Muro dos Reformadores

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O Muro dos Reformadores ou Muro da Reformação, encontra-se em Genebra na Suíça dentro do Parque dos Bastiões ao qual se acede pela Praça Nova. É frequentemente confundido com o Museu Internacional da Reforma Protestante de Genebra.

Um baixo relevo, de cerca 100 m de comprimento e cinco de altura, foi construído contra as muralhas do século XVI que cercavam a cidade. Foi em 1909 ano da celebração do nascimento de João Calvino e do 350 aniversário da fundação da Academia de Genebra, hoje a Universidade de Genebra, que começou a construção do monumento[1]

A Reforma[editar | editar código-fonte]

A Reforma Protestante influenciou a Suíça em geral e Genebra em particular, resumo:

  • Berna favoreceu a introdução do novo ensino e dá liberdade aos pregadores reformadores Guilherme Farel e Antoine Froment,
  • em 1511 a católica Friburgo renunciou a sua lealdade com Genebra. Em 1532, o bispo católico da cidade foi obrigado a abandonar a sua residência, para nunca mais voltar.
  • em 1536, o genebrinos declararam-se protestantes e proclamaram sua cidade uma república, a República de Genebra). O protestante João Calvino residiu em Genebra de 1536 até à sua morte em 1564 (excepto no período de seu exílio de 1538 a 1541) e tornou-se o líder espiritual da cidade. Genebra tornou-se um centro de actividade protestante, produzindo obras como o Saltério de Genebra, mesmo se houve muitas tensões entre Calvino e as autoridades civis da cidade. Embora a cidade propriamente dita permanecesse um reduto protestante, uma grande parte da diocese histórica retornou ao catolicismo no início do século XVII.

Os Reformadores[editar | editar código-fonte]

O monumento na sua parte central representa os quatro pioneiros da reforma Protestante vestidos com a capa de Genebra. Guilherme Farel (1489 - 1565) é um dos instigadores da Reforma em Genebra, João Calvino (1509 - 1564) é a personagem chave desse movimento, Teodoro de Beza (1513 - 1605) foi reitor da Academia de Genebra e sucessor de Calvino e João Knox (1513 - 1572) foi o fundador do culto presbiteriano na Escócia. No pedestal onde se encontram estas estátuas está gravado o Cristograma: ΙΗΣ (Jesus Homem e Salvador). No monumento também se vê a divisa de Genebra : Post Tenebras Lux (Depois das trevas, a luz).

A partir da esquerda: Guilherme Farel, João Calvino, Teodoro de Beza e João Knox

De um lado e do outro das quatro figura estão representados as grandes figuras protestantes dos diferentes países calvinistas e outros temas fundadores do movimento :

Vista de conjunto

O Projecto[editar | editar código-fonte]

Depois de grandes debates relativos à localização do monumento finalmente opta-se pela localização actual que fica dentro do mesmo recinto onde se encontra a anterior Academia de Genebra, hoje reitoria e biblioteca da Universidade de Genebra. Depois do estudo de não menos do que 71 proposições, o que mostra o interesse que suscitou, foi aceite o projecto de quatro arquitectos suíços dos quais fazem parte Alphonse Laverrière e Jean Taillens e os escultores foram os franceses Paul Landowski et Henri Bouchard.

No dia 3 de Novembro de 2002 durante a festa da Reforma (festa da Reformação[1]) gravaram-se na pedra do muro o nome dos outros três precursores da Reforma : Pierre Valdo, John Wyclif, Jan Huss e o da teóloga e historiadora de Reforma Marie Dentière.

O monumento está na origem de um poema escrito pelo poeta húngaro por Gyula Illyés em 1946 com o título Antes do Monumento da Reformação em Genebra[2].

Referências

Nota importante[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]