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Mercantilismo: diferenças entre revisões

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Revisão das 23h48min de 1 de outubro de 2008

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Mercantilismo é o nome dado a um conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o século XV e os finais do século XVIII. O mercantilismo originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os estados. É possível distinguir três modelos principais: bulionismo ou metalismo, colbertismo ou balança comercial favorável e mercantilismo comercial e marítimo.

Segundo Hunt, o mercantilismo originou-se no período em que a Europa estava passando por uma aguda escassez de ouro e prata em barra, não tendo, portanto, dinheiro suficiente para atender ao volume crescente do comércio.[1]

O termo Mercantilismo, foi criado pelo economista Adam Smith em 1776, a partir da palavra latina mercari, que significa "gerir um comércio", de mercadorias ou produtos. De início foi usado só por críticos como o próprio Smith.

As políticas mercantilistas partilhavam da crença de que a riqueza de uma nação residia na acumulação de metais preciosos (ouro e prata), advogando que estes se atrairiam através do incremento das exportações e da restrição das importações (procura de uma balança comercial favorável). Essa crença é conhecida como bulionismo ou metalismo.

O estado desempenha um papel intervencionista na economia, implantando novas indústrias protegidas pelo aumento dos direitos alfandegários sobre as importações, (protecionismo), controlando os consumos internos de determinados produtos, melhorando as infra-estruturas e promovendo a colonização de novos territórios (monopólio), entendidos como forma de garantir o acesso a matérias-primas e o escoamento de produtos manufaturados. A forte regulamentação da economia pelo mercantilismo será contestada na segunda metade do século XVIII por François Quesnay e pelo movimento dos fisiocratas.

Principais características do sistema econômico mercantilista

Outra forma de se definir o Mercantilismo é ligando-o ao absolutismo. Através de medidas político-econômicas os reis procuravam manter seu absolutismo monárquico e, dessa forma, promover a prosperidade do Estado. Os princípios são os mesmos:

Metalismo
o ouro e a prata eram metais que deixavam uma nação muito rica e poderosa, portanto os governantes faziam de tudo para acumular estes metais. Além do comércio externo, que trazia moedas para a economia interna do país, a exploração de territórios conquistados era incentivada neste período. Foi dentro deste contexto histórico, que a Espanha explorou toneladas de ouro das sociedades indígenas da América como, por exemplo, os maias, incas e astecas.
Incentivos às manufaturas
o governo estimulava o desenvolvimento de manufaturas em seus territórios. Como o produto manufaturado era mais caro do que matérias-primas ou gêneros agrícolas, sua exportação era certeza de bons lucros.
Protecionismo alfandegário
os reis e os príncipes criavam impostos e taxas para evitar ao máximo a entrada de produtos vindos do exterior. Era uma forma de estimular a indústria nacional e também evitar a saída de moedas para outros países.
Sistema colonial
as colônias européias deveriam fazer comércio apenas com suas metrópoles. Era uma garantia de vender caro e comprar barato, obtendo ainda produtos não encontrados na Europa. Dentro deste contexto histórico ocorreu o ciclo econômico do açúcar no Brasil Colonial.
Colônias de exploração
a riqueza de um país está diretamente ligada à quantidade de colônias de exploração deste. Sob este aspecto, vale salientar que, nas expansões marítimas e comerciais das nações, invadir um caminho percorrido constantemente por um, não poderia ser feito por outro, como no caso da procura pelas Índias Ocidentais. Isto perdurou até que, após o descobrimento da América a Inglaterra decidiu "trilhar" o seu caminho. Portugal e Espanha se mostraram insatisfeitos com o fato, fazendo o rei inglês dizer a célebre frase:
O sol brilha para todos! E eu desconheço a cláusula do testamento de Adão que dividiu a terra entre portugueses e espanhóis". Assim, a esquadra inglesa toma seu lugar ao sol.
Balança comercial favorável
o esforço era para exportar mais do que importar, desta forma entraria mais moedas do que sairia, deixando o país em boa situação financeira.
Comércio colonial monopolizado pela metrópole
as colônias deviam comerciar exclusivamente com suas respectivas metrópoles. Um exemplo: Os habitantes de onde hoje é o Haiti (colônia) deviam fornecer açúcar, café algodão apenas para a França ( metrópole) e comprar somente dos franceses os tecidos e outros manufaturados de que necessitassem.

