ObZen

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
ObZen
capa do álbum
ObZen
Arte por Joachim Luetke
Álbum de estúdio de Meshuggah
Lançamento 7 de março de 2008 (2008-03-07)
Gravação Março-Outubro de 2007
Gênero(s) metal extremo, metal progressivo, death metal técnico
Duração 52:25
Gravadora(s) Nuclear Blast
Produção Meshuggah

obZen é o sexto álbum de estúdio da banda sueca de metal extremo Meshuggah. Foi lançado na Europa no dia 7 de março de 2008 e no continente norte-americano já em 11 de março de 2008 pela gravadora Nuclear Blast.[1] Tomas Haake voltou como baterista de estúdio para o álbum depois que o software de bateria Drumkit from Hell foi usado em Catch Thirtythree.[2] É também o primeiro álbum em que o baixista Dick Lovgren se apresenta, apesar de ser membro da banda desde 2004. Este fato se deve ao baixo ter sido programado digitalmente no álbum anterior, Catch Thirtythree, e o baixo ter sido tocado pelo guitarrista Fredrik Thordendal no EP anterior, intitulado I. O lançamento do álbum foi seguido por sua primeira turnê mundial. Um vídeo foi filmado para uma versão mais curta da música "Bleed". Uma reedição de vinil de dois discos foi lançada em 22 de março de 2019 pela Nuclear Blast.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Em uma entrevista para a Revolver, o baterista Tomas Haake afirmou que obZen seria um retorno coletivo aos trabalhos anteriores da banda, sinalizando uma mudança de direção em relação ao esforço anterior, Catch Thirtythree. "Temos algumas músicas rápidas e intensas e coisas agitadas e pesadas que se baseiam em todas as coisas que fizemos no passado."[4]

O álbum foi originalmente planejado para lançamento em novembro de 2007, antes de uma turnê europeia que continha tanto Meshuggah quanto The Dillinger Escape Plan. Entretanto, o processo de gravação do obZen demorou mais do que o esperado e levou a banda a desistir da turnê, explicando posteriormente em seu site oficial que o aspecto "promocional do álbum" da turnê não se aplicava mais e que eles preferiam focar suas prioridades em conseguir acabar o disco.[5]

Em entrevista, Haake, o baterista, comentou mais sobre o tempo que levou para gravar o álbum, dizendo que: "Desta vez levamos quase seis meses para fazer todas as gravações e samples [...] definitivamente não nos apressamos".[6] O software Drumkit from Hell foi usado no álbum, mas não como software de programação, como foi usado no Catch Thirtythree. O software foi usado como uma fonte de som auxiliar.[7] Ele elaborou sobre o conceito do álbum em outra entrevista, dizendo: "Se você ainda não descobriu, obZen significa que a humanidade encontrou seu 'zen' no obscuro e obsceno." Haake também mencionou que sua faixa favorita neste álbum é "Dancers to a Discordant System".[8] Meshuggah tocou a música ao vivo pela primeira vez no show de abertura da turnê Koloss em Bristol, Inglaterra, no dia 12 de abril de 2012. Foi tocada como a música de encerramento de todos os shows da turnê desde então.[9]

A música "Bleed" foi lançada como DLC (conteúdo para downlçoad) nos videogames Rock Band pelo Rock Band Network em 18 de junho de 2010.[10]

Capa do álbum[editar | editar código-fonte]

Embora Meshuggah não tenha tercerizado usas artes no passado, a arte de seu álbum de obZen foi terceirizada. Com uma visão do que eles queriam que a obra de arte fosse, Meshuggah colaborou com o artista "cross-media" Joachim Luetke. Em entrevista à Nuclear Blast USA, Haake e Hagström (guitarrista da banda) explicam que a obra de arte apresenta uma fotografia de um modelo masculino na " posição de lótus zen " com a metade inferior da fotografia sendo de uma modelo feminina. Isso porque o modelo masculino não conseguiu exercer a posição, tornando a figura andrógina.[11] O modelo está coberto de sangue, o que é explicado como uma metáfora para a humanidade encontrar paz de espírito através da obscenidade.[12] Além disso, cada uma das três mãos manchadas de sangue formam o número seis, que simboliza a natureza inerentemente maligna do homem.[13]

Recepção[editar | editar código-fonte]

obZen foi aclamado pela crítica e pelos fãs. No Metacritic, tem uma pontuação de 83 em 100 com base em 6 avaliações, indicando "aclamação universal".[14]

O álbum foi elogiado por sua consistência e a banda por sua evolução musical que pôde ser consderada contínua, com Nick Terry da revista Decibel dizendo: "Três anos depois, e temos um novo ponto de referência para traçar a evolução musical de Meshuggah. E sim, as coisas estão evoluindo bem".[15]

O álbum também foi elogiado pela banda revisitando sua abordagem inicial voltada para o thrash metal em faixas como "Combustion" e "Bleed", enquanto ainda mantém o ar de experimentalismo encontrado em seus últimos álbuns. John Norby, da Zero Tolerance Magazine, descreveu o álbum, como "O melhor do Meshuggah moderno encontra o melhor do Meshuggah mais antigo."[16]

Thom Jurek, em sua resenha do álbum no Allmusic, chamou obZen de

"metal de puro ataque, tocado por uma banda que foi da simplicidade ao excesso e incorporou os dois em um disco que está no mesmo nível de qualquer outra coisa que eles já fizeram, mesmo que nem todos os elementos se casem perfeitamente ainda".
Original  Estados Unidos: "sheer attack metal, played by a band that has run from simplicity to excess and incorporated them both into a record that is on a level with anything else they've done, even if not all the elements marry perfectly yet"

  Estados Unidos

[17]

Revistas como Terrorizer, Decibel, Revolver e Metal Hammer nomearam o álbum em sua lista de final de ano de 2008.  Meshuggah foi indicado ao Grammy sueco por obZen na categoria de Hard Rock, mas perdeu para In Flames.[18]

Lista de faixas[editar | editar código-fonte]

Os lançamentos em vinil têm as faixas 1–3 no lado A, faixas 4–6 no lado B, faixas 7–8 no lado C e faixa 9 no lado D.

