Lutrá Trajanópolis
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Localidade | ||||
Localização | ||||
Localização de Lutrá Trajanópolis na Grécia | ||||
Coordenadas | 40° 51′ 52″ N, 26° 01′ 59″ L | |||
País | Grécia | |||
Região | Macedônia Oriental e Trácia | |||
Unidade regional | Evros | |||
Município | Alexandrópolis | |||
Unidade municipal | Trajanópolis | |||
Características geográficas | ||||
• População estimada | 34 | |||
Altitude [1] | 20 m |
Lutra Trajanópolis (em grego: Λουτρά Τραϊανούπολης; romaniz.: Loutrá Traianoúpolis; em búlgaro: Orichovo)[2] é uma vila grega da unidade regional de Evros, no município de Alexandrópolis, na unidade municipal de Trajanópolis, na comunidade de Doricó. Situada a 20 metros acima do nível do mar, próximo a ela estão as vilas de Arístino e Lutrós[1][3] e o sítio da antiga cidade romano-bizantina de Trajanópolis. Segundo censo de 2011, têm 34 habitantes.[4] É considerada um spa devido a suas fontes termais naturais.[1]
História
[editar | editar código-fonte]A primeira menção a vila é feita em 1829, durante a guerra russo-turca de 1828—1829, quando o general russo Sicorre marchou de Trajanópolis para Enez.[5][6] Em 1871, M. Melirrytos, em sua descrição da região grega de Maroneia, relatou que o assentamento sucessor da cidade romana de Trajanópolis, chamado Lutrá, pertencia ao município de Caza Feron e possuía 40 casas de cristãos, igreja e escola pública. Mais adiante, em 1882-1883, N. Chatzópoulou fez um relato da mesma localidade, e nele afirmou que Lutzá/Lítzia pertencia a Dedéagáts (Alexandrópolis), tinha 100 famílias cristãs e muitas outras muçulmanas e tinha terras aptas para a agricultura. Ambos os autores relatam o costume local de todo dia 21 os habitantes entrarem juntos para se banhar nas fontes termais.[7]
De acordo com o censo populacional de 1922, Lutrá possuía à época 734 habitantes.[7] Durante as Guerras Balcânicas (1912-1913) pertenceu, junto com o resto da Trácia Ocidental, aos domínios búlgaros sob os termos do Tratado de Bucareste.[8] Sob o Tratado de Neuilly-sur-Seine (1919), a Trácia Ocidental foi deixada para os Aliados para ser administrada por um governo militar francês e mais adiante, sob o Tratado de Sèvres (1920), foi anexada pela Grécia.[9] Em 1966, a vila recebeu uma igreja dedicada a Santa Glicéria, uma santa celebrada em 13 de maio que nasceu em Trajanópolis e foi martirizada pelos romanos em 177.[10]
Referências
- ↑ a b c «LOUTRA TRAIANOUPOLIS» (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2014
- ↑ Schmitz 1867, p. 127.
- ↑ «LOUTRA TRAIANOUPOLIS (TAL), Settlement, ALEXANDROUPOLI» (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2014
- ↑ «Ανακοίνωση Νόμιμου Πληθυσμού 2011» (PDF) (em inglês). Consultado em 5 de fevereiro de 2014. Arquivado do original (PDF) em 25 de dezembro de 2013
- ↑ Sears 1856, p. 656.
- ↑ Knight 1843, p. 115.
- ↑ a b «Período Moderno» (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 15 de dezembro de 2004
- ↑ Hall 2014, p. 75.
- ↑ İhsanoğlu 2010, p. 136.
- ↑ «Το μαρτύριο της Αγίας Γλυκερίας» (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2014. Arquivado do original em 15 de dezembro de 2004
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Hall, Richard C. (2014). War in the Balkans: An Encyclopedic History from the Fall of the Ottoman Empire to the Breakup of Yugoslavia. [S.l.]: ABC-CLIO. ISBN 1610690311
- İhsanoğlu, Ekmeleddin (2010). The Islamic World in the New Century: The Organisation of the Islamic Conference. [S.l.]: Hurst Publishers. ISBN 184904063X
- Knight, C. (1843). The Penny Cyclopædia of the Society for the Diffusion of Useful Knowledge. [S.l.: s.n.]
- Schmitz, Leonhard (1867). A Manual of Ancient Geography. [S.l.]: Blanchard and Lea