Legado

O repúdio total de Adam Smith contra o mercantilismo foi aceito sem questões no Império Britânico, mas rejeitado nos Estados Unidos por figuras proeminentes tais como Alexander Hamilton, Henry Clay, Henry Charles Carey, e Abraham Lincoln. No século XX, a maioria dos economistas, em ambos os lados do Atlântico, vieram a aceitar que em algumas áreas o mercantilismo havia sido correto. Mais destacadamente, o economista John Maynard Keynes explicitamente apoiou alguns dos princípios do mercantilismo. Adam Smith rejeitou o foco sobre a oferta de moeda, argumentando que os bens, a população e as instituições são as causas reais da prosperidade. Keynes argumentava que a oferta de moeda, a balança comercial e as taxas de juros são de grande importância para uma economia. Esses pontos de vista posteriormente tornaram-se a base do monetarismo, cujos proponentes atualmente rejeitam muito da teoria e que se desenvolveu como uma das mais importantes escolas modernas de economia.

Adam Smith rejeitou o foco mercantilista sobre a produção, alegando que o consumo era o único meio de fazer crescer uma economia. Keynes argumentou que incentivar a produção era tão importante como o consumo. Keynes também observou que no início da idade moderna o foco sobre a oferta de metais preciosos era razoável. Em uma época anterior ao papel-moeda, um aumento na quantidade de metais preciosos era uma das poucas maneiras de aumentar a oferta monetária. Keynes e outros economistas do mesmo período também perceberam que o balanço de pagamentos é um importante fator e, desde a década de 1930, todas as nações têm monitorado cuidadosamente a entrada e saída de capitais, e a maioria dos economistas concordam que uma balança comercial favorável é desejável. Keynes também adotou a idéia essencial do mercantilismo de que a intervenção governamental na economia é uma necessidade. Embora as teorias econômicas de Keynes tenham tido um impacto importante, poucos têm aceitado seu esforço para reabilitar a palavra mercantilismo. Hoje, a palavra continua a ser um termo pejorativo, usado muitas vezes para atacar várias formas de protecionismo.[2] As similaridades do keynesianismo com o mercantilismo por vezes levou seus críticos a chamá-lo de neomercantilismo. Alguns outros sistemas que incorporam diversas políticas mercantilistas, como o sistema econômico japonês, são também algumas vezes chamados de neomercantilistas.[3] Em um ensaio publicado na edição de 14 de maio de 2007 da Newsweek, o economista Robert J. Samuelson afirmou que a República Popular da China está praticando uma política comercial essencialmente mercantilista, que ameaça destruir a estrutura econômica internacional surgida depois da Segunda Guerra Mundial.

Uma área em que Smith foi contraposto bem antes de Keynes foi a de utilização de dados. Os mercantilistas, que eram geralmente comerciantes ou agentes do governo, reuniam vastas quantidades de dados comerciais e utilizavam-nos consideravelmente em suas pesquisas e escritos. A William Petty, um vigoroso mercantilista, é geralmente atribuído ser o primeiro a utilizar análise empírica para estudar a economia. Smith rejeitou isso, argumentando que o raciocínio dedutivo a partir de princípios básicos seria o método próprio para descobrir verdades econômicas. Hoje, muitas escolas de economia aceitam que ambos os métodos são importantes, sendo a escola austríaca uma notável exceção.

Em casos específicos, políticas mercantilistas protecionistas também tiveram um impacto importante e positivo sobre as situações a que foram aplicadas. No entanto, A Riqueza das Nações teve um profundo impacto sobre o fim da era mercantilista e a posterior adoção das políticas de livre mercado. Por volta de 1860, a Inglaterra removeu os últimos vestígios da era mercantilista: regulamentações industriais, monopólios e tarifas foram abolidas.

Bibliografia

  • HUNT, E. K.. História do pensamento econômico; tradução de José Ricardo Brandão Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989 (ISBN 85-7001-421-X).

Referências

  1. HUNT, E. K.. História do pensamento econômico; tradução de José Ricardo Brandão Azevedo. 7a. edição - Rio de Janeiro : Campus, 1989, p. 44 (ISBN 85-7001-421-X).
  2. Charles Wilson. Mercantilism. pg. 3
  3. Robert S. Walters and David H. Blake. The Politics of Global Economic Relations.
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