Todas as letras foram escritas pelo baterista Tomas Haake

N.º Título Duração
1. "Combustion"   4:08
2. "Electric Red"   5:51
3. "Bleed"   7:22
4. "Lethargica"   5:47
5. "obZen"   4:24
6. "This Spiteful Snake"   4:52
7. "Pineal Gland Optics"   5:12
8. "Pravus"   5:10
9. "Dancers to a Discordant System"   9:36

Staff[editar | editar código-fonte]

Pessoal adaptado de Allmusic.[19]

Meshuggah[editar | editar código-fonte]

Produção[editar | editar código-fonte]

  • Meshuggah – produção
  • Björn Engelmann – masterização
  • Joachim Luetke – arte da capa, fotografia

Posições nas paradas[editar | editar código-fonte]

obZen estreou na posição de número 59 nos Estados Unidos, com 11.384 cópias sendo vendidas na primeira semana. Na Suécia, o álbum entrou na parada de álbuns oficial no número 16, e no Reino Unido no número 151. Em 19 de setembro de 2008, obZen vendeu mais de 50.000 cópias nos Estados Unidos,[20] e 82.000 cópias em 2012.[21]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. «MESHUGGAH: 'obZen' Track Listing Revealed». Blabbermouth.net. 29 de novembro de 2007. Consultado em 4 de dezembro de 2007 
  2. «MESHUGGAH to Return to 'More Traditional' Songwriting Approach on Next Album». Blabbermouth.net. 19 de maio de 2005. Consultado em 15 de novembro de 2007 
  3. «MESHUGGAH - Special Vinyl Releases: Remastered & Reimagined (OFFICIAL TRAILER)». YouTube.com. 18 de janeiro de 2019. Consultado em 25 de maio de 2020 
  4. «MESHUGGAH: New Album Title Revealed». Blabbermouth.net. 12 de novembro de 2007. Consultado em 15 de novembro de 2007. Arquivado do original em 13 de dezembro de 2007 
  5. «MESHUGGAH Explains THE DILLINGER ESCAPE PLAN Tour Cancellation». Blabbermouth.net. 11 de setembro de 2007. Consultado em 15 de novembro de 2007 
  6. «Meshuggah: Destroy Erase Improve, Tomas Haake talks Obzen». The Skinny. Arquivado do original em 19 de março de 2008 
  7. Decibel's Top 25 Most Anticipated Records of 2008
  8. «MESHUGGAH: New Song 'Bleed' Available On MySpace». Blabbermouth.net. 5 de fevereiro de 2008. Consultado em 6 de março de 2008 
  9. «Meshuggah - Dancers to a Discordant System (Live in Bristol April 12th 2012) HD». 17 de abril de 2012. Consultado em 29 de maio de 2012. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2021 
  10. «"Bleed" - Meshuggah//Rock Band». Rock Band. Consultado em 13 de setembro de 2010. Arquivado do original em 12 de setembro de 2010 
  11. «Meshuggah - Nuclear Blast Video Cast - Episode Two - PART 3». YouTube. 29 de janeiro de 2008. Consultado em 2 de fevereiro de 2008 
  12. «MESHUGGAH's 'obZen' Lands On BILLBOARD Chart». Blabbermouth.net. 19 de março de 2008. Consultado em 2 de março de 2011 
  13. «Tomas Haake explaining the obZen artwork». 8 de julho de 2010. Consultado em 16 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 12 de dezembro de 2021 
  14. «Meshuggah: obZen (2008): Reviews». Metacritic. 11 de março de 2008. Consultado em 2 de março de 2011 
  15. Terry, Nick (abril de 2008). «Everything Zen, Meshuggah dont think so. Review by Nick Terry». Decibel magazine. Issue #42. Arquivado do original em 11 de fevereiro de 2010 
  16. Norby, John (março–abril de 2008). «Review of ObZen». Zero Tolerance Magazine (22) 
  17. Jurek, Thom. «Obzen – Meshuggah». Rovi Corporation. Allmusic. Consultado em 12 de setembro de 2018 
  18. «In Flames - Win Swedish Grammy Award». Metalstorm.ee. 1 de setembro de 2009. Consultado em 2 de março de 2011 
  19. obZen credits.
  20. «Meshuggah's 'obZen' Cracks 50,000 U.S. Sales Mark: News @ blabbermouth.net». Blabbermouth.net. 17 de setembro de 2008. Consultado em 2 de março de 2011 
  21. «MESHUGGAH - Announce Vinyl Reissues!». www.nuclearblast.com (em inglês). Consultado em 1 de janeiro de 2023