On Dangerous Ground

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On Dangerous Ground
Cega paixão (PRT)
Cinzas que queimam (BRA)
On Dangerous Ground
 Estados Unidos
1951 •  pb •  82 min 
Gênero policial
noir
Direção Nicholas Ray
Produção John Houseman
Roteiro A. I. Bezzerides (roteiro)
Nicholas Ray (roteiro)
Gerald Butler (livro)
Elenco Ida Lupino
Robert Ryan
Ward Bond
Música Bernard Herrmann
Companhia(s) produtora(s) RKO Pictures
Idioma inglês

On Dangerous Ground (br.: Cinzas que queimam / pt.: Cega paixão) é um filme policial noir estadunidense de 1951, dirigido por Nicholas Ray para a RKO Pictures. O roteiro de A. I. Bezzerides se baseia no romance Mad with Much Heart de Gerald Butler.

Elenco[editar | editar código-fonte]

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Robert Ryan e Gus Schilling em cena do trailer do filme

Jim Wilson é um detetive policial cujos muitos anos de ação nas ruas o afetaram e ele se descontrola e bate em bandidos com frequência. Após mais alguns espancamentos de suspeitos e para não ser afastado do trabalho, Jim é enviado a uma pequena cidade ao norte do país para "mudar de ares" e ajudar o xerife local na investigação de um caso de assassinato de adolescente. Ele encontra vários homens armados de espingarda perseguindo os rastros do criminoso e acaba se juntando na caçada ao lado do vingativo pai da adolescente morta, Walter Brent. As pistas levam os dois homens a uma cabana afastada habitada por uma solitária mulher cega, Mary Malden. Ela conta que o irmão dela chamado Danny vivia ali mas que saiu há alguns dias e não diz onde ele está. Os dois homens resolvem esperar ali para tentar pegar Danny quando voltasse ou forçar Mary a contar o que sabe.

Recepção[editar | editar código-fonte]

O crítico do The New York Times Bosley Crowther deu ao filme uma resenha severa baseada no roteiro. Ele escreveu (em tradução livre, como as demais): "Mas, como nós vimos, a história é sobre um affair rápido e irregular, como escrita por A. I. Bezzerides do livro de Gerald Butler Mad With Much Heart. A razão do sadismo do policial é explicada superficialmente, e certamente sua feliz redenção é fácil e romanticamente conseguida. E enquanto o desempenho mais irritante é do agricultor interpretado por Ward Bond, Ida Lupino é bem teatral no papel da moça cega que derrete o coração do policial. Apesar de toda a sincera e esperta direção e da fotografia impressionante da paisagem, o melodrama da R. K. O. falha em sua jornada pelo terreno escolhido" [referência ao título original em inglês que pode ser traduzido para "Em terreno perigoso"].[1]

Fernando F. Croce, crítico da Revista Slant, gostou do filme e escreveu: "Pendurado entre o "noir" final da década de 1940 e meados da década de 1950, este é um dos grandes e esquecidos trabalhos do gênero...De feiura fácil, o material consegue uma beleza quase transcendental nas mãos de Ray, um poeta da expressão angustiada: A dureza urbana da cidade contrastada pelo austero campo nevado, para alguns é o mais desconcertante efeito de movimento em todo o cinema noir. Apesar da violência e intensidade constante, é destacadamente puro cinema".[2]

O crítico Dennis Schwartz gostou do filme e da atuação dramática e escreveu: "Um esquemático filme noir de Nicholas Ray (They Live by Night) que supera seus artifícios convencionais e se torna um comovente drama psicológico sobre desespero e solidão-um dos melhores do tipo na história do cinema noir... O desempenho feroz de Robert Ryan é soberbo, capaz de nos convencer com segurança sobre ser verdadeiro o despertar espiritual de seu personagem; enquanto a moça gentil interpretada por Lupino age para humanizar o combatente do crime, que caminhou sobre o "terreno perigoso" da cidade e que nunca percebera antes que pudesse existir outro tipo de relva até se deparar com alguém tão profundo e tolerante como Mary".[3]

Música[editar | editar código-fonte]

A trilha sonora do filme foi composta por Bernard Herrmann (1911–1975). Instrumentação: flautim, 3 flautas, 2 oboés, 1 trompa inglesa, 2 clarinetas, clarinete baixo, 2 fagodes, contrabaixo, 8 trompas, 3 trompretes, 3 trombones, tuba, tímpano, bateria, tam-tam, prato de sino, piano e cordas.

Aos 35:25 do tempo do filme, pode-se ouvir uma sequência que Herrmann reutilizaria em 1957 para a bem conhecida canção de abertura da série televisiva Have Gun, Will Travel estrelada por Richard Boone. O andamento na versão do filme difere pouco da mais conhecida música-tema de televisão; o trecho em que esse tema é ouvido reúne também outros fragmentos de música incidental adaptada para uso no programa de TV.

Referências

  1. Crowther, Bosley. The New York Times resenha de cinema, 13 de fevereiro de 1952. Acessado em 30 de janeiro de 2008
  2. Croce, Fernando F. Revista Slant, resenha de filmes, 2006. Acessado em 30 de janeiro de 2008
  3. Schwartz, Dennis. Ozus' World Movie Reviews, resenha de cinema, 30 de janeiro de 2005. Acesso: 30 de janeiro de 2008

Ligação externa[editar | editar código-fonte]

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