Portátil Magalhães: diferenças entre revisões
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Revisão das 19h16min de 9 de julho de 2013
Portátil Magalhães | |
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Computador portátil Netbook | |
Ficheiro:Portatilmagalhaes.jpg Portátil Magalhães | |
Comercializado | setembro de 2008 ![]() |
Lançamento: | setembro de 2008 (15 anos) |
Características | |
Sistema operativo | Windows XP Pro Linux Caixa Mágica Mag |
Processador | Intel Celeron a 900 MHz Intel Atom a 1,6 GHz |
Memória | 1 GiB |
Site
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Portal Tecnologias da informação |
O portátil Magalhães é um computador portátil de baixo custo, montado em Portugal. É baseado na segunda versão do portátil Classmate PC da Intel.[1][2]
O nome provém do navegador português Fernão de Magalhães.[3] A montagem deste computador em Portugal, sob o âmbito do programa e-escolinha, resulta de um protocolo, anunciado em 31 de Julho de 2008, entre o Governo da República Portuguesa e a Intel para a criação de um consórcio com capitais maioritariamente portugueses formado pelas empresas J.P. Sá Couto, Prológica e a Intel.[4] O portátil tem como público-alvo crianças com idades compreendidas entre os seis e os dez anos. Foi disponibilizado em duas versões com diferentes processadores: numa primeira fase o Intel Celeron a 900 MHz e numa segunda fase o Intel Atom[5] a 1,6 GHz. O primeiro é mais antigo na linha de produtos da fabricante americana e o segundo mais recente e mais eficiente em termos energéticos.
O Magalhães é montado num espaço que pertence à actual fábrica da JP Sá Couto, em Matosinhos, com um custo de produção de 180 euros. Começou a ser produzido em Janeiro de 2008[5] mas só em Setembro foram distribuídos os primeiros portáteis às crianças do ensino básico em Portugal, através do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações (MOPTC), sendo gratuito para aqueles que estiverem abrangidos pelo primeiro escalão da acção social escolar. Para os do segundo escalão custa 20 euros e para aqueles que não estiverem abrangidos pela acção social custa 50 euros.[6] A 16 de setembro de 2008, a distribuição dos Magalhães foi alargada ao 5º e 6º ano.[7] O governo português pretende exportar este portátil e o modelo e-escolinha para outros países. O Magalhães também está à venda para público em geral, nas versões 60 minutos e Descobrir Portugal, ao preço de 285€ [8], mais 105 € que o custo de produção, e outra versão ao preço de 329 €.
“Novo Magalhães” (2ª versão)
A 2ª versão, foi apresentada em conferência de imprensa a 8 de janeiro de 2009 pela J. P. Sá Couto. Esta versão ainda não tem nome e tem como designação temporária “Novo Magalhães”. Segundo a empresa, a segunda versão não irá substituir a primeira, coexistindo ambas no mercado, prevendo-se que o custo seja 30 a 40 euros superior à primeira versão. Só em julho ou agosto é que começará a ser produzido, e em setembro estará disponível para comercialização. Não se sabe se esta segunda versão vai estar disponível no programa e-escolinhas. Esta versão resulta num memorando de entendimento, assinado em 21 de novembro de 2008,[9] entre as empresas J.P. Sá Couto, Intel e a associação Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (CEIIA). Ao contrário da primeira versão, esta será concebida de raiz.
