Parque Arruda Câmara
Parque Zoobotânico Arruda Câmara
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Casal de araras-canindé (Ara ararauna) bricando | |
Localização | Bairro Tambiá, João Pessoa |
Tipo | Público |
Área | 26,8 hectares |
Inauguração | 1921 |
Administração | Prefeitura de João Pessoa |
Nº de visitas anuais | 110 mil (média anual)[1] |
O Parque Zoobotânico Arruda Câmara é um jardim zoobotânico localizado em João Pessoa, Paraíba. Com área de 26,8 hectares, a reserva é tombada pelo IPHAEP (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba) desde 26 de agosto de 1980. Coberto por resquício de Mata Atlântica, o parque apresenta quinhentos animais de oitenta espécies, entre os quais elefantes, leões, araras e jacarés, assim como uma infinidade de plantas da flora brasileira.[1]
Popularmente chamado Bica, em virtude de uma fonte natural de água potável em seu centro, o Parque Arruda Câmara é um oásis no meio da cidade, pois se constitui em um verdadeiro santuário ecológico encravado no centro da capital paraibana. Todo ano a área recebe cerca de 110 mil pessoas, entre turistas e cidadãos locais.[1]
História
[editar | editar código-fonte]Criação
[editar | editar código-fonte]Em 24 de dezembro de 1822, a Provedoria da Fazenda autorizava a edificação de uma fonte no pequeno bosque de onde fluía o córrego. Já em 1831, foram expandidos os limites do sítio, concretizando-se sua construção definitivamente em 1889.[2] Nessa época, o parque apresentava área de 43 hectares, a qual foi desapropriada pelo prefeito Walfredo Guedes Pereira, entre 1920–1924.
A área foi então batizada com o nome do renomado botânico paraibano da cidade de Pombal, Manuel Arruda Câmara.[2]
Lenda indígena
[editar | editar código-fonte]A lenda indígena sobre o parque trata do amor entre dois jovens de duas tribos rivais: a índia Aipó,[nota 1] filha de um cacique potiguara e o valente guerreiro Tambiá, da tribo cariri.[2] A inimizade entre os dois povos impedia o casamento. Feito prisioneiro, Tambiá recebeu como «esposa da morte» a filha do inimigo. Executado na floresta, ele teve a última mensagem de sua amada: durante cinquenta luas, Aipé chorou sobre a tumba do amado.
Sobre tal lenda, no livro O que o vento não levou lê-se a seguinte narrativa:
O primeiro manancial d'água [de João Pessoa] foi a fonte da Igreja de São Francisco; depois a famosa 'Bica', no parque Arruda Câmara, bairro de Tambiá, que significa 'olho d'água'. Diz a lenda que uma índia tabajara por nome Iapré, chorando a morte do amado que ali havia sido enterrado fez nascer uma fonte d'água de excelente qualidade, na qual ela enxugava suas lágrimas oriundas da saudade com seus imensos cabelos.[4]
Do seu pranto originou-se a fonte do sítio, a partir daí intitulada «Fonte Tambiá».[2][nota 2]
Notas
Referências
- ↑ a b c Da redação (2010). «Parque Arruda Câmara recebe 11 mil visitantes a mais após reformas». Prefeitura Municipal de João Pessoa. Consultado em 29 de maio de 2013
- ↑ a b c d Adm. do portal (2006). «Parque Arruda Câmara». Departamento de Estatística da UFPB. Consultado em 29 de maio de 2013
- ↑ SOBRINHO, Reinaldo de Oliveira (2002). Anotações para a História da Paraíba, volume 1. [S.l.]: Idéia. 210 páginas. ISBN : 9788575390245 Verifique
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(ajuda) - ↑ a b CARVALHO, Antonio Tavares de (2005). O que o vento não levou. [S.l.]: Ideia. 313 páginas