Louis-Marie de La Révellière-Lépeaux
Louis-Marie de La Révellière-Lépeaux | |
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Nascimento | 24 de agosto de 1753 Montaigu |
Morte | 27 de março de 1824 (70 anos) Paris |
Sepultamento | cemitério do Père-Lachaise, Grave of Larevillière-Lepeaux |
Cidadania | França |
Filho(a)(s) | Ossian Larevellière-Lépeaux |
Ocupação | político |
Assinatura | |
Louis-Marie de La Révellière-Lépeaux (Montaigu, 24 de agosto de 1753 – Paris, 27 de março de 1824) foi um advogado e político francês notório durante a Revolução Francesa.
Revolução
[editar | editar código-fonte]Advogado e vindo de uma família de proprietários de terra, La Révellière-Lépeaux foi eleito representante do Terceiro Estado durante os Estados Gerais de 1789. Aliado aos jacobinos na Assembleia Nacional Constituinte, votou a favor da igualdade entre homens brancos e homens de cor livres.[1] Após a queda da monarquia, foi eleito deputado para a Convenção Nacional em setembro de 1792, aproximando-se dos girondinos e tornando-se um forte opositor de Jean-Paul Marat. Durante o julgamento de Luís XVI, votou pela morte do rei.[2]
Após as Jornadas de 31 de Maio e 2 de Junho de 1793 e a queda dos girondinos, La Révellière-Lépeaux renunciou a seu mandato, retornando à Convenção somente após a Reação Termidoriana e a queda de Maximilien de Robespierre, em 1794. Nesse período, foi eleito presidente da Convenção e foi um dos redatores da Constituição do Ano III (1795).[3]
Diretório
[editar | editar código-fonte]Como membro do Conselho dos Quinhentos, foi eleito para o Diretório em novembro de 1795, sendo seu presidente em 1797. Durante seu mandato, ocupou-se principalmente de questões culturais e religiosas, como a criação do Institut de France e a difusão da Teofilantropia, culto cívico racionalista muito popular em Paris. Juntamente com Paul Barras, presidente do Diretório, organizou o Golpe de 18 de Frutidor do Ano V (4 de setembro de 1797), expulsando a maioria monarquista da legislatura da República. Anticlerical, foi em geral hostil à Igreja Católica e ao poder do Papa.[4]
Em junho de 1799, foi forçado a renunciar sob pressão dos diretores Barras e Sieyès, durante o Golpe de 30 de Prairial do Ano VII, que reestruturou o Diretório e, em seguida, abriu caminho para Napoleão Bonaparte. Após esse evento, La Révellière-Lépeaux se afastou totalmente da política, vindo a falecer em 1824.[5]
Leituras adicionais
[editar | editar código-fonte]- CHARAVAY, Étienne. La Révellière-Lépeaux et ses mémoires. Nabu Press: Paris, 2012.
- FRELLER, Felipe. Madame De Staël, Benjamin Constant e a reavaliação do arbítrio após o golpe do 18 Frutidor. Universidade de São Paulo - USP: São Paulo, 2018.
Referências
- ↑ texte, France Assemblée nationale constituante (1789-1791) Auteur du (1875–1889). Archives parlementaires de 1787 à 1860 ; 8-17, 19, 21-33. Assemblée nationale constituante. 26. Du 12 mai au 5 juin 1791 / impr. par ordre du Sénat et de la Chambre des députés ; sous la dir. de M. J. Mavidal,... et de M. E. Laurent,... (em francês). [S.l.: s.n.]
- ↑ Froullé, Jacques-François (1734?-1794) Auteur du texte; Levigneur, Thomas (1747?-1794) Auteur du texte (1793). Liste comparative des cinq appels nominaux . Faits dans les séances des 15, 16, 17, 18 et 19 janvier 1793, sur le procès et le jugement de Louis XVI, avec les déclarations que les députés ont faites à chacune des séances, par ordre de numéros. Suivie de la déclaration de Louis à la Convention, par laquelle il interjette appel à la Nation du jugement porté contre lui ; et du discours prononcé à la barre, par Desèze... ; du Testament de Louis XVI ; et enfin de la relation des vingt-quatre heures qui ont précédé sa mort. (em francês). [S.l.: s.n.]
- ↑ «Le Moniteur universel». Wikipédia (em francês). 12 de novembro de 2022. Consultado em 6 de fevereiro de 2024
- ↑ Mautouchet, P. (1904). «A. Mathiez. La Théophilanthropie et le Culte décadaire, 1796-1801. Essai sur l'histoire religieuse de la Révolution, 1904». Revue d’Histoire Moderne & Contemporaine (3): 196–202. Consultado em 6 de fevereiro de 2024
- ↑ Lefebvre, G. (1933). «Review of Les Coups d'État du Directoire, t. II; Le vingt deux floréal an VI (11 mai 1798) et le trente prairial an VII (18 juin 1799). Tome III : Le dix huit brumaire an VIII (9 novembre 1799) et la fin de la république». Annales historiques de la Révolution française (57): 256–259. ISSN 0003-4436. Consultado em 6 de fevereiro de 2024