Exportação do Magalhães
Prevê-se que o Magalhães seja exportado para Macau através de uma parceria com a empresa local TeckEd para distribuição e comercialização no país.[10] Em 2011 foram exportados 378 580 computadores para a Venezuela, havendo uma segunda fase de exportação prevista com mais 500 000 computadores.[11]
Polémicas
O portátil causou uma série de polémicas, tendo a ver com as acusações de fraude e fuga ao fisco que levaram a J. P. Sá Couto a tribunal. A empresa foi pronunciada em fase de instrução, e o processo seguirá para julgamento [12]
A Federação Nacional da Educação denunciou queixas de várias centenas de docentes por estarem a ser obrigados a cumprir burocracias e tarefas administrativas relacionadas com o portátil, a fornecer os documentos para o adquirir, fazer os pagamentos às operadoras móveis, a receber e a entregar aos encarregados de educação as facturas das operadoras, e a aconselhar os pais e os alunos em relação operadora mais adequada para cada caso. Numa nota à imprensa, a FNE acusou o Ministério da Educação de “desrespeito absoluto pela actividade docente, introduzindo até no acto de leccionar uma componente comercial abusiva”.[13]
Em Setembro de 2008, durante as acções de formação para professores sobre a utilização do Magalhães, as formadoras da Intel solicitaram aos professores que compusessem “cantigas” sobre o portátil. Um dos professores filmou alguns vídeos[14], mostrando os colegas a cantarem versões do “Malhão” e “Vida de Marinheiro” adaptados à temática. Os vídeos depressa se espalharam pela Internet, causando nova polémica.[15] O professor também denunciou a falta de documentação em formato digital para todos os professores, e as dificuldades de compreensão de formadores de nacionalidade russa.
A Direcção-Geral da Educação do Norte está a investigar queixas por fraude da parte de uma empresa que alegadamente se tem feito passar por parceira do estado na venda do portátil.[16]
O Magalhães foi alvo de uma sátira dos Gato Fedorento, zombando com o portátil e o primeiro-ministro Sócrates, que acabou por ser alvo de queixas para a Entidade Reguladora para a Comunicação Social.[17]
O Ministério Público, após uma queixa de um cidadão, proibiu uma sátira que envolvia uma captura de ecrã no portátil Magalhães que apresentava uma pesquisa de imagens com a palavra “mulheres” no Google, no Carnaval de Torres Vedras em 2009.[18] Posteriormente, foi levantada a proibição após a análise da imagem.[19]
Em Abril de 2009 o Ministério da Educação pediu a uma escola do primeiro ciclo de Castelo de Vide autorização para filmar crianças a utilizar o Magalhães. As imagens foram utilizadas no tempo de antena do PS na RTP do dia 22 de Abril de 2009.[20] Mais tarde Sócrates pediu desculpa pelo sucedido.[21]
O parlamento português nomeou uma Comissão Parlamentar de Inquérito à actuação do Governo em relação à Fundação para as Comunicações Móveis, que concluiu que o Governo criou “uma situação de monopólio” que favoreceu a J.P. Sá Couto e o computador “Magalhães” e usou a Fundação para as Comunicações Móveis como “intermediário” no negócio.[22]
Erros de português
Detetado pelo deputado José Paulo Areia de Carvalho, a 7 de março de 2009 é noticiado na capa do semanário Expresso que o Magalhães está “repleto de erros de Português”. Segundo o jornal, nas instruções dos jogos incluídos no portátil, existem mais de 80 erros de ortografia, sintaxe e gramática.[23][24] O programa em questão é o GCompris, um programa educativo de código aberto dirigido às crianças[25] composto por 107 atividades lúdicas.[26] O criador do programa Bruno Coudoin, um engenheiro de software francês, soube através de um jornalista da distribuição do programa nos portáteis e pediu ajuda para a correção da tradução.[27]
