NameBase

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NameBase é um banco de dados de nomes com indexador-cruzado baseado na web, que tem como objeto pessoas envolvidas na comunidade de inteligência internacional, política externa dos Estados Unidos, crime e negócios. O foco está na era pós-Segunda Guerra Mundial e no espectro político de centro esquerda, além de teorias da conspiração e atividades de espionagem até 2008.[1]

Visão Geral[editar | editar código-fonte]

O fundador da organização, Daniel Brandt, começou a coletar recortes e citações, de jornais e revistas, relativos a pessoas influentes e agentes dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, na década de 1960[2] e especialmente na década de 1970, depois de se tornar membro da Students for a Democratic Society, uma organização que se opunha à política externa pratica pelos Estados Unidos.[1] Com a expansão dos computadores pessoais, Brandt desenvolveu um banco de dados que permitia aos assinantes acessar os nomes dos agentes de inteligência dos Estados Unidos.[3]

Na década de 1980, por meio de sua empresa Micro Associates, ele começou a vender assinaturas para acesso a esse banco de dados computadorizado, sob o nome Public Information Research, Inc (PIR). No início do PIR, Brandt era presidente da recém-formada corporação sem fins lucrativos, e a pesquisadora investigativa Peggy Adler atuava como vice-presidente. O material era descrito como "informações sobre todos os tipos de espiões, oficiais militares, operadores políticos e outros tipos de operadores obscuros".[4]

Brandt disse ao The New York Times, na época, que "muitas dessas fontes são bastante obscuras, por isso é uma maneira muito eficaz de recuperar informações sobre a inteligência dos Estados Unidos que ninguém mais indexa".[5] Um pesquisador bibliotecário o chamou de "uma parte única da 'Deep Web'", igualmente útil para jornalistas investigativos e estudantes.[6]

Em 1992, cidadãos, empresas de notícias e universidades estavam usando o NameBase.[7] Com o surgimento do acesso público à internet, na década de 1990, esses dados se tornaram a base do site NameBase, a partir de 1995. Em 2003, o banco de dados continha "mais de 100.000 nomes, com mais de 260.000 citações, extraídas de livros, periódicos e alguns documentos obtidos sob a Lei de Liberdade de Informação".[8]

O site utiliza hiperlinks para permitir que os usuários visualizem relacionamentos em um diagrama de redes sociais, e acessem diagramas e links dos nomes que aparecem nele. Essas ligações, diagramas e informações em notas de rodapé com hiperlinks, permitem que os usuários descubram possíveis relacionamentos ou conexões entre indivíduos e grupos.[6]

O NameBase foi descrito pelo cientista da informação Paul B. Kantor como sendo a "única ferramenta baseada na Web prontamente disponível para visualizar redes sociais de pesquisadores de terrorismo".[9]

Projetos Similares[editar | editar código-fonte]

Na década de 1980, Daniel Brandt ensinou ao ex-funcionário da CIA, Philip Agee, como usar computadores e bancos de dados para suas pesquisas. 

O ex-analista da CIA, Ralph McGehee, desenvolveu um banco de dados similar, que chamou de CIABASE, que contém informações sobre eventos, pessoas e programas relacionados à CIA ou à inteligência americana, incluindo links para outros textos disponíveis ao público.

O Banco de Dados de Nomes Notáveis (NNDB) é um banco de dados online e um "agregador de inteligência" auto-descrito que reúne os detalhes biográficos de mais de 40.000 pessoas.[10]

Veja Também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b «NameBase tracks lesser-known political players». Online. 20 (5). Arquivado do original em 21 de outubro de 2012 
  2. Farhad Manjoo (29 de agosto de 2002). «Meet Mr. Anti-Google». Slate (magazine)  Citing a review in College & Research Libraries News.
  3. Daniel Brandt (dezembro de 1992), «An Incorrect Political Memoir», Lobster-magazine.co.uk (24) 
  4. Morley, Jefferson; Corn, David (7 de novembro de 1988). «Beltway Bandits: Tinker, Tailor, Soldier, Spywatcher». The Nation. Consultado em 16 de janeiro de 2012. Arquivado do original em 16 de maio de 2011 
  5. Gerth, Jeff (6 de outubro de 1987). «Washington Talk: The Study of Intelligence; Only Spies Can Find These Sources». New York Times. Consultado em 16 de janeiro de 2012 
  6. a b O'Hanlon, Nancy (23 de maio de 2005). «The Right Stuff: Research Strategies for the Internet Age». Ohio State University Libraries. Consultado em 24 de fevereiro de 2008 [ligação inativa]
  7. «Deadly Data». Madison, Wisconsin: Progressive, Inc. The Progressive. 56 (1): 14. Janeiro de 1992. ISSN 0033-0736 
  8. Perrault, Anna H.; Ron Blazek (2003). United States History: A Multicultural, Interdisciplinary Guide to Information Sources. Westport, Connecticut; London: Libraries Unlimited. ISBN 1-56308-874-6 
  9. Kantor, Paul B. (2005). Intelligence and security informatics. [S.l.]: Springer. pp. 324–325. ISBN 9783540259992. Consultado em 16 de janeiro de 2011 
  10. "About." NNDB. Retrieved 29 November 2020.

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]