Mao (cantor brasileiro)

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Mao
Informação geral
Nome completo José Rodrigues Mao Júnior
Nascimento 26 de março de 1963 (61 anos)
Local de nascimento São Paulo
País Brasil
Gênero(s) punk rock
Ocupação(ões) cantor
Outras ocupações professor universitário
Afiliação(ões) Garotos Podres
O Satânico Dr. Mao e os Espiões Secretos
Submundo
Página oficial drmao.com.br


José Rodrigues Mao Júnior, mais conhecido como Mao (São Paulo, 26 de março de 1963) é um cantor e professor universitário, sendo um importante membro do movimento punk no ABC.

É vocalista e líder da banda de punk rock Garotos Podres, fundada em 1982. É autor de "Vou Fazer Cocô" e "Papai Noel, Velho Batuta".

Mao é professor e leciona desde 1988.[1] Atualmente, é Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, sendo um especialista nos temas da Revolução Cubana e do Anti-Imperialismo.[2]

É conhecido pelo seu posicionamento de esquerda.[1][3]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Início[editar | editar código-fonte]

Mao afirma que tinha 14 anos quando ouvi falar pela primeira vez em “Punk Rock”. Era 1977, em plena Ditadura Militar. Se identificou imediatamente com a proposta contestadora do movimento. Naquela época ele era apenas um garoto que gostava de matar aula para se meter no meio das manifestações. Foi assim nas greves estudantis de 1977 e na dos metalúrgicos de 1979 e 1980.[4]

Sua primeira banda foi o Submundo, formada em Santo André em 1980.

Garotos Podres[editar | editar código-fonte]

Mao fundou o grupo Garotos Podres em 1982, em Mauá, tendo ao fundo um cenário punk engajado com a causa de trabalhadores.

Em 1983, a banda se apresentou pela primeira vez em um festival para o Fundo da Greve de Metalúrgicos do ABC, festejando um país em transição para a democracia.[3]

A banda estourou em 1985 com o disco independente Mais Podres do que Nunca, que vendeu 50 mil cópias.[3] Músicas como "Papai Noel, Velho Batuta", "Vou Fazer Cocô" e "Anarquia Oi" popularizaram a banda, que passou ser conhecida pelo Brasil.[5]

Em 1993, compôs a música “Fernandinho Veadinho”, no álbum “Canções para Ninar”, que fazia referência ao ex-presidente Fernando Collor de Mello, que se incomodou e pediu ao Ministério da Justiça que proibisse esta música. Com este álbum, realizaram shows na Europa e Estados Unidos.[5]

Em 17 de novembro de 2010, sofre um infarto.[carece de fontes?]

O Satânico Dr. Mao e os Espiões Secretos (2012-2016)[editar | editar código-fonte]

Em julho de 2012, após uma confusão em um show em Araraquara,[4] a banda se separa, por questões politicas e ideológicas.[6] Mao e o guitarrista Cacá Saffiotti rompem com Sukata e Leandro Ferreira (baterista). Mao registrou o nome no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial)[7], mas, como o processo de análise e aprovação da marca é lento, Sukata e Leandro rapidamente remontaram o Garotos Podres com outra formação, tendo o veterano Gildo Constantino (ex-Pátria Armada) como vocalista.[8]

Enquanto a questão jurídica não se resolvia, o líder da banda monta, em 2014, a banda O Satânico Dr. Mao e os Espiões Secretos, com Uel (baixo) e Shu (bateria).[1]

Retorno dos Garotos Podres[editar | editar código-fonte]

A partir de 2016, Mao começa a retomar suas atividades no Garotos Podres, após conseguir o uso da marca.[6]

Com a banda, segue se apresentando pelo Brasil.

Formação acadêmica[editar | editar código-fonte]

Estudou na ETI Lauro Gomes, em São Bernardo do Campo. Possui graduação em Bacharelado e Licenciatura em História pela Universidade de São Paulo (1992), mestrado em História Econômica (1999) e doutorado em História Econômica também pela USP.[9] Sua tese de doutoramento foi “A Revolução Cubana e a Questão Nacional – 1868/1963”.[1] Atuou no sindicato dos professores do ABC - Sinpro-ABC.

Em 2007, Mao lançou o livro "A Revolução Cubana e a Questão Nacional (1868-1963)", resultado de sua tese de doutorado.[10][11]

Discografia[editar | editar código-fonte]

Álbuns[editar | editar código-fonte]

Ao Vivo[editar | editar código-fonte]

Compilações[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d «Lendas do Underground: entrevista com o podre e satânico José Rodrigues Mao». Nada Pop. Consultado em 10 de abril de 2021 
  2. Paiva, Fred Melo (17 de maio de 2019). «Punk dos Garotos Podres diz que Lula é um dom Sebastião». CartaCapital. Consultado em 10 de abril de 2021 
  3. a b c Fioratti, Gustavo (21 de agosto de 2018). «Briga de ídolos do punk de SP espelha a polarização política». Folha de S.Paulo. Consultado em 10 de abril de 2021 
  4. a b «Medium». Medium (em inglês). Consultado em 10 de abril de 2021 
  5. a b «Adriana de Barros - Garotos Podres 'agradece' governo por resgatar anti-hit punk Vou Fazer Cocô». entretenimento.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2021 
  6. a b «Combate Rock - Mao decreta o fim do Satânico Dr. Mao e a ressurreição dos Garotos Podres». combaterock.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2021 
  7. «Vocalista do Garotos Podres briga com integrantes e bloqueia uso do nome da banda». musica.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2021 
  8. «Combate Rock - Garotos Podres: situação rara no rock, motivo do racha foi ideológico». combaterock.blogosfera.uol.com.br. Consultado em 10 de abril de 2021 
  9. «José Rodrigues Mao Júnior». Escavador. Consultado em 10 de abril de 2021 
  10. «Vocalista do Garotos Podres, que se apresenta em Caxias sábado, também é doutor em História | Pioneiro». GZH. 4 de novembro de 2011. Consultado em 10 de abril de 2021 
  11. «A Revolução Cubana e a Questão Nacional (1868-1963)». Teoria e Debate. Consultado em 10 de abril de 2021 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]