A 7 de março de 2009, o Ministério da Educação requisitou à empresa J.P. Sá Couto que retirasse o programa dos portáteis. Para os portáteis já distribuídos, cerca de 200 mil, o ministério disponibilizou um manual de instruções[28] para desinstalar o programa GCompris. Perante a decisão do Ministério da Educação, chegou a ser criada uma petição pela Associação Nacional para o Software Livre dirigida à Assembleia da República e ao Governo Português para que o Governo altere a decisão de remover o programa do Magalhães.[29]
De acordo com José Jorge, o autor da primeira tradução para português, os erros devem-se à ausência de revisão por outros voluntários da tradução que elaborou em 2002.[30] A Caixa Mágica, que incluiu o programa no sistema operativo Linux Caixa Mágica Mag, através de um comunicado referiu que a tradução foi feita de forma automática, não tendo sido validada manualmente devido a uma falha humana. Indicou também que teriam já sido feitas duas actualizações do programa, em 22 de outubro de 2008 e 10 de janeiro de 2009, as quais não tinham sido utilizadas pelo jornalista.[31] Por sua vez, a direção do expresso refere que não obteve as atualizações automáticas das correções ao ligar o portátil à Internet.[32]
Em 10 de março de 2009, o Ministério da Educação anunciou que iria verificar todos os programas incluídos no Magalhães e remover aqueles que não preenchessem os requisitos de certificação pelo Ministério da Educação. Após a verificação, a atualização com os programas certificados será distribuída pelas escolas através de disco USB amovível de memória flash e no sítio do programa e-escolinha, que também terá a disponível a lista com todos os programas certificados.[33][34]
O programador e gestor dos lançamentos do GCompris, Bruno Coudoin, anunciou a atualização da tradução na versão 8.4.9 feita pelos voluntários da equipa de tradução portuguesa do projeto GNOME, Duarte Loreto e António Lima, pedindo desculpa às crianças e professores pelos problemas causados.[35][36]
Características técnicas
Magalhães (1ª versão)
- Processador:
- Chipset: Intel 945 GSE - 128 MB
- Sistema Operativo: dual Boot Microsoft Windows XP Home Edition SP3 e Linux Caixa Mágica Mag (versão para o portátil Magalhães baseada no Linux Caixa Mágica 12 - não incluída nos portáteis vendidos ao público em lojas)
667 MHz
- Disco rígido: 30 GB PATA 1.8″
- Webcam: 0,37 Megapíxeis
- Ecrã: TFT 8,9 polegadas
- Resolução máxima: 1024x600 32 bits
- Sistema áudio: Audio Codec 97
- Colunas de som
- Microfone incorporado
- Interfaces:
- Bateria: iões de lítio de 3 ou 4 células
- Autonomia: entre 3 a 3,5 horas
- Peso: 1,4 quilos
Programas (principais):
- Windows XP
- Microsoft Office 2007 (versão de demonstração trial)
- Diciopédia
- Avast antivirus
- Parents carefree (controlo parental)
- Magic Desktop
- e-Learning Class
- Linux Caixa Mágica Mag
“Magalhães 2” (2ª versão)
- Processador: CPU Intel Atom N455 1.66 GHz
- Disco rígido: 160 ou (250 GB na edição SE)
- Ecrã: TFT 10,1 polegadas
- Memoria 1GB RAM DDR3
- Interfaces:
- 3 Portas USB
- SOFTWARE MG2
- Programa do Aluno, Eu sei, A cidade do faz de caso e Ambiente.
- Microsoft Security Essentials Antivirus
- Windows 7 Professional e Caixa Magica 14
“Magalhães 3 XL ” (3ª versão)
- Processador: CPU Intel Atom N455 1.66 GHz
- Disco rigido: de 250 GB
- Ecrã: TFT 11,6 polegadas
- Memoria 1GB RAM DDR3
- Peso 1,38Kg
- Segurança: Slot Kensington Lock
- =SOFTWARE/PROGRAMAS= MG3
- Magalhães Classroom Solution
- Sistema Operativo: Windows 7 Starter 32-bit
- O meu corpo 3D, EnerCasa, entre outros
Ver também
Notas e referências
- ↑ Jornal Correio da Manhã - “Portátil Magalhães é baseado na Intel”
- ↑ Intel (30 de julho de 2008). «Intel Colabora com o Governo de Portugal em uma Nova e Abrangente Iniciativa Educacional (comunicado de imprensa)». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Agência Lusa - “AL é visada para exportação do laptop português de R$ 122,5”
- ↑ Nota de Imprensa do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações
- ↑ a b Portátil português atrai Microsoft e Samsung
- ↑ Jornal Público - “Primeiro computador portátil português pode ser exportado para três continentes”
- ↑ Caetano, Filipe (13 de setembro de 2008). «Governo amplia oferta de computadores ao 5º e 6º anos». Consultado em 13 de março de 2009
- ↑ PortugalMail: Magalhães a venda ao público
- ↑ http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/magalhaes-jp-sa-couto-computador/1015991-4069.html
- ↑ Agência Lusa (10 de março de 2009). «Macau: Magalhães foi apresentado mas só estará disponível depois de encontrados conteúdos locais». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Diário IOL (3 de fevereiro de 2011). «Chávez entrega Magalhães e elogia «grande amigo» Sócrates». Consultado em 3 de fevereiro de 2011
- ↑ Público: J. P. Sá Couto julgada por fraude e fuga ao fisco
- ↑ Jornal de Notícias - Magalhães enche docentes de burocracia
- ↑ Paulo Carvalho Tecnologias - (De)formação
- ↑ IOL Diário - Esta vida de Magalhães é boa para mim
- ↑ Exame Informática
- ↑ Brincadeira com Magalhães vale queixa contra Gato Fedorento
- ↑ http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1365875&idCanal=62
- ↑ Sousa, Filipa Ambrósio (20 de fevereiro de 2009). «Tribunal manda retirar nudez de 'Magalhães' no Corso de Torres Vedras». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1377151&idCanal=23
- ↑ Sócrates pede desculpa por utilização de crianças em tempo de antena
- ↑ «Inquérito conclui que Governo favoreceu J.P.Sá Couto no Magalhães». 29 de Maio de 2010
- ↑ Costa, Filipe Santos (7 de março de 2009). «O festival de asneiras do "Magalhães" (título da edição em linha)». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Costa, Filipe Santos (7 de março de 2009). «Magalhães tem tantos erros que "è" difícil "contar-los" (título da edição em linha)». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Página oficial do programa GCompris
- ↑ Lista de atividades do GCompris no sítio oficial
- ↑ Mensagem original do criador do programa de acordo com “anexos” da notícia do Expresso
- ↑ Manual de instruções para desinstalar o programa GCompris - sítio do Ministério da Educação
- ↑ Casa do Bits (11 de março de 2009). [tek.sapo.pt/noticias/computadores/conteudos_do_magalhaes_vao_ser_revistos_984103.html «Conteúdos do Magalhães vão ser revistos»] Verifique valor
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(ajuda). Consultado em 11 de março de 2009 - ↑ http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=6A3ECC8A-9F47-4838-9033-E2B45A27645C&channelid=ED40E6C1-FF04-4FB3-A203-5B4BE438007E
- ↑ Comunicado de imprensa “notícia sobre erros no Magalhães” da Caixa Mágica
- ↑ direção do jornal Expresso (9 de março de 2009). «"Magalhães": O Expresso e um pretenso desmentido». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Bastos, Joana Pereira (11 de março de 2009). «Governo promete analisar todos os programas do "Magalhães"». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Ministério da Educação (10 de março de 2009). «Verificação geral dos programas instalados no computador Magalhães (nota de imprensa)». Consultado em 11 de março de 2009
- ↑ Notícias no sítio oficial do GCompris (em inglês)
- ↑ http://sourceforge.net/mailarchive/forum.php?thread_name=9b711ec60903081208i58fe4ba9w1485e7d4d57e71f5%40mail.gmail.com&forum_name=gcompris-portugues http://www.programaslivres.net/2009/03/10/gcompris-com-os-erros-corrigidos/
Ligações externas
- Blog não oficial do Portátil Magalhães que acompanhou o lançamento do computador e foi a principal fonte de informação sobre o mesmo.
- Sítio oficial do programa e-escolinha
- Sítio oficial do programa e-escola
- Página do Ministério da Educação sobre os programas incluídos no Magalhães
- Workshop “e-escolinha”: usar as TIC no 1º ciclo - no sítio do Ministério da Educação (com alguns módulos sobre o Magalhães)
- Magalhães: Embarcar nesta oportunidade Página com informação pedagógica e suporte a professores na utilização do computador. Sítio inspirado no Workshop “e-escolinha”.
- Sítio sobre o sistema operativo Linux Caixa Mágica da Caixa Mágica Software