Durante a Segunda Guerra Mundial, Saint-Exupéry foi exilado para a América do Norte. Em meio a turbulências pessoais e sua saúde falhando, ele produziu quase metade das obras no qual ele seria lembrado, incluindo o conto de solidão, amizade, amor e perda, em forma de um jovem príncipe que caiu na Terra. Um livro de memórias feita pelo autor que recontava suas experiências de aviação no deserto do Saara, e é pensado que ele usou estas experiências como base para o livro Le Petit Prince.
Em abril de 1943, Saint-Exupéry deixou os Estados Unidos para combater as tropas nazis, deu o manuscrito à sua companheira, a jornalista Sylvia Hamilton, que o vendeu à Morgan Library & Museum de Nova Iorque 25 anos depois.
Se trata de uma das obras literárias mais traduzidas no mundo, tendo sido publicado em mais de 220 idiomas e dialetos.[3][4][5][6] O autor do livro foi também autor das ilustrações originais.[7] Em Portugal, O Principezinho integra o conjunto de obras sugeridas para leitura integral, na disciplina de Língua Portuguesa, no 2º Ciclo do Ensino Básico e também foi traduzido para o Mirandês, com o título de "L Princepico".
A história começa com o narrador descrevendo suas recordações, em que aos 6 anos de idade fez um desenho de uma jiboia que havia engolido um elefante. Quando perguntava o que os adultos viam em seu desenho, todos eles achavam que o garoto havia desenhado um chapéu. Ao corrigir as pessoas sobre seu desenho, era sempre respondido que precisava de um hobby mais sério e maduro. O narrador então lamenta a falta de criatividade demonstrada pelos adultos.
Sem incentivos e decepcionado com as reações, ele desiste da carreira de pintor, e se torna aviador. Durante seu voo, ocorre uma pane em seu avião no deserto do Saara. Ao acordar, depois do acidente, se depara com um menino que o autor descreve como tendo cabelos de ouro e um cachecol amarelo, que lhe pede para desenhar uma ovelha. O narrador então mostra-lhe o seu antigo desenho do elefante dentro de uma jiboia, e para sua surpresa, o menino interpreta-o corretamente, apesar de estar insatisfeito pois ainda queria o desenho de um carneiro.
Conforme a história passa, o aviador descobre que o menino vive no asteroide B-612, no qual há apenas uma rosa que fala com ele, que o asteroide tem três vulcões (sendo um deles extinto), e ainda dos baobás que o principezinho teme, por não querer que tomem conta do asteroide; ele assiste quarenta e três pôres do sol para divertir-se ou quando está triste.
O autor conta um pouco da história dele, e a história de como o principezinho havia chegado ao Deserto do Saara, fala de como são as crianças, e de como são as pessoas grandes; e envolve o leitor em mais um mistério no capítulo XXVII: que fala que o carneiro que desenhou para o principezinho poderia comer a sua flor.
Em Le Petit Prince, seu narrador, o aviador, fala sobre ter ficado preso num deserto após seu avião ter caído. Essa situação foi baseada num incidente com o autor no deserto do Saara, descrito com detalhes em seu livro de memórias Terre des hommes em 1939.[8]
Em 30 de Dezembro de 1935, às 02h45 AM, depois de 19 horas e 44 minutos no ar, Saint-Exupéry e seu co-piloto André Prévot caíram no deserto do Saara.
O Pequeno Príncipe retoma o esquema do conto filosófico criado por Voltaire.[9] Especificamente, guarda
certa semelhança com Micrômegas, um gigante de Sirius que decide aventurar-se pelo Universo, visita o Sistema Solar e vem parar na Terra, discutindo filosofia com os seres humanos. Também o principezinho visita vários asteroides/planetas e discute filosofia.[10]
Um filme musical intitulado The Little Prince foi feito baseado no livro e lançado em 1974.
O Pequeno Príncipe como parte de um projecto de arte de rua no Funchal (Madeira)Na década de 80 foi lançada uma série de desenhos animados chamada As Aventuras do Pequeno Príncipe. A série foi feita pelo estúdio de animação "Vóvó Chantre" e foi ao ar pela primeira vez no Japão em 1978 sob o título Hoshi no Ōjisama Puchi Purinsu (星の王子さま プチ・プリンス,Hoshi no Ōjisama Puchi Purinsu? Prince of the Stars: Petit Prince).[11][12]
Em 2015, foi lançada uma animação cinematográfica como sequência do livro, utilizando técnicas de computação gráfica e stop-motion. O diretor da produção é Mark Osborne, o mesmo de Kung Fu Panda.
No teatro entrou em cartaz em 2016 uma versão do livro adaptada e dirigida por Tony Giusti, (ator, dramaturgo e diretor do Nosso Grupo de Teatro), sua primeira temporada estreou no Top Teatro, no bairro da Bela Vista em São Paulo-SP.
O Morgan Library & Museum de Nova Iorque montou três exposições do manuscrito original de Antoine de Saint-Exupéry, sendo a primeira em 1994 no aniversário de 50 anos da publicação da história, sendo seguido pela celebração do centenário do nascimento do autor em 2000, e a última e maior exibição em 2014 honrando o 70º anivesário do conto.[13]
No Japão, há um museu em Hakone dedicado ao personagem principal do livro.[14]
No Brasil, em Florianópolis, a Avenida Pequeno Príncipe leva o nome da obra, numa homenagem a Saint-Exupéry, que passou pela cidade durante sua carreira de aviador e cuja presença se tornou parte da cultura local.[15]
O manuscrito da obra, será exibido pela primeira vez, numa mostra dedicada ao seu criador no Museu de Artes Decorativas de Paris em 2022[16].