Matteo Amalfi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Matteo Amalfi (Santa Maria di Castellabate, 2 de abril de 1932 — São Paulo, 2014) foi um estilista italiano radicado no Brasil. Quando tinha treze anos, sua família mudou-se da Itália para a capital paulista em 1944.[1] Autodidata na costura, cursou faculdade de economia e começou trabalhando no escritório da família Matarazzo sob influência do pai, mas desde sempre desenhava e foi logo contratado pela butique Signorinella.

Amalfi adquiriu popularidade durante a década de 1960, quando os jornais da época o colocavam ao lado de Denner Pamplona de Abreu (1936-1978) e Clodovil Hernandes (1937-2009) na chamada "guerra das tesouras".[1][2] Ao contrário da tendência pomposa dos dois, seu estilo preferia a alfaiataria clássica.[1] Segundo ele: "A briga foi uma invenção da mídia. O 'gênio asmático' [Dener] e a 'Nega Vina' [Clodovil] fizeram questão de alimentar a loucura. Eu era um menino quando fui jogado no meio daquelas víboras. Eu era o 'anjo de Botticelli' por causa dos olhos azuis."[1]

Amalfi vestiu aeromoças da TAM e das extintas Varig, Vasp e Transbrasil entre 1980 e 1990 e, antes disso, confeccionou modelos para candidatas à Miss São Paulo. Nos últimos anos de vida, além de desfiles beneficentes,[3] realizava desfiles fechados para a Associação Paulista de Magistrados e grande parte de sua clientela era constituída por juízas e advogadas.[1] Trabalhava com prêt-à-porter sob medida num ateliê localizado numa das vilas do bairro dos Jardins.[1] De personalidade sarcástica e irônica, também era conhecido por ser fumante compulsivo.[1][2]

Na quarta-feira de cinzas de 2014, Matteo Amalfi foi encontrado morto aos 81 anos em seu apartamento em São Paulo, vítima de um aneurisma, deixando sobrinhos e dois irmãos, incluindo Letizia Amalfi, que era sua companheira de trabalho no ateliê.[2]

Prêmios[3][editar | editar código-fonte]

  • 1968 - Revelação do ano pela Revista Manchete entre os 10 estilistas de primeira linha no Brasil.
  • 1971 - Medalha de ouro da FENIT.
  • 1974 - Medalha Ana Néri.
  • 1977 - Troféu Gladiador de Melhor do Ano.
  • 1978 - Melhor do ano pela Imprensa de São Paulo.
  • 1985 - Supercap de Ouro (pelos 6 anos seguidos de vitória).

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b c d e f g "A Última Tesourada". Pedro Diniz para Folha de S.Paulo, caderno Serafina (29 de Janeiro de 2012). Acesso: 21 de outubro, 2015.
  2. a b c "Matteo Amalfi (1932-2014) - Estilista de 'guerra das tesouras'" (10/03/2014). Folha Cotidiano. Folha de S.Paulo. Acesso: 21 de outubro, 2015.
  3. a b "Amalfi". Moda Brasil. Acesso: 21 de outubro, 2015.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]