
com Públio Valério Potito Publícola V
com Caio Valério Potito


Referências

  1. a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 5.
  2. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 2
  3. Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 27-29.
  4. a b Lívio, Ab Urbe Condita VI, 3, 31.
  5. Dião Cássio frag. lib. VII 29,1

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • T. Robert S., Broughton (1951). The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I, número XV. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas