Maria Helena Andrés

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Maria Helena Andrés
Nascimento 1922
Belo Horizonte
Cidadania Brasil
Ocupação pintora

Maria Helena Coelho Andrés Ribeiro (Belo Horizonte, 1922) é artista plástica, escritora e professora brasileira.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Vive no Retiro das Pedras, em Brumadinho. Iniciou sua formação artística nos anos 40, estudando pintura com Carlos Chambelland, entre 1940 e 1944, no Rio de Janeiro, e com Alberto da Veiga Guignard, entre 1944 e 1947, em Belo Horizonte. Chegou a ter aulas particulares com Aurélia Rubião quando menina.[1] Em Nova York, foi aluna de Theodorus Stamus em 1961.[2]

Em meados da década de 1960, escreveu sobre arte para os jornais Diário de Minas e Estado de Minas. [2]

Lecionou desenho e pintura na Escola Guignard, tendo sido sua diretora em 1965.

Realizou viagens culturais à Índia, exposições individuais e coletivas no Brasil, nos EUA, na Europa e na América Latina. Participou de várias Bienais Internacionais de São Paulo, destacando-se as Salas Especiais: Arte Construída, na XII Bienal (1973); Pintura Abstrata, Efeito Bienal, na XX Bienal (1989); e As Abstrações, na Bienal Brasil Século XX (1994).

Possui obras em acervos públicos, entre eles Museu da Pampulha, Museu Mineiro e Fundação Clóvis Salgado, em Belo Horizonte; Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins; Prefeitura Municipal e Museu de Arte Moderna, em São Paulo; Museu Nacional de Belas Artes e Museu de Arte Moderna, no Rio de Janeiro; Fundação Cidade da Paz, em Brasília; Museu Spokje, na Sérvia; Phillips Collection e Brazilian American Cultural Institute, em Washington DC (EUA), e Museum of New Mexico, em Santa Fé (EUA).

Publicou os livros Vivência e arte (Agir, 1966), Os caminhos da arte (Vozes, 1977 e C/Arte, 2000), Encontro com mestres no oriente (Luz Azul, 1993), Maria Helena Andrés - depoimento (Coleção Circuito Atelier, C/Arte, 1998); álbum OrienteOcidente: integração de culturas (Morrison Knudsen, 1984) e Maria Helena Andrés (C/Arte, 2004).

Arte e literatura[editar | editar código-fonte]

Maria Helena Andrés criou ao longo do tempo um vínculo muito forte com a literatura, a qual foi utilizada para fazer referências às obras e vivências adquiridas em suas viagens. Em tudo que escrevia procurava conectar arte à literatura. Por exemplo, em Vivência e Arte (Agir, 1966), a artista discute a criatividade e natureza da comunicação artística, defendendo a existência de um impulso espiritual no movimento criador, ideia da filosofia de Jacques Maritain e Kandinsky.[2]

Nos anos de 1970, quando realiza as suas primeiras viagens, Maria Helena Andrés se utiliza de suas experiências regionais em cada lugar, sobretudo no oriente, para compor artigos e publicações escritas. Um exemplo é Oriente - Ocidente: Integração de Culturas, que foi divulgado em 1984 e discorre sobre as diferenças culturais entre Brasil e Índia.[2]

Obras[editar | editar código-fonte]

Dentre suas principais obras, constam:[2]

  • Alvorada Vermelha (1961)
  • Menina e o papagaio (1950)
  • Paisagem (1951)
  • Plataforma Espacial (1967)
  • Barco (1983)
  • Floresta em Chamas (1989)
  • Barcos (1989)
  • Impulsos (1989)
  • Planícies verde (2006)
  • Amanhecer (2006)
  • Embarcação iluminada (2006)

Exposições[editar | editar código-fonte]

Dentre suas principais exposições, constam:[2]

  • Salão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ, 1943)
  • Alunos de Guignard (Rio de Janeiro, RJ, 1944)
  • Salão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ, 1946)
  • Salão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ, 1947)
  • Alunos de Guignard (Belo Horizonte, MG, 1947)
  • Maria Helena Andrés (Belo Horizonte, MG, 1947)
  • Salão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ, 1948)
  • Salão Nacional de Belas Artes (Rio de Janeiro, RJ, 1951)
  • Bienal Internacional de São Paulo (São Paulo, SP, 1951)
  • Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ, 1952)
  • Maria Helena Andrés (Belo Horizonte, MG, 1953)
  • Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ, 1953)
  • Bienal Internacional de São Paulo (São Paulo, SP, 1953)
  • Maria Helena Andrés (Rio de Janeiro, RJ, 1954)
  • Salão Preto e Branco (Rio de Janeiro, RJ, 1954)
  • Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ, 1955)
  • Maria Helena Andrés (Belo Horizonte, MG, 1955)
  • Bienal Internacional de São Paulo (São Paulo, SP, 1955)
  • Salão Nacional de Arte Moderna (Rio de Janeiro, RJ, 1957)
  • Arte Moderna no Brasil (Montevidéu, Uruguai, 1957)

Referências

  1. Andrade, Alessandra Amaral (2008). A presença feminina na escolinha do parque: trajetórias de vida de ex-alunas de Guignard. Belo Horizonte: Dissertação, FAE, UFMG. p. 126 
  2. a b c d e f Cultural, Instituto Itaú. «Maria Helena Andrés | Enciclopédia Itaú Cultural». Enciclopédia Itaú Cultural 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]