Papel-moeda

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Cédulas de diversos países, todas de valor 5000

O Papel-moeda é o dinheiro oficial de um país,[1] dessa forma sendo emitida pela autoridade oficial[2] - competente de uma Nação, em valor impresso na forma de papel impresso emitido por um banco denominado como central autorizado pelo governo e distribuído pelos demais bancos da rede oficial de crédito nacional.[3][4]

O papel-moeda tem as mesmas finalidades que a moeda metálica e a moeda escritural representada pelo cheque e o cartão de crédito,[5] só que tem a garantia do governo se a nota for autêntica, com traves de segurança e dessa forma tem o curso forçado, segundo a Constituição Federal das Nações e sendo seu meio de pagamento básico e número 1, o sendo denominado na econometria como "M 1".

História[editar | editar código-fonte]

A ideia do papel-moeda nasceu no dia em que um indivíduo, necessitando de moedas correntes, entregou a outra um vale para troca de mercadorias ou metais (ouro, prata, ferro ou cobre),[6] depois dado nada em pagamento a um terceiro, com direito de recebê-lo do emitente. Com função semelhante, circularam na Idade Média recibos de depósitos de ouro em pó,[7] que circulava como moeda-corrente, pois era facilmente divisível, mas difícil de ter sua pureza garantida. Esses comprovantes chamava-se recibos de ourives, pois eram neles que certos comerciantes confiavam, graças à sua idoneidade e cuja assinatura garantia os valores apresentados.[8]

Cédula no valor de 2 dólares emitida pelo Bank of Manchester (1839), durante a free banking era. Durante este período (1837-1864), os EUA permitiam a emissão de moeda privada e adotavam um sistema bancário livre.[9]

Os Bilhetes de Banco - Os comerciantes, preocupados com o cerceamento do ouro das moedas, eram obrigados a pesar as peças e a verificar o teor de metal fino, em operações bastante demoradas. Para evitá-las, eles passaram a guardar o dinheiro em bancos de depósitos que surgiram na Itália e alguns outros países do século XII ao XV. Eles recebiam um certificado de depósito, do qual constava a promessa de devolução ao portador da quantia entregue. Esse bilhete, conversível à vista, deu início ao que conhecemos hoje como moeda de papel ou representativa, que contava, assim, com um lastro de metal nobre.

Mercadores chineses começaram a usar dinheiro de papel na dinastia Tang (que se estendeu de 618 a 907 d.C.).[10] No Séc. XIII, o famoso navegador veneziano Marco Polo levou a cabo sua aventura pela China. Seus registros contém as primeiras descrições ocidentais com relação ao papel-moeda em uma forma monetária incompreensível[11] para os europeus daqueles tempos devido à falta de um valor intrínseco e real: o lastro.

Essa forma de papel-moeda se desenvolveu por si própria, inicialmente como dinheiro de emergência e logo após como forma legal. Na Suécia, em 1661, devido à falta e à incredulidade das moedas de baixo valor em cobre e a escassez de prata até então correntes, foram emitidas as primeiras cédulas sem lastro na Europa pelo Stockholms Banco.

A ideia de papel-moeda lastreado por um metal nobre se manteve firme até a Segunda Guerra Mundial, época na qual vários países tiveram suas economias completamente modificadas. As recentes teorias e observações econômicas e mercadológicas deram novo formato e função ao papel-moeda, transformando-o em uma representação da saúde econômica de um país.[12]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «An overview of the security features». Consultado em 12 de outubro de 2013. Cópia arquivada em 11 de outubro de 2013 
  2. «NOVA - The History of Money». pbs.org 
  3. William N. Goetzmann; K. Geert Rouwenhorst (1 de agosto de 2005). The Origins of Value: The Financial Innovations that Created Modern Capital Markets. [S.l.]: Oxford University Press. p. 94. ISBN 978-0-19-517571-4 
  4. Marco Polo (1818). The Travels of Marco Polo, a Venetian, in the Thirteenth Century: Being a Description, by that Early Traveller, of Remarkable Places and Things, in the Eastern Parts of the World. [S.l.: s.n.] p. 353–355. Consultado em 19 de setembro de 2012 
  5. «Legal Tender Guidelines». Consultado em 2 de setembro de 2007. Arquivado do original em 17 de dezembro de 2008 
  6. «Sabia como surgiu o papel-moeda». Consultado em 7 de março de 2017 
  7. «O surgimento do papel-moeda». Consultado em 7 de março de 2017 
  8. «História do papel-moeda». Consultado em 7 de março de 2017 
  9. Sechrest, Larry J. Free Banking: Theory, History, and a Laissez-Faire Model. Ludwig von Mises Institute, pág. 11, 1993, ISBN 9781610164870
  10. http://www.miniweb.com.br/historia/Artigos/i_antiga/invencao_papel.html
  11. «Como surgiu o dinheiro?». Consultado em 7 de março de 2017 
  12. «Breve história do papel moeda». Consultado em 7 de março de 2